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'É evidente a minha enorme tristeza', diz Luciano Huck sobre o amigo Aécio

'É evidente a minha enorme tristeza', diz Luciano Huck sobre o amigo Aécio

FOLHAPRESS

24/05/2017 - 18h48
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O apresentador Luciano Huck nega ter deletado fotos do senador afastado Aécio Neves (PSDB-MG), de quem diz ser amigo há 17 anos, de suas redes sociais.

Contraria, assim, a versão que prevalece no tribunal da internet, onde foi acusado de tentar apagar os rastros digitais de uma amizade que começou em 2000, "depois que mudei para o Rio a trabalho", como diz o paulista à reportagem, por e-mail.

As recentes acusações contra o tucano, distanciado do Senado por ordem do Supremo Tribunal Federal, teriam provocado o "apagão" nos perfis do apresentador da TV Globo -um dos nomes na bolsa de apostas para concorrer à Presidência em 2018. Internautas o provocaram com legendas do naipe "oi @lucianohuck vi que vc apagou todas fotos com o aecio gostaria de saber se está td bem...".

"Não haveria razão para deletar quaisquer imagens das minhas páginas. Mas como a internet é um território sem lei, qualquer um pode dizer o que quiser", afirma Huck.

Para ele, a confusão pode ter se dado porque muitas fotos com Aécio "são registros antigos, alguns feitos há mais de sete anos, e que por isso naturalmente vão ficando para trás nas timelines das redes sociais". Alguns dos retratos, frisa, "nem meus são".

A reportagem fez uma varredura no Instagram de Huck, que é enteado de um tucano velha guarda, Andrea Calabi, ex-secretário da Fazenda de São Paulo. Até a tarde de quarta (24), eram 2.080 fotos postadas desde 2012. Dividem o quadro com Huck personalidades como Madonna, Roberto Carlos, Neymar, Silvio Santos, Caetano Veloso e Gregorio Duvivier. Aécio não está lá.

"De coração, não sei te responder", diz o apresentador ao ser questionado sobre a ausência de registros da amizade.

NADA RECENTE

"Não faço a menor ideia. Todas as fotos que rodaram nas redes esta semana são muito antigas, não tem nada recente. Podem ter sido postadas nas redes do Aécio, por exemplo. O que posso te garantir com toda a sinceridade é que não apaguei foto alguma recentemente em função dos acontecimentos da semana passada."

Algumas das imagens das quais é acusado de se livrar de fato vieram não dele, mas da imprensa ou de outros perfis virtuais.

Caso, por exemplo, de uma de 2014, em que Huck faz parte de uma turma que acompanha a apuração de votos da eleição que acabou consagrando Dilma Rousseff (PT), na casa de Andrea Neves, irmã de Aécio e hoje presa. O global está atrás do então presidenciável do PSDB, com adesivo no pulôver onde se lê 45, o número da chapa tucana.

Outras fotos trazem os dois amigos sorrindo em roupas sociais, esportivas, de camisa do Brasil e com abadá de um evento musical patrocinado pela Oi.

"Que atire a primeira pedra quem nunca se surpreendeu negativamente ou se decepcionou com um amigo", diz Huck. "Não vou renegar minha relação de amizade com ele, nem mesmo em um momento tão negativo da sua vida. Mas é importante que se diga que nunca misturei amizade com política ou negócios em nossa relação."

"É evidente a minha enorme decepção e tristeza com tudo o que veio à tona em relação não só a um amigo, mas a alguém que foi governador, senador e que recebeu mais de 51 milhões de votos numa eleição presidencial recente", diz o apresentador.

CONDUTA DUVIDOSA

"Acho igualmente importante registrar que considero gravíssimos os fatos recentemente divulgados sobre sua conduta. Se forem comprovados, devem ser punidos com rigor dentro do que determina a Justiça. São comportamentos que refletem de forma emblemática boa parte daquilo que queremos banir da nossa sociedade."

O apresentador também foi achincalhado por aparecer em retratos com outros envolvidos em escândalos de corrupção, como o ex-governador do Rio Sérgio Cabral e o empresário Eike Batista. Foi fotografado a bordo de um iate justo com Joesley Batista, dono da JBS e delator que gravou o áudio que ajudou a sepultar a carreira política do amigo.

Outro vestígio virtual que voltou para puxar o global pelo pé: um tuíte de 2009 em que ele manda "um parabéns especial para Eike Batista, Eduardo Paes [ex-prefeito do Rio] e Sergio Cabral".

"À exceção de Aécio, nenhuma destas figuras é ou foi meu amigo. São, isto sim, pessoas com as quais em circunstâncias diversas estive junto por motivos também diversos", diz.

