Correio B

ARQUITETURA

Conheça o Pantanal em preto e branco pintado por estudantes

Projeto do arquiteto Luis Pedro Scalise, foyer de entrada vai retratar degradação da região pantaneira em mostra

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O colorido da paisagem dá lugar ao preto e branco de um Pantanal cada vez mais degradado. Por meio da arquitetura, Luis Pedro Scalise quer fazer crítica à devastação que a região vem sofrendo nos últimos anos. Junto de estudantes selecionados por ele em concurso, o assoreamento dos rios e as cores pantaneiras que estão se perdendo serão representados em um ambiente de 45 m². 

O projeto é para o foyer de entrada da mostra de arquitetura Casa Cor  MS, que nesta edição ocupa o Shopping Bosque dos Ipês e se inspira no tema “A Casa Viva”, em que o lar reflete o íntimo de seus moradores, colocando a casa como refúgio físico, mental e espiritual e reforçando a  reconexão com a natureza. 

O conceito propõe ambientes integrados e sustentáveis, que estimulem o convívio em vez do afastamento causado pela tecnologia, além de uma forte relação com a natureza, das pequenas plantas aos grandes jardins. 

Colorido nos trabalhos e até nas próprias roupas, a falta de cores é novidade e um desafio para Scalise. “Vamos fazer uma instalação para impactar mesmo, porque, quando se pensa no Pantanal, vem aquela invasão de cores, formas e texturas, mas que a gente vai representar em preto e branco”, conta Luis Pedro. 

O foyer de entrada é um espaço de convivência e dispersão das pessoas, logo que adentram no ambiente, e funciona como cartão de visitas de um imóvel. “Em uma casa, você tem o hall de entrada, o primeiro espaço para dali ir para outros. O foyer é a mesma coisa, mas no comercial. Ali você entra e tem a primeira impressão do que vai enxergar”, explica o arquiteto.

Como a mostra é aberta ao público, detalhes ainda não podem ser revelados, mas Scalise já adianta que vai trabalhar elementos plásticos naturais e artificiais representando o Pantanal do chão ao teto e com peças de design no mobiliário. 

O trabalho será uma instalação artística que vai mostrar ao público o que era, o que está sendo e o que se espera que volte a ser o Pantanal um dia.

“Será todo cenotécnico; plasticamente, vai ter água, mas não fisicamente. Instalação artística é aquela que você passa com os olhos a informação. Não é uma pedra, mas você acha que é uma rocha”, exemplifica. 

DECORA COMIGO

Para auxiliar na execução e dar oportunidade de contato com o mercado, o arquiteto lançou uma nova edição do programa Decora Comigo, projeto no qual seleciona estudantes de Arquitetura e Design de Campo Grande para participarem. 

A primeira vez que isso aconteceu foi na Olimpíada de 2016, quando Scalise, que fazia a programação visual dos jogos, escolheu 10 candidatos para a mostra “Volta ao Mundo em 10 Mesas”, que homenageava alguns dos países participantes. 

Agora, o programa volta a ser colocado em prática para ensinar estudantes sobre cenografia. “Eles vão me ajudar a montar; é quase como um workshop, em que eu vou montando e explicando o porquê de estar fazendo isso”, relata. 

Na prática, é explicar qual a função de cada espaço, objeto, cor e iluminação. “Claro que, se tiverem alguma ideia, vamos colocar no projeto, mas eles serão coprodutores”, afirma. A divulgação das vagas foi feita pelas redes sociais do arquiteto, que solicitou que os interessados lhe enviassem fotos do desenho feito à mão sobre a visão deles do Pantanal. O arquiteto conta ter recebido 730 trabalhos, selecionando cinco deles, dos estudantes: Amanda da Silva Costa, Camila Alves Finco, Danilo Prior do Nascimento, João Pedro Caldas Haiduck e Steiner Jardim Neto.

APRENDIZADO

Coprodutores

Oportunidade de aprender cenografia e o contato com o mercado. É assim que os estudantes selecionados para participar da mostra pelo arquiteto Luis Pedro Scalise enxergam o trabalho. 

Os acadêmicos de Arquitetura e Urbanismo tiveram de mostrar primeiro sua visão de Pantanal, para agora visualizar a natureza degradada e transpassá-la para a arquitetura. “Meu desenho foi uma mistura de tudo o que o Pantanal engloba, principalmente o pôr do sol único, os peixes e as características da região, junto de uma índia kadiwéu”, conta a estudante do 9° semestre da Uniderp, Amanda Costa, 22 anos. Prestes a se formar, ela pretende absorver tudo o que puder. “Será uma experiência muito boa e vamos colaborar da forma que for necessária”, diz.

Apesar de ter usado cores na atividade de seleção, o estudante do 2º semestre, Steiner Neto, 24 anos, já enxerga como será a execução. 

