Cidades

SEGURANÇA

Crescem roubos e furtos de veículos no país, diz estudo

Crescem roubos e furtos de veículos no país, diz estudo

Thiago Amâncio, Folhapress

28/10/2017 - 09h56
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O autônomo Jonathas Felipe, 19, estacionou na porta da casa de um amigo na noite do dia 7 em Sumaré (interior de SP). Quando olhou pelo retrovisor, viu um rapaz de capuz.

"Ele puxou a arma, eu pensei: 'pronto, vai levar'." E levou uma Saveiro avaliada em R$ 30 mil. Duas semanas depois, sua madrasta teve o carro roubado no mesmo bairro.

Casos do tipo estão em alta no Brasil, que teve média de um roubo ou furto de veículo por minuto em 2016. Foram 557 mil no ano passado, segundo o Fórum Brasileiro de Segurança Pública.

Significa um crescimento de 8% em relação ao ano anterior, de acordo com informações de 25 Estados e do DF (o levantamento exclui apenas o Acre, que não enviou dados). E 41% dos crimes estão concentrados nas capitais.

Considerando a soma de furtos e roubos de veículos proporcionalmente à frota de cada Estado, o Rio de Janeiro é campeão, com taxa de 916,7 crimes do tipo a cada 100 mil carros –em números absolutos, 58,5 mil casos. Já entre as capitais, ganha Porto Alegre, com taxa de 1.446 furtos e roubos por 100 mil veículos.

A cidade de São Paulo ocupa o terceiro lugar nesse tipo de crime proporcionalmente ao tamanho da frota. Em números absolutos, no entanto, só a capital paulista concentrou 15% das ocorrências no país, com 226 roubos ou furtos por dia. O Estado de São Paulo, que ocupa a sétima posição na lista proporcional, tem 34% dos crimes.

"É horrível. Eu nem volto mais naquele bairro. Você fica com trauma. Para onde vai, tem que ficar ligado, fica com medo", diz Jonathas, que perdeu o carro em Sumaré.

O receio também virou rotina da estudante Ellen Cristine, 28. No dia 13, ela estacionou o carro pela manhã próximo ao terminal Sacomã, zona sul de SP. Na hora do almoço, ele não estava mais lá.
No veículo havia documentos importantes do trabalho. Por isso, foi demitida. "Fiquei sem carro, sem emprego, sem nada. A seguradora me ofereceu um carro reserva. Era um carrão. Mas eu disse: 'não dá pra ficar com isso, vão me roubar de novo'", conta.

ESPECIALIZAÇÃO

O alto índice de roubos no país "ajuda a explicar um pouco do sentimento de insegurança da população do Brasil", explica David Marques, pesquisador do fórum.

Ele chama a atenção para um aumento maior de roubos do que de furtos: "O furto demanda uma certa especialização da criminalidade. Com arma de fogo, qualquer um pode praticar um roubo. E em alguma medida cresce o roubo nos Estados em que crescem os homicídios. A coincidência desses fenômenos indica que a prevalência, a existência das armas de fogo propicia esse tipo de crime".

"É preciso que, com inteligência, as forças de segurança entendam em cada contexto como esses veículos estão inseridos na escala criminal. Se é para levar a desmanches ou se é para utilizar em outros crimes e logo depois abandoná-los", afirma.

Para coibir esse tipo de crime, desde 2014 há em São Paulo uma lei que permite que apenas estabelecimentos cadastrados previamente pelo Detran possam revender peças usadas –que devem ser passíveis de serem rastreadas.

Além disso, um sistema de monitoramento por câmeras inteligentes, Detecta, é propagandeado como alternativa de combate aos roubos.

A Secretaria de Segurança Pública de SP diz que prendeu 4.264 pessoas e recuperou 57.804 veículos neste ano, além de ter fechado 40 desmanches. Desde a implantação da lei dos desmanches, em 2014, diz ter lacrado 159 estabelecimentos do tipo, ações que ajudaram a diminuir os índices.

Há também em outros Estados mecanismos semelhantes. Um deles é o RS.

Para coibir o alto na capital, o governo afirma que a "Operação Desmanche", que fiscaliza estabelecimentos ilegais, interditou 87 locais irregulares e prendeu 62 pessoas em 27 cidades gaúchas.

O governo do Rio credita o alto índice de crimes à grave crise econômica pela qual passa o Estado, "que, a partir de 2016, impactaram o enfrentamento da criminalidade", segundo diz em nota. Ele cita a evasão de policiais e a impossibilidade de contratar novos profissionais.

