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Boia virou dentro do toboágua, diz Beach Park sobre morte de turista

Boia virou dentro do toboágua, diz Beach Park sobre morte de turista

FOLHAPRESS

17/07/2018 - 21h33
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Em nota divulgada nesta terça-feira (17), o Beach Park deu detalhes sobre o acidente que vitimou o radialista Ricardo José Hilário Silva, morto no parque aquático na tarde da segunda-feira (16).

A empresa informou que a boia em que estava Ricardo e outras três pessoas virou dentro do toboágua, mas não chegou a ultrapassar a barreira de contenção do brinquedo "Vainkará". A boia teria virado no final do percurso do brinquedo, já próximo à piscina.

O Beach Park informou que a perícia está sendo realizada pelas autoridades com apoio do da empresa e que a as causas do acidente serão confirmadas apenas após o fim dos trabalhos de investigação.

O parque aquático ainda informou que possui alvará de funcionamento e que foram realizados testes em todas as atrações do parque, inclusive na que ocorreu o acidente.

O "Vainkará", que levou dois anos e meio para ser desenvolvido e instalado no parque, é fabricado pela empresa canadense ProSlide.

Segundo o Beach Park, a fabricante "realizou inúmeras descidas testes com uma equipe especializada enviada ao Brasil e autorizou o início da operação do equipamento".

A empresa, mais uma vez, lamentou o acidente e afirmou que tem dado suporte à família de Ricardo José e está apoiando as investigações dos órgãos responsáveis. A família e a vítima já estão a caminho de sua cidade de origem.

"O Beach Park lamenta muito o ocorrido e reforça seu compromisso prioritário com a segurança e a integridade de seus visitantes por meio de treinamentos diários com toda a equipe", informou a empresa.

O acidente aconteceu no "Vainkará", inaugurado no último sábado (14), após um investimento de R$ 15 milhões. O brinquedo, que seria a 19º atração do Beach Park, tem 150 metros de descida e paredes de 90 graus -trazendo a proposta de gravidade zero.

Este não foi o primeiro acidente ocorrido em um dos brinquedos do parque neste ano. Em janeiro, um grupo de turistas viveu momentos de tensão e chegou a ter que furar boias para escapar de um acidente no parque aquático, que fica na região metropolitana de Fortaleza.

Em mensagens deixadas no site Tripadvisor, os turistas relataram problemas no brinquedo "Arrepio" e classificaram o problema como um "acidente quase fatal".

Eles relataram que as boias ficaram entaladas no tobogã, enquanto outras boias eram lançadas do brinquedo, causando uma espécie de engavetamento de boias dentro do toboágua.

"O salva-vidas não sabia o que fazer, a água foi subindo, as pessoas gritando e bebendo água... tivemos que furar as boias com os dentes para não ficar sem ar. Por pouco não morremos afogados dentro do tubo", relatou em 22 de janeiro um homem chamado Maurício, que afirmou ser um dos envolvidos no acidente.

Ele disse que a água demorou para ser desligada e que os funcionários não faziam ideia de como proceder em caso de emergência: "Foi a pior experiência da minha vida. Meu filho está em choque", disse.

Em nota enviada ao próprio site Tripadvisor, o Beach Park confirmou que houve um bloqueio de fluxo de boias que resultou na parada de alguns clientes na metade do percurso de descida do toboágua.

Afirmou ainda que a interrupção foi solucionada em alguns minutos e que não houve danos graves a clientes ou funcionários do parque.

"Lamentamos o ocorrido e estamos à disposição das famílias para qualquer eventual necessidade. Acontecimentos como este não fazem parte da nossa rotina e as devidas medidas corretivas estão sendo tomadas", informou o Beach Park em nota.

Outro acidente foi registrado no Beach Park em 2001, quando Fabiana Andrade Ribeiro chocou-se contra uma criança dentro do brinquedo "Maremoto". Ela teve fraturas, afundamento no rosto e precisou passar por uma cirurgia.

Fabiana entrou com uma ação de reparação que tramitou na Justiça do Ceará. Em novembro do ano passado, a desembargadora Maria Vilauba Fausto Lopes deferiu o pedido de indenização de R$ 45 mil, sendo R$ 25 mil por danos morais e R$ 20 mil por danos estéticos.

Na decisão, a magistrada alegou que houve falha na prestação de serviço do parque aquático, que deveria apresentar mecanismos de segurança a fim de evitar acidentes.

Em 2002, Renan Júlio Osterno Rodrigues da Silva morreu enquanto brincava em uma das atrações do Beach Park, no Ceará. O garoto de 7 anos estava na "Correnteza Encantada" -um riacho artificial em que os banhistas flutuam na água com uma bóia, que é arrastada pela correnteza-, quando desapareceu. Quando foi localizado, o menino já estava desacordado.

Pesquisa

Extrema pobreza cai a nível recorde; dúvida é se isso se sustenta

O país terminou o ano passado com 18,3 milhões de pessoas sobrevivendo com rendimentos médios mensais abaixo de R$ 300

19/04/2024 18h00

A PnadC de 2023 mostrou que os rendimentos dos brasileiros subiram 11,5% em relação a 2022. Foto: Favela em Campo Grande - Gerson Oliveira/Correio do Estado

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A expressiva alta da renda em 2023 reduziu a pobreza extrema no Brasil ao seu nível mais baixo da série histórica, a 8,3% da população. O país terminou o ano passado com 18,3 milhões de pessoas sobrevivendo com rendimentos médios mensais abaixo de R$ 300. Apesar da queda, isso ainda equivale a praticamente a população do Chile.

O cálculo é do economista Marcelo Neri, diretor da FGV Social, a partir da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio Contínua (PnadC), do IBGE.