“Quando a gente pensa no preto e branco, sempre acha que não mostra vida, mas nem sempre é assim. A própria natureza tem representação de animais em branco”, pontua. 
 

DIVERSÃO

5 aplicativos para fazer revelação de amigo da onça

Chegou a época das festas de fim de ano e com ela a tradicional brincadeira do amigo secreto. Conheça os melhores apps para organizar e tornar a revelação ainda mais divertida

12/12/2025 13h37

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A brincadeira do amigo oculto, também conhecida como amigo da onça ou amigo secreto, é uma tradição que reúne famílias, amigos e colegas de trabalho durante as festas de fim de ano.

Com a tecnologia cada vez mais presente no nosso dia a dia, surgiram diversas ferramentas digitais para facilitar a organização e tornar o momento da revelação ainda mais especial.

1. Amigo secreto (My Secret Santa)

Considerado um dos mais completos do mercado, o aplicativo Amigo Secreto permite criar grupos, sortear participantes automaticamente e enviar notificações para todos os envolvidos.

O diferencial está na função de revelação gradual, onde dicas sobre quem é o amigo secreto são liberadas aos poucos, aumentando a expectativa e a diversão.

Baixe no Google Play para Android

Baixe na App Store para Iphone

2. Sorteio fácil

Com interface intuitiva e design moderno, o Sorteio Fácil se destaca pela simplicidade. O app permite definir valores mínimo e máximo para os presentes, criar listas de desejos e fazer o sorteio mesmo sem que todos os participantes tenham o aplicativo instalado. Na hora da revelação, oferece recursos de animação que tornam o momento mais emocionante.

Baixe no Google Play para Android

Versão não disponível para IOS

3. Secret Santa

Popular em vários países, o Secret Santa traz recursos de chat integrado para que os participantes possam interagir anonimamente antes da revelação. O aplicativo também permite fazer enquetes sobre local e data do encontro, facilitando a organização do evento.

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Baixe na App Store pra Iphone

4. DrawNames

O DrawNames é ideal para grupos grandes e famílias numerosas. Além do sorteio tradicional, permite criar exclusões (para evitar que casais ou irmãos tirem um ao outro) e possui uma ferramenta de revelação ao vivo, onde todos podem participar simultaneamente através de videochamada integrada.

Baixe no Google Play para Android

Baixe na App Store para Iphone

Site oficial também disponível

5. Amigo oculto online

Gratuito e sem necessidade de cadastro, o Amigo Oculto Online funciona diretamente pelo navegador. Perfeito para quem prefere praticidade, o app envia o resultado por e-mail ou WhatsApp e oferece templates personalizáveis para a revelação, com temas natalinos e de fim de ano.

Baixe no Google Play para Android

Dica Extra:

Independente do aplicativo escolhido, o mais importante é o espírito de confraternização que a brincadeira proporciona.

Os apps são apenas ferramentas para facilitar a organização e adicionar um toque de modernidade a essa tradição tão querida pelos brasileiros.

AGENDA CULTURAL

Fim de semana tem ópera afro-brasileira, música e cinema

À frente da banda O Capuz Negro, cantor e multi-instrumentista Jorge Aluvaiá lança ópera afro-brasileira "Crônica sob o Céu Lilás"; Simona e Vozmecê agitam Praça Bolívia; Rose Mendonça estreia solo de dança e, em Corumbá, tem "Moinho In Concert"

12/12/2025 09h00

Ao lado da banda O Capuz Negro, o multi-instrumentista (ao centro) estreia a ópera afro-brasileira

Ao lado da banda O Capuz Negro, o multi-instrumentista (ao centro) estreia a ópera afro-brasileira "Crônica sob o Céu Lilás", amanhã, às 19h, no Teatral Grupo de Risco Divulgação

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O irrequieto multiartista Jorge Aluvaiá está fechando este ano com um ambicioso projeto. À frente da banda O Capuz Negro, ele estreia amanhã, às 19h, no Teatral Grupo de Risco (Rua Trindade, nº 401, Jardim Paulista), o show “Crônica sob o Céu Lilás”, que o próprio músico define como uma “ópera espacial afro-brasileira, um concerto surrealista que envolve tradição oral e retoma as raízes afro-brasileiras, com música, poesia e imaginação”.

No palco, com os seis parceiros do Capuz, Aluvaiá vai mostrar as 18 faixas que dão vida ao enredo do novo trabalho. As composições acompanham, com “muita mística”, a jornada de um viajante imaginário, o Mensageiro Rubro, considerado pelo band leader uma “entidade cósmica”, que vive uma epopeia ao aportar no Brasil do século 19, quando perde a capacidade de voar.

Para tentar superar sua condição, Rubro acaba hibernando nas águas do Rio Paraguai e, nessa nova realidade, inicia uma intensa trajetória de “brasilidade”, ritmos diversos, performances e ensinamentos ancestrais.

