Correio B

CORUMBÁ

Projeto interdisciplinar incentiva protagonismo feminino na ciência

Alunas bolivianas também participam

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Ana Vitória Barbosa de Paula, 12 anos, descobriu o poder de encantamento do universo em apenas um mês, durante as oficinas do projeto de extensão Meninas Pantaneiras na Ciência e Tecnologia, realizado na cidade de Corumbá, interior de Mato Grosso do Sul. Antes, a adolescente nunca imaginou que, por trás das estrelas, existisse todo um conhecimento científico e matemático, que também pode ser transformado em profissão.

Bolsista, Ana Vitória frequenta as aulas do projeto de extensão no Instituto Federal de Mato Grosso do Sul (IFMS). Os encontros têm temas variados, que vão desde o empreendedorismo até as vertentes da astronomia. “Eu fiz uma aula com a professora de Astronomia e gostei bastante. É uma área de estudo que nunca tinha passado pela minha cabeça antes. Estou gostando muito de participar das oficinas”, afirma a adolescente.

Estudante do 8º ano do Ensino Fundamental, Ana Vitória participa do projeto ao lado de outras meninas, crianças, adolescentes e jovens, que têm a oportunidade de desenvolver o protagonismo por meio da ciência. “Ao todo, são 23 bolsistas; mas, durante os nossos encontros, costumam participar de 35 a 40 meninas”, explica a professora Paula Luciana Fernandes, idealizadora e coordenadora do projeto. 

Os encontros acontecem no IFMS e têm investimento do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). O projeto de extensão, que foi o único de Mato Grosso do Sul aprovado nessa seleção, recebeu o valor de R$ 90,4 mil para a execução das ações.

EXEMPLOS

Paula explica que o valor do edital foi utilizado para diversos fins, como a compra de cinco computadores para as escolas participantes, além de livros que incentivam a presença das mulheres no desenvolvimento da ciência no País e da concessão de bolsas de estudo para alunas e professores do projeto de extensão. “Compramos um kit com três livros para que as alunas pudessem ler e conhecer um pouco das histórias dessas mulheres. Tem cientistas que são do município de Corumbá, estão próximas da gente, e elas não conheciam. Isso precisa ser divulgado”, acrescenta a professora. 

Tecnóloga em Materiais pelo Instituto Federal do Rio Grande do Norte (IFRN), mestre e doutora em Engenharia de Minas, Materiais e Metalúrgica pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Paula percebeu, ao longo dos anos, a presença maciça de homens no mercado de trabalho. “Sempre trabalhei com muitos homens e eu sei o quanto é difícil. É um exercício constante de mostrar que você tem voz, mas sem ter que precisar gritar. Sempre tive que mostrar que eu era capaz mais do que os outros. Eu percebo que isso não era só comigo, mas com outras profissionais de áreas científicas”. 

Para Paula, o projeto incentiva que as meninas ocupem mais os espaços da pesquisa. “Quero incentivar a participação de outras meninas em áreas que costumam ser ocupadas por homens, como a de processos metalúrgicos. Normalmente, o número de meninas é reduzido, mas senti que, nas últimas turmas, reduziu muito. Quero mostrar que existe uma área de atuação para essas mulheres nesse campo, na siderúrgica, em grandes empresas de Corumbá. Inclusive, estamos fazendo o resgate de convidar as meninas que já fizeram os cursos no IFMS para participar das oficinas e falar sobre a carreira que elas têm hoje”, ressalta.

A professora explica que o projeto também rompeu os limites da fronteira. Entre as instituições de ensino estaduais participantes, estão a Escola Rural Monte Azul e a Escola Municipal Barão do Rio Branco, ambas em Corumbá; a Escola Estadual 2 de Setembro, em Ladário; e a Escuela La Frontera, em Puerto Quijarro, na fronteira entre o Brasil e a Bolívia. 

O projeto já teve quatro encontros, sempre aos sábados. As estudantes e os professores envolvidos deverão apresentar os trabalhos desenvolvidos no projeto durante a Feira de Ciência e Tecnologia do Pantanal (Fecipan), que será realizada pelo Campus Corumbá do IFMS em outubro, durante a edição 2019 da Semana de Ciência e Tecnologia.