Apesar do contingenciamento, diz, tem atuado com ações de inteligência para combater esses crimes.

Educação e ensino

UFGD divulga gabarito preliminar do vestibular 2026; confira

Convocação para as matrículas da primeira chamada está prevista para 14 de janeiro de 2026

17/12/2025 18h18

Divulgação/ UFGD

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A Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD) divulgou nesta quarta-feira (17) o resultado preliminar do Vestibular 2026, etapa do processo seletivo aguardada pelos mais de 6,8 mil candidatos que realizaram a prova em 19 de outubro. O resultado final do vestibular e a convocação para as matrículas da primeira chamada estão previstos para 14 de janeiro próximo. 

O cronograma previsto também inclui o período para recursos, que poderá ser acessado nos dias 18 e 19 de dezembro. O Boletim de Desempenho Individual, com a pontuação da redação e o total de acertos, ficará liberado ao candidato durante todo o processo.

No último dia 12 de novembro, o Centro de Seleção divulgou o gabarito definitivo e as respostas aos recursos sobre o gabarito preliminar.

As matrículas serão realizadas pela Pró-reitoria de ensino e graduação (Prograd), com editais e cronogramas próprios, seguindo a ordem de desempenho e o número de vagas disponíveis em ampla concorrência e cotas sociais.

Inicialmente, serão chamados os candidatos que escolheram o curso como 1ª opção, e aqueles que selecionaram como 2ª opção serão convocados apenas se restarem vagas. A lista de documentos pode ser consultada em edital.  

O Vestibular 2026 oferece 984 vagas em 35 cursos presenciais e gratuitos, com provas aplicadas nas cidades de Amambai, Campo Grande, Dourados, Naviraí e Nova Andradina.

Confira a lista preliminar da 1ª opção de curso aqui!

Confira a lista preliminar da 2ª opção de curso aqui!

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Cidades

Tribunal de Justiça aprova projeto com 300 cargos para assessores de confiança

Aprovado na LOA para 2026, TJMS terá orçamento avaliado em mais de R$ 1,4 bilhão, o que equivale a um aumento de 7,3% em relação ao valor atual

17/12/2025 17h30

Fachada do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul

Fachada do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul Foto: Divulgação / TJMS

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O Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul aprovou, nesta quarta-feira (17), projeto que cria novos cargos em comissão de assessoria. De acordo com o órgão público, a medida busca enfrentar o aumento da demanda processual, reduzir atrasos e garantir melhores condições de trabalho às unidades judiciais, especialmente aquelas com maior acúmulo de processos.

Ao todo, o projeto prevê a criação de 300 cargos para assessores comissionados, sendo 50 vagas para assessor de desembargador e 250 para assessoria vinculados a juizes de primeiro grau, divididos em 150 para a entrância especial, 75 para a segunda entrância e 25 para a primeira entrância, além de cargos de assessoramento jurídico-administrativo. 

Durante a discussão na sessão administrativa do Órgão Especial, foi destacado que o Judiciário estadual enfrenta dificuldades decorrentes da vacância de cargos e da elevada carga de trabalho em determinadas varas. Como alternativa, a administração propôs a ampliação do número de assessores, priorizando juízos mais sobrecarregados, de forma gradual e conforme a disponibilidade orçamentária.

A iniciativa da presidência do TJMS, sob o comando do desembargador Dorival Renato Pavan, será submetida à apreciação do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e, após os trâmites necessários, poderá ser implementada conforme as possibilidades financeiras do Tribunal.

Aumento na gastança

Em meio ao cenário de corte de gastos por conta da queda na arrecadação de tributos, o Governo do Estado publicou, na terça-feira (16), no Diário Oficial, a Lei Orçamentária Anual (LOA), que prevê aumento de gastos nos Poderes.

Enquanto os orçamentos dos respectivos setores aumentaram em 7,9%, a estimativa de crescimento geral de receitas do Executivo, responsável pelos repasses a estes órgãos públicos, teve acréscimo de apenas 2,9%. 

O Tribunal de Justiça, que terá mais 300 salários de assessores para pagar caso seja implementado o projeto, simplesmente acrescentou R$ 100 milhões ao orçamento de 2026, passando dos atuais R$ 1.364.912.200,00 para R$ 1.464.780.100,00, o que equivale a um acréscimo de 7,3%.

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