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TORRE DESMORONOU

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Chamas consomem o teto da Notre Dame; Veja em tempo real

Chamas consomem o teto da Notre Dame; Veja em tempo real

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O incêndio que atinge a Catedral de Notre Dame, no centro de Paris, na França, na tarde desta segunda-feira, 15, destruiu sua principal torre, disse Emmanuel Grégorie, vice-prefeito de Paris, lamentando os "danos colossais". Os bombeiros lutavam para controlar as chamas, que já haviam começado a consumir também as torres dianteiras.

Segundo o Corpo de Bombeiros, o fogo pode estar relacionado com as obras de renovação que estavam sendo feitos no edifício, que data de 1163. A polícia de Paris, no entanto, diz que é cedo para identificar as causas do incêndio e não há registro de vítimas.

A Promotoria anunciou a abertura de uma investigação para determinar as circunstâncias do incêndio, que começou às 18h30 locais (13h30 em Brasília).

"Agora começamos uma missão de tentar salvar as preciosas obras de arte e estamos dando prioridade de ampliar a segurança nas imediações para proteger os turistas e os vizinhos dos riscos de desmoronamento", acrescentou o vice-prefeito a um canal de TV. "Não vai sobrar nada da estrutura (do teto), que data do século 19 de um lado e do 13 de outro", disse o porta-voz da catedral, André Finot. 

A catedral passa por um processo de restauração em sua torre estimado em US$ 6,8 milhões (R$ 26,8 milhões). Seria feita uma renovação na "agulha" de 250 toneladas de chumbo que ficava no topo da principal torre. O fogo teria começado no sótão, na base da torre, de onde podem ser vistas saindo chamas e fumaça preta. Imagens de TV mostram que as chamas se projetam muito acima da construção. 

A prefeitura de Paris isolou o local e está montando um grande efetivo para combater as chamas. A catedral, do século 12, é um dos principais pontos turísticos da cidade e ficou famosa por ser o cenário do clássico romance de Victor Hugo O Corcunda de Notra-Dame. Ela recebe uma média de 13 milhões de visitantes ao ano. As chamas atingem principalmente a nave principal da catedral gótica. Incrédulos, pedestres pararam ao longo do Rio Sena, que margeia a catedral, para acompanhar o incêndio.

"Um terrível incêndio está em curso na Catedral de Notre Dame. Os bombeiros estão combatendo as chamas", disse a prefeita de Paris, Anne Hidalgo, em sua conta no Twitter. "Estamos em contato com a Diocese de Paris e peço à população que respeite o perímetro de segurança." Uma multidão se aglomerou nas margens do Rio Sena para acompanhar a tragédia.

Fontes oficiais disseram que o incêndio está atingindo toda a armação que sustenta o telhado da catedral, que é todo feito de carvalho. Um porta-voz do Corpo de Bombeiros destacou a dificuldade de acesso para controlar o fogo. O responsável pelo Distrito 4 de Paris, Ariel Weil, afirmou que todos os bombeiros disponíveis na cidade foram para o local.

O presidente francês, Emmanuel Macron, seguiu para a Catedral de Notre-Dame de Paris para acompanhar os trabalhos dos bombeiros e afirmou compartilhar da "dor de toda uma nação". 

"Notre-Dame de Paris, presa das chamas, dor de toda uma nação. Pensamento para todos os católicos e todos os franceses. Como todos os nossos compatriotas, estou triste hoje, quando vemos esta parte de nós queimando", escreveu o chefe de Estado no Twitter. 

Macron cancelou um discurso que faria nesta tarde para anunciar medidas para conter os protestos dos "coletes amarelos" - manifestantes contrários a seu governo que há meses tomam as ruas do país - em virtude do incidente. Ele havia acabado de gravar seu discurso televisionado, adiado para o momento sem nova data anunciada. O primeiro-ministro Edouard Philippe também visitará o lugar, informou seu gabinete.

A Unesco disse estar ao "lado da França para restaurar e salvaguardar este patrimônio inestimável". A catedral foi declarada Patrimônio da Humanidade desde 1991.

Repercussão do incêndio da catedral gótica

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, pediu que as autoridades francesas "ajam com rapidez" para conter o incêndio na Catedral de Notre-Dame. "Que horrível assistir ao amplo incêndio na Catedral de Notre-Dame, em Paris. Talvez aviões com tanques de água podem ser usados para apagar o fogo. Deve-se agir rapidamente", escreveu o republicano no Twitter.

A chanceler alemã, Angela Merkel, disse que a Notre-Dame é um "símbolo da França" e de "nossa cultura europeia". "Essas imagens horríveis doem. Nossos pensamentos estão com os amigos franceses", disse no Twitter o porta-voz da chanceler, Steffen Seibert.

(Com agências internacionais)

Pesquisa

Extrema pobreza cai a nível recorde; dúvida é se isso se sustenta

O país terminou o ano passado com 18,3 milhões de pessoas sobrevivendo com rendimentos médios mensais abaixo de R$ 300

19/04/2024 18h00

A PnadC de 2023 mostrou que os rendimentos dos brasileiros subiram 11,5% em relação a 2022. Foto: Favela em Campo Grande - Gerson Oliveira/Correio do Estado

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A expressiva alta da renda em 2023 reduziu a pobreza extrema no Brasil ao seu nível mais baixo da série histórica, a 8,3% da população. O país terminou o ano passado com 18,3 milhões de pessoas sobrevivendo com rendimentos médios mensais abaixo de R$ 300. Apesar da queda, isso ainda equivale a praticamente a população do Chile.

O cálculo é do economista Marcelo Neri, diretor da FGV Social, a partir da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio Contínua (PnadC), do IBGE.