Em relação a 2022, 2,5 milhões de indivíduos ultrapassaram a linha dos R$ 300, numa combinação de mais transferências pelo Bolsa Família, aumento da renda do trabalho e queda do desemprego. A grande dúvida é se o movimento —e mesmo o novo patamar— seja sustentável.

A PnadC de 2023 mostrou que os rendimentos dos brasileiros subiram 11,5% em relação a 2022. Todas as classes de renda (dos 10% mais pobres ao decil mais rico) tiveram expressivos ganhos; e o maior deles deu-se para os 5% mais pobres (38,5%), grandes beneficiados pelo forte aumento do Bolsa Família —que passou por forte expansão nos últimos anos.

Entre dezembro de 2019 (antes da pandemia) e dezembro de 2023, o total de famílias no programa saltou de 13,2 milhões para 21,1 milhões (+60%). Já o pagamento mensal subiu de R$ 2,1 bilhões para R$ 14,2 bilhões, respectivamente.

Daqui para frente, o desafio será ao menos manter os patamares de renda —e pobreza— atuais, já que a expansão foi anabolizada por expressivo aumento do gasto público a partir do segundo semestre de 2022.
Primeiro pela derrama de incentivos, benefícios e corte de impostos promovidos por Jair Bolsonaro (PL) na segunda metade de 2022 em sua tentativa de se reeleger. Depois, pela PEC da Transição, de R$ 145 bilhões, para que Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pudesse gastar mais em 2023.

Como esta semana revelou quando governo abandonou, na segunda-feira (5), a meta de fazer superávit de 0,5% do PIB em suas contas em 2025, o espaço fiscal para mais gastos exauriu-se.

A melhora da situação da renda dependerá, daqui para frente, principalmente do mercado de trabalho e dos investimentos do setor privado. Com uma meta fiscal mais frouxa, os mercados reagiram mal: o dólar subiu, podendo trazer impactos sobre a inflação, assim como os juros futuros, que devem afetar planos de investimentos empresariais e, em última instância, o mercado de trabalho.

Apesar do bom resultado em 2023, algumas análises sugerem que o resultado não deve se repetir. Segundo projeções da consultoria Tendências, a classe A é a que terá o maior aumento da massa de renda real (acima da inflação) no período 2024-2028: 3,9% ao ano. Na outra ponta, a classe D/E evoluirá bem menos, 1,5%, em média.

Serão justamente os ganhos de capital dos mais ricos, empresários ou pessoas que têm dinheiro aplicado em juros altos, que farão a diferença. Como comparação, enquanto o Bolsa Família destinou R$ 170 bilhões a 21,1 milhões de domicílios em 2023, as despesas com juros da dívida pública pagos a uma minoria somaram R$ 718,3 bilhões.

A fotografia de 2023 é extremamente positiva para os mais pobres. Mas o filme adiante será ruim caso o governo não consiga equilibrar suas contas e abrir espaço para uma queda nos juros que permita ao setor privado ocupar o lugar de um gasto público se esgotou.

Voos em queda

Aeroportos de Mato Grosso do Sul enfrentam desafios enquanto Aena Brasil lidera crescimento nacional

No acumulado do ano de 2024, o volume de passageiros chegou a mais de 395 mil passageiros em Mato Grosso do Sul, com um aumento de 4,8% no número de operações realizadas nos três aeroportos do Estado

19/04/2024 17h41

Os três aeroportos de Mato Grosso do Sul mantiveram um desempenho estável no acumulado do ano, com um aumento significativo nas operações. Foto/Arquivo

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A Aena Brasil revelou hoje os números da movimentação nos aeroportos até março de 2024, destacando-se como a empresa com a menor redução de passageiros no país. No entanto, o aeroporto de Ponta Porã, sob sua administração, enfrentou uma redução significativa de 42,4% no fluxo de passageiros em março deste ano.

Esta tendência também foi observada na capital sul-mato-grossense, onde o volume de passageiros em Campo Grande caiu 5,5%, totalizando 118.529 passageiros, e no aeroporto de Corumbá, com uma redução de 14,3%.

Além disso, as operações aeroportuárias também estão em declínio, com quedas de 15,9% em Ponta Porã, 10,6% em Corumbá e 8,7% na capital, no volume de operações.

Apesar desses desafios, no acumulado do ano, a Aena Brasil aponta que o aeroporto internacional de Campo Grande registrou uma redução de 3,0% no fluxo de passageiros e de 3,5% no número de operações aeroportuárias.

Já o aeroporto de Ponta Porã apresentou uma queda de 27% no fluxo de passageiros, mas com um saldo positivo de 4% no número de operações. Além disso, o aeroporto de Corumbá, considerado a capital do Pantanal, registrou um aumento de 4,9% nas operações.

No total, a movimentação nos três aeroportos de Mato Grosso do Sul alcançou 395.388 passageiros e 5.043 operações realizadas.

Veja o ranking nacional:

Aena tem crescimento de 6,3% na movimentação em todo o Brasil

Enquanto isso, em nível nacional, a Aena Brasil experimentou um crescimento impressionante de 6,3% na movimentação. Os 17 aeroportos administrados pela empresa no Brasil registraram 10,4 milhões de passageiros no primeiro trimestre de 2024, representando um aumento de 6,3% em comparação com o mesmo período do ano anterior.

Em relação ao número de pousos e decolagens, nos três primeiros meses houve alta de 5,4%, com um total de 115,5 mil movimentos de aeronaves. Considerando somente o mês de março, o crescimento chega a 6,1% no total de passageiros (3,4 milhões), em relação ao mesmo mês de 2023, e a 1,7% no volume de pousos de decolagens (38,9 mil).

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