Uma das maiores preocupações dos últimos dias em todo o País – e Mato Grosso do Sul não foge a esta regra – é que haja fornecimento de equipamentos de proteção individual aos profissionais da saúde que se encontram na linha de frente do combate ao novo coronavírus (Covid-19). Além de proteger as equipes, os EPIs também são importantes para assegurar a saúde dos pacientes, evitando, por exemplo, que um trabalhador contaminado e assintomático os contagie. Por isso, a regra atualmente é produzir mais e mais, pois o muito acaba sendo pouco, pelo uso e descarte contínuos.
Nos últimos dias, a consequência do excesso de uso destes equipamentos por necessidade é que diversos hospitais brasileiros vêm relatando escassez de itens de segurança profissional específicos para ambientes contaminados por aerossóis – comuns em doenças respiratórias. Por causa deste cenário de emergência sanitária, trabalhadores da saúde vêm denunciando que estão atuando sem equipamentos de proteção e prevenção, como máscaras e álcool em gel, e, portanto, estão arriscando suas vidas para salvar outras, além de colocar em risco a de seus familiares.
Diante deste quadro e para evitar que haja agravamento, várias frentes comunitárias estão surgindo com um esforço comum de produção dos protetores. A Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário (Agepen) e parceiros abriram uma importante frente de trabalho, mobilizando reeducandos de várias unidades penais para a confecção de equipamentos de proteção individual, materiais de higiene, álcool 70, máscaras, capotes e gorros. A proposta surgiu da grande necessidade dos hospitais de diferentes municípios utilizarem roupas privativas e equipamentos de proteção, os quais estão em falta no mercado especializado. É uma iniciativa relevante e com uma produção que vai atender à demanda que existe e que está por vir de abastecimento de hospitais. A ideia é que todos possam usufruir e poupar os equipamentos que existem para os profissionais que estarão na linha de frente dos atendimentos.
Também há a inciativa do Procon Municipal e de uma ong, que juntos também estão produzido máscaras, aventais, gorros e outros. Além destas e outras providências, não passam desapercebidas as campanhas de arrecadação de máscaras de pano e outros itens pela internet.
Tudo isso revela uma conclusão: chegou o momento de um esforço conjunto, a fim de que, no fim da linha, haja um benefício comum para que a saúde de todos seja preservada.