Em relação a 2022, 2,5 milhões de indivíduos ultrapassaram a linha dos R$ 300, numa combinação de mais transferências pelo Bolsa Família, aumento da renda do trabalho e queda do desemprego. A grande dúvida é se o movimento —e mesmo o novo patamar— seja sustentável.

A PnadC de 2023 mostrou que os rendimentos dos brasileiros subiram 11,5% em relação a 2022. Todas as classes de renda (dos 10% mais pobres ao decil mais rico) tiveram expressivos ganhos; e o maior deles deu-se para os 5% mais pobres (38,5%), grandes beneficiados pelo forte aumento do Bolsa Família —que passou por forte expansão nos últimos anos.

Entre dezembro de 2019 (antes da pandemia) e dezembro de 2023, o total de famílias no programa saltou de 13,2 milhões para 21,1 milhões (+60%). Já o pagamento mensal subiu de R$ 2,1 bilhões para R$ 14,2 bilhões, respectivamente.

Daqui para frente, o desafio será ao menos manter os patamares de renda —e pobreza— atuais, já que a expansão foi anabolizada por expressivo aumento do gasto público a partir do segundo semestre de 2022.
Primeiro pela derrama de incentivos, benefícios e corte de impostos promovidos por Jair Bolsonaro (PL) na segunda metade de 2022 em sua tentativa de se reeleger. Depois, pela PEC da Transição, de R$ 145 bilhões, para que Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pudesse gastar mais em 2023.

Como esta semana revelou quando governo abandonou, na segunda-feira (5), a meta de fazer superávit de 0,5% do PIB em suas contas em 2025, o espaço fiscal para mais gastos exauriu-se.

A melhora da situação da renda dependerá, daqui para frente, principalmente do mercado de trabalho e dos investimentos do setor privado. Com uma meta fiscal mais frouxa, os mercados reagiram mal: o dólar subiu, podendo trazer impactos sobre a inflação, assim como os juros futuros, que devem afetar planos de investimentos empresariais e, em última instância, o mercado de trabalho.

Apesar do bom resultado em 2023, algumas análises sugerem que o resultado não deve se repetir. Segundo projeções da consultoria Tendências, a classe A é a que terá o maior aumento da massa de renda real (acima da inflação) no período 2024-2028: 3,9% ao ano. Na outra ponta, a classe D/E evoluirá bem menos, 1,5%, em média.

Serão justamente os ganhos de capital dos mais ricos, empresários ou pessoas que têm dinheiro aplicado em juros altos, que farão a diferença. Como comparação, enquanto o Bolsa Família destinou R$ 170 bilhões a 21,1 milhões de domicílios em 2023, as despesas com juros da dívida pública pagos a uma minoria somaram R$ 718,3 bilhões.

A fotografia de 2023 é extremamente positiva para os mais pobres. Mas o filme adiante será ruim caso o governo não consiga equilibrar suas contas e abrir espaço para uma queda nos juros que permita ao setor privado ocupar o lugar de um gasto público se esgotou.

Voos em queda

Aeroportos de Mato Grosso do Sul enfrentam desafios enquanto Aena Brasil lidera crescimento nacional

No acumulado do ano de 2024, o volume de passageiros chegou a mais de 395 mil passageiros em Mato Grosso do Sul, com um aumento de 4,8% no número de operações realizadas nos três aeroportos do Estado

19/04/2024 17h41

Os três aeroportos de Mato Grosso do Sul mantiveram um desempenho estável no acumulado do ano, com um aumento significativo nas operações. Foto/Arquivo

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A Aena Brasil revelou hoje os números da movimentação nos aeroportos até março de 2024, destacando-se como a empresa com a menor redução de passageiros no país. No entanto, o aeroporto de Ponta Porã, sob sua administração, enfrentou uma redução significativa de 42,4% no fluxo de passageiros em março deste ano.

Esta tendência também foi observada na capital sul-mato-grossense, onde o volume de passageiros em Campo Grande caiu 5,5%, totalizando 118.529 passageiros, e no aeroporto de Corumbá, com uma redução de 14,3%.

Além disso, as operações aeroportuárias também estão em declínio, com quedas de 15,9% em Ponta Porã, 10,6% em Corumbá e 8,7% na capital, no volume de operações.

Apesar desses desafios, no acumulado do ano, a Aena Brasil aponta que o aeroporto internacional de Campo Grande registrou uma redução de 3,0% no fluxo de passageiros e de 3,5% no número de operações aeroportuárias.

Já o aeroporto de Ponta Porã apresentou uma queda de 27% no fluxo de passageiros, mas com um saldo positivo de 4% no número de operações. Além disso, o aeroporto de Corumbá, considerado a capital do Pantanal, registrou um aumento de 4,9% nas operações.

No total, a movimentação nos três aeroportos de Mato Grosso do Sul alcançou 395.388 passageiros e 5.043 operações realizadas.

Veja o ranking nacional:

Aena tem crescimento de 6,3% na movimentação em todo o Brasil

Enquanto isso, em nível nacional, a Aena Brasil experimentou um crescimento impressionante de 6,3% na movimentação. Os 17 aeroportos administrados pela empresa no Brasil registraram 10,4 milhões de passageiros no primeiro trimestre de 2024, representando um aumento de 6,3% em comparação com o mesmo período do ano anterior.

Em relação ao número de pousos e decolagens, nos três primeiros meses houve alta de 5,4%, com um total de 115,5 mil movimentos de aeronaves. Considerando somente o mês de março, o crescimento chega a 6,1% no total de passageiros (3,4 milhões), em relação ao mesmo mês de 2023, e a 1,7% no volume de pousos de decolagens (38,9 mil).

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