“Este projeto é muito importante para as  alunas, porque elas participam de palestras sobre as conquistas das mulheres e empreendedorismo, além de oficinas no laboratório de metalurgia e informática. Observo uma mudança no comportamento dessas alunas na escola, cada vez mais comprometidas com os estudos”, acredita a professora de Matemática da Escola Barão do Rio Branco, Roselene Franco Moreira.

magia

Caravana de Natal da Coca-Cola passa por Campo Grande nesta terça; veja o trajeto

Caminhões estarão enfeitados com luzes natalinas, sistema de bolhas d'água, decoração interativa, painéis LED, cenografia natalina, cenários montados e Casa móvel do Papai/Mamãe Noel

16/12/2025 12h00

Carretas natalinas da Coca Cola vão passar em Campo Grande

Carretas natalinas da Coca Cola vão passar em Campo Grande DIVULGAÇÃO/Coca Cola

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Faltam 9 dias para o Natal e a tradição de sair às ruas para acompanhar a passagem das carretas de Natal da Coca-Cola está de volta.

Caravana Iluminada de Natal percorre ruas e avenidas de Campo Grande nesta terça-feira (16). 

Os caminhões estarão enfeitados com luzes natalinas, sistema de bolhas d’água, decoração interativa, painéis LED, cenografia natalina, cenários montados e Casa móvel do Papai/Mamãe Noel.

Confira os trajetos e horários:

CAMPO GRANDE - 16 DE DEZEMBRO -  19H

  • INÍCIO - 19 horas – Comper Itanhangá – Avenida Ricardo Brandão
  • Avenida Arquiteto Rubens Gil de Camilo
  • Avenida Afonso Pena – Bioparque Pantanal até a 13 de maio
  • Avenida Ceará
  • Avenida Mato Grosso – apenas três quadras
  • Avenida Antônio Maria Coelho
  • Avenida 14 de julho
  • Avenida 13 de Maio – apenas três quadras
  • Avenida Eduardo Elias Zahran
  • Avenida Bom Pastor
  • Avenida Toros Puxian
  • Avenida Dr. Olavo Vilella de Andrade
  • FIM – Avenida Gury Marques

Carretas natalinas da Coca Cola vão passar em Campo Grande

 

ALERTA PARA A EXAUSTÃO

A síndrome do dezembro perfeito

16/12/2025 11h30

Divulgação / Renata Carelli

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Dezembro traz dois fenômenos digitais que podem afetar o bem-estar: as retrospectivas de um ano supostamente perfeito e a pressão estética pelo chamado corpo de verão. O que deveria servir de inspiração tem se tornado gatilho de ansiedade para quem tenta conciliar o esporte com uma rotina de trabalho exaustiva.

O canal Atleta de Fim de Semana, criado pela produtora audiovisual Renata Carelli para servir de guia a uma prática mais saudável do esporte amador, defende que a matemática dessa comparação é injusta.

O erro comum do amador é comparar sua vida integral, que inclui boletos, trânsito, cansaço e limitações, com os melhores momentos editados de influenciadores ou atletas que vivem da imagem.

A vida é complexa demais para caber em um post. Quando nos comparamos com a retrospectiva de alguém, ignoramos o contexto, como a rede de apoio, o tempo livre e os recursos financeiros.

Essa busca por uma estética ou performance irreal no fim do ano gera uma sensação de fracasso, mesmo para quem teve um ano vitorioso dentro de suas possibilidades.

Para virar a chave em 2026, o Atleta de Fim de Semana sugere trocar a meta do corpo de verão pelo corpo funcional. A ideia é valorizar o corpo não pela aparência na praia, mas pela capacidade de viver experiências, aguentar a rotina e gerar disposição.

Confira três dicas que Renata considera essenciais para sobreviver ao fim de ano sem culpa.

NÃO DESISTIR

Não desistir é a verdadeira medalha: no mundo amador, a consistência vale mais que intensidade. Se você teve um ano difícil no trabalho e, mesmo assim, conseguiu treinar duas vezes na semana, isso é uma vitória.

O importante é celebrar o fato de não ter voltado ao sedentarismo, sem se comparar com quem treinou todos os dias.

FILTRE O FEED

Filtre o feed e a mente. Nesta época, o algoritmo privilegia corpos expostos e grandes feitos. Se isso gera ansiedade, a recomendação é prática: silencie perfis que despertam a sensação de insuficiência. O esporte deve ser sua válvula de escape para o stress, não mais uma fonte dele.

REDEFINA O SUCESSO

Redefina o sucesso para 2026: ao fazer as resoluções de Ano-Novo, evite metas baseadas apenas em estética, como perder peso a qualquer custo, ou em números de terceiros.

Trace metas de comportamento, como priorizar o sono ou se exercitar para ter energia para a família. Quando o objetivo é funcional, a pressão diminui e a longevidade no esporte aumenta.

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