Já a amizade com o político tucano rendeu alguns réveillons em Angra dos Reis, onde Huck e a também apresentadora Angélica, sua esposa, têm casa.

LIGAÇÃO ÍNTIMA

Em 2006, a revista "Caras" destacava a presença do casal no aniversário de 15 anos de Gabriela, filha de Aécio (à época governador de Minas) com a ex-mulher Andréa Falcão, "numa noite mineira que agitou o carioquíssimo Museu de Arte Moderna do Rio".

Angélica falou de seu "cabelo novo" (tingira as madeixas) e da relação com a família anfitriã. "Somos muito amigos do Aécio, e, pelo pouco que conheci a Gabriela, percebi que ela é uma menina maravilhosa como o pai."

Quatro anos depois, revistas de celebridades deram destaque a um jantar que Huck ofereceu ao amigo, então candidato ao Senado. O apresentador André Marques foi DJ na festa que serviu vinho tinto a convidados como Gilberto Gil, Luiza Brunet, Eduardo Paes, Taís Araújo e Carolina Dieckmann.

Huck pede para irmos "aos fatos". Pois: "Minha vida é pública há mais de 20 anos e definitivamente não vivo recluso ou encastelado. Ao contrário, sempre fiz questão de viver o dia a dia do país intensamente nas ruas, sem nenhum tipo de preconceito quanto às milhares de pessoas com as quais interagi e interajo cotidianamente. Nesses anos todos, convivi, criei vínculos de amizade ou simplesmente cruzei com muita gente pelo caminho".

DIÁLOGO

Confira a coluna Diálogo na íntegra, desta segunda-feira, 22 de abril de 2024

Por Ester Figueiredo ([email protected])

22/04/2024 00h02

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Martin Luther King Jr. - ativista americano

"Suba o primeiro degrau com fé. Não é necessário que você veja toda a escada. Apenas dê o primeiro passo”.

FELPUDA

Considerado até então único “trator” existente nas articulações políticas, fazendo imperar a vontade de “chefia” a todo custo, figurinha considerada carimbada agora tem pela frente dois concorrentes que não deixam se intimidar.

A cooptação de vereadores para certo partido e o apoio a prefeitos do interior vêm mostrando, digamos assim, “empate técnico” do trio. Nos bastidores políticos, há quem garanta que se trata de confronto de titãs. E sai de baixo!

Patente

Pesquisadores da UFMS conquistaram mais uma patente. Dessa vez, trata-se do processo de conversão de peças de plástico, feitas com impressora 3D, em condutores elétricos. O pedido foi resultado de uma pesquisa iniciada pela aluna Katia Emiko Guima

Mais

Segundo o professor do Instituto de Física da UFMS Cauê Alves Martins, um dos responsáveis pelo trabalho, sua aluna iniciou a pesquisa quando começou mestrado em Química na UFGD. A invenção teve também a participação do professor Victor Hugo de Souza, da UFGD.

Barbara ValentimBarbara Valentim
Maria Eleonora ChagasMaria Eleonora Chagas

Rebote

Alguns partidos que lançaram pré-candidatos viram que o ato foi como pedra jogada na água: fez rápidas ondulações, foi para fundo e quase ninguém nem sequer reparou. A continuar assim, é quase certo que nos próximos dias comece a romaria dessas legendas em direção ao endereço dos partidos mais fortes, para pedir abrigo disfarçado de “aliança”.

Enfim

Sete anos depois, projeto substitutivo do então senador Waldemir Moka, hoje presidente estadual do MDB, e dos ex-senadores Ana Amélia (RS) e Walter Pinheiro (BA) teve aprovado requerimento para que tenha tramitação (não é piada) em regime de urgência. A proposta cria regras para pesquisas com seres humanos e o controle das boas práticas clínicas por meio de comitês de ética desses estudos.

Ameaça

As lideranças do PT em MS devem ter sentido cheiro de pólvora em suas pretensões para 2026. Por isso, um dos três parlamentares estaduais criticou o PSDB e seu avanço nos municípios na cooptação de prefeitos e vereadores.

Depois, fecharam apoio à pré-candidatura de sua companheira na disputa pela Prefeitura de Campo Grande. Nos bastidores, há quem diga que a chegada do Podemos e do PSD ao ninho mostra que petista teria sido rifado no sonho ao Senado.