“A gente conta essa história através de um espetáculo musical, um concerto, e me utilizo também de linguagens da arte, como poesia declamada, para dar vida a essa proposta, para trazer a potência e as possibilidades do fantástico, que é a pulsão de vida, da criatividade, da imaginação”, viaja Aluvaiá.

Os ingressos estão disponíveis na plataforma Sympla, por R$ 20. A produção do evento anuncia também uma campanha de “apadrinhamento de ingressos” para contemplar jovens de instituições beneficentes, com cada entrada ao custo de R$ 18.

PRAÇA BOLÍVIA

A última edição deste ano da feira cultural Praça Bolívia, neste domingo, das 9h às 14 horas, será embalada por seis atrações musicais: o veterano Simona, o duo Vozmecê, Dandaras, Menos Pausa, Sangre Latino e Nobres. O evento conta com estandes de arte e artesanato, moda, pratos típicos e antiguidades. Endereço: Rua da Garças com Rua Aníbal de Mendonça, Bairro Santa Fé.

ROSE NA DOBRA

A dançarina Rose Mendonça estreia hoje o solo de dança “Dobra no Tempo”, às 19h, na Estação Cultural Teatro do Mundo. Uma segunda apresentação está agendada para amanhã, na sede da Central Única das Favelas (Cufa), na Rua Livino Godói, nº 710, Jardim São Conrado, às 16h. Os ingressos estão disponíveis gratuitamente na plataforma Sympla.

O solo integra o projeto Corpo-Território, que envolve ainda a realização de a oficina de house dance Tessituras Dançadas, amanhã, das 9h às 11h, no Centro Cultural José Octávio Guizzo.

O projeto busca democratizar o acesso a produções artísticas, contribuir para a visibilidade das danças negras na cidade, ampliar as discussões e estimular reflexões sobre a dança na sociedade, fortalecer a memória da arte contemporânea negra local e oportunizar um espaço seguro para debates acerca das questões raciais e de gênero.

Com direção artística de Simone Vieira, “Dobra no Tempo” se coloca como “um ritual” de movimento e som para despertar a potência do corpo e da presença, em que cada movimento é um gesto de afirmação e cada som é uma vibração capaz de ressoar no indivíduo.

“Com a intensidade da música house, seu fluxo único e mistura poderosa, no solo exploro a relação entre o meu corpo, o espaço e o tempo em um jogo de improviso, com os passos básicos e complexos da house dance e as corporeidades das danças afro-brasileiras”, afirma Rose, que, para realizar o projeto, contou com recursos da Política Nacional Aldir Blanc (Pnab), do governo federal e do Ministério da Cultura, sob operação da Fundação Municipal de Cultura de Campo Grande (Fundac).

“Dobra no Tempo” tem produção-geral de Ariane Nogueira, produção executiva de Marcos Mattos, Livia Lopes como social media, design gráfico de Leonardo Sales, produção audiovisual de Kaique Andrade, Jessé Macedo e Karem Martins como intérpretes de Libras, criação e confecção de figurino de Jéssika Rabello (Ajuberô Ateliê) e assessoria de imprensa por Isabela Ferreira (Reconta). As apresentações contarão com a participação da artista Aline Serzedello Vilaça.

“MOINHO IN CONCERT”

O Moinho Cultural realiza, neste sábado e no domingo, mais uma edição do “Moinho In Concert”. Sob a direção geral de Márcia Rolon, o espetáculo foi anunciado como “uma travessia que mistura memória, sonho e ancestralidade”, conduzindo o público pelos caminhos do Peabirú, a antiga rota sagrada dos povos originários, com música, dança e imagens.

A montagem reúne mais de 500 artistas, entre orquestra, coral, bailarinos, crianças, adolescentes e jovens atendidos pela ONG, tornando-se uma das maiores produções culturais da região.

O mergulho no imaginário da rota é acessado por jogos de amarelinha, explorando símbolos como o caracol e a cruzada para construir uma narrativa que convida o público a refletir sobre travessias internas, pertencimento e superação.

“Estamos alinhavando um novo Peabirú, como o sonho e o jogo de amarelinha, com a intenção de levar todos para o seu próprio céu”, diz Márcia Rolon. As apresentações serão às 19h30min, na sede do Moinho, em Corumbá.

A equipe de criação reúne pesquisa de linguagem e concepção coreográfica de Fernando Martins, a coreógrafa e ex-primeira bailarina do Stuttgart Ballet Beatriz Almeida, o ator Arce Correia, coralistas, músicos e o artista Leoni Antequera, da Bolívia.

A trilha sonora, com arranjos assinados por ex-alunos do Moinho, é inspirada no barroco sul-americano. Os figurinos foram confeccionados, dentro da instituição, por mães de participantes, retomando uma tradição afetiva que aproxima famílias do processo artístico.

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