Aniversariantes

  • Claudia Adriane Grava,
  • João Alex Monteiro Catan (Jonny Catan),
  • Rejane Borges Diniz,
  • Josimário Teotonio Derbli da Silva,
  • Maria Clara Saad Menezes,
  • Idelma Arce de Souza,
  • Cesar Mendes,
  • Jorge Vilela Gaudioso,
  • Maria Tereza Junqueira de Carvalho Filha,
  • Lourival Soares,
  • Marcos Antonio de Carvalho Torquato,
  • Luciano Fonseca Coppola,
  • Luiza Prado Komiyama,
  • Osvaldo Martins Pinto Filho,
  • Rodrigo Tomaz Silva,
  • Marilene Pelzl Bacargi,
  • Daniel Borin,
  • Aurora Trefzger Cinato Real,
  • Augusto Cesar dos Santos,
  • Nilce Vargas Pereira,
  • Dra. Carolina Martins Neder,
  • Andre de Souza Junqueira Netto,
  • Roberto Haranaka,
  • Altemar Tadeu Dias,
  • Katilene Martins Arteman,
  • Ildeomar Carneiro Fernandes,
  • Benedita da Silva Saraiva,
  • Raimundo Maciel de Oliveira,
  • Katilys Sandes Krambeck,
  • Deiselene da Silva Acosta,
  • Francisco de Assis Santos de Oliveira,
  • Laudemir de Oliveira Recalde,
  • Jéssica de Oliveira Curiel,
  • Matheus Araújo Xavier,
  • Cirene Rondon,
  • Ana Maria de Souza,
  • Nilma Bianca Braga,
  • Gilce Pereira Kawagnani,
  • Glauber Alves Rodrigues,
  • Duprê Garcia Coelho,
  • Maria Bernadete Barbosa Ronda,
  • Otaviano Alves Nogueira,
  • Dra. Tânia Mara Scacabarozi Bertolotto,
  • Dr. Antonio Toshio Kuahara,
  • Dr. Luiz Carlos França da Nova,
  • Virginia Costa de Oliveira Marques,
  • Iara Pacheco Burmann,
  • Nelson Seity Shigemoto,
  • Rosana Sandri,
  • Ramão Humberto Martins Manvailer,
  • Augusto Kanashiro,
  • Eleutério de Souza,
  • Maria Cláudia de Melo Figueira,
  • Alda Soavesso,
  • Aline Cristina Ferreira Pivoto,
  • Regina Sueiro Figueiredo,
  • Sérgio Venâncio,
  • Hélio Taveira Delmondes,
  • Adão Ferreira da Silva,
  • Nilza Campos Gomes da Silva,
  • Clóvis de Barros,
  • Jair Alves de Souza,
  • Manoel Simona de Oliveira,
  • Dr. Roberto Antoniolli da Silva,
  • Arcebil de Souza Maia,
  • Onisio Carlos Correa Febrone,
  • Aline Maria Bezerra de Alencar,
  • José Carlos Grande,
  • Paulo Renan Pache Corrêa,
  • Olavo Augusto Torquato Mozer,
  • Ana Rosa Ribeiro de Moura,
  • Dirlene Basilio Novais,
  • Nadia Nascimento Chaves de Oliveira,
  • Barbara Cavalcanti da Silva,
  • Jorge José Lopes,
  • Arthur Constantino da Silva Filho,
  • Bruno Augusto Uehara Pimenta,
  • Amaroti Gomes,
  • Fátima Elisabete Luiz Gonçalves,
  • Maria do Céu Silva Santos,
  • Jorge Moura da Paixão,
  • Luciana da Cruz Silva,
  • Tânia Alves Sandim,
  • Francisco Carlos Lopes de Oliveira,
  • Suziney Santana Santos,
  • Hiromi Ono Mizusaki,
  • Ioneia Ilda Veroneze,
  • Marcos Vinícius da Silva,
  • Odair José Areca,
  • Raquel Viegas Carvalho de Siqueira,
  • Wilmar Nunes Lopes,
  • Lucila Oliveira Pereira,
  • Ada Lopes da Silva,
  • Samira Pimentel Oliva,
  • Maria Aparecida Gomes de Oliveira,
  • Bartira Souza Campos,
  • Daniella Moraes Antunes,
  • Catarina Martins Nogueira,
  • Viviane Rodrigues,
  • Martha Alves de Souza,
  • Luísa Helena Menezes,
  • Maria Renata Corrêa Lima,
  • Laucídio de Moura Silva,
  • Samira Xavier de Souza,
  • Bruna de Oliveira Mendes

* Colaborou Tatyane Gameiro

Correio B+

Capa B+: Entrevista exclusiva com o ator de "Família é Tudo" da TV Globo, Robson Torinni

"Ao refletir sobre a minha trajetória, sinto um profundo orgulho. Tenho certeza que cada escolha que fiz moldou a pessoa e o ator que sou hoje".

21/04/2024 21h30

Entrevista exclusiva com o ator de "Família é Tudo" da TV Globo, Robson Torinni Foto: Lucio Luna

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Aplaudido por suas atuações e produções para o teatro, Robson Torinni está em “Família é Tudo”, da TV Globo, como o skatista Cláudio, antigo rival de Tom (Renato Góes). O personagem chega para treinar Max (Caio Vegatti) para competições esportivas e, assim, retomar a rixa com o mocinho. 

O pernambucano também pode ser visto estrelando a série “Entre longes”, rodada no estado do MT, na TV Brasil. E, para este ano ele ainda tem previsão da estreia do filme “Ruas da Glória”.

Com 37 anos e 20 de carreira, o bacharel em teatro produziu seu primeiro espetáculo em 2017, trazendo para os palcos cariocas o sucesso argentino “A Sala Laranja". Sua consagração aconteceu em 2018 quando produziu e estrelou o premiado “Tebas Land”.

Na época, a peça lhe rendeu o Prêmio Botequim Cultural de Melhor Ator e duas indicações a Melhor Ator pelo Prêmio CESGRANRIO e pelo Prêmio Cennyn. A obra, aliás, está novamente em cartaz no Rio até 28 de abril no Teatro Poeira com lotação esgotada. Em julho, participará do Festival de Teatro de Avignon, na França.

Robson Torinni também foi aclamado por sua atuação e produção da peça "Tráfico", que esteve em cartaz no Rio por um ano. O espetáculo recebeu três indicações ao prêmio APTR de Melhor Ator, de Melhor iluminação e de Melhor direção de movimento. A obra ainda teve duas indicações ao Prêmio Cesgranrio de Teatro nas categorias de Melhor Ator e de Melhor Iluminação.

Em seu currículo ainda constam passagens pela Oficina de Atores das Globo e participações em produções da TV e do cinema. 

Robson é Capa do Correio B+ desta semana, e em entrevista ao Caderno, ele fala da nova novela, estreias e carreira.

O ator Robson Torinni é Capa exclusiva do Correio B+ desta semana - Foto: Lucio Luna - Diagramação: Denis Felipe e Denise Neves

CE - Como você analisa esses seus 20 anos de carreira?
RT -
 Ao refletir sobre a minha trajetória, sinto um profundo orgulho. A cada dia percebo que estou trilhando o caminho que sempre desejei, dedicando-me ao que amo. Tenho certeza que cada escolha que fiz moldou a pessoa e o ator que sou hoje.

CE - Você está entrando em “Família é Tudo” como um vilão. Como se preparou para dar vida a Cláudio, seu personagem, e o que pode adiantar sobre ele?
RT -
 No início foi bem desafiador porque o personagem anda de skate e eu nunca tinha andado. Bateu aquele frio na barriga. Mas logo que comecei a fazer aulas com o professor Fernando acabei me surpreendendo. Foi mais fácil do que imaginava. Ainda não posso  contar muita coisa sobre o Cláudio, mas posso dizer que ele dará muita dor de cabeça para o Tom (Renato Góes) e seus aliados.

CE - Robson, você é um ator bem conhecido no meio teatral, mas que pouco fez audiovisual ao longo da sua carreira. Acha que ainda em 2024 fazer uma novela é fundamental para a visibilidade de um artista brasileiro?
RT -
Absolutamente. O poder do audiovisual é inegável. Ele alcança um público potencial de milhões de pessoas instantaneamente, dando ao artista um reconhecimento massivo e imediato. Conectando-se com um público diversificado em todo o Brasil.

Robson - Divulgação

CE - Você também pode ser visto agora como protagonista da série “Entre longes”, na TV Brasil. O que pode contar sobre esse projeto?
RT -
 "Entre Longes" é um projeto muito especial. Não apenas marca minha estreia como protagonista no mundo audiovisual, mas também pela história que narra e pelos cenários em que se desenrola. A série segue a trajetória da enfermeira suíça Rachel, que, após a Segunda Guerra Mundial, decide recomeçar sua vida no Mato Grosso, onde dedica-se a ajudar aqueles em situação de vulnerabilidade.

Ter a oportunidade de filmar no Mato Grosso foi incrível. Conheci lugares fascinantes que talvez nunca tivesse conhecido se não fosse pela série. Foi uma experiência que me proporcionou uma conexão profunda com a região e enriqueceu minha jornada como artista.

CE - Você está em cartaz no Rio até dia 28 de abril com a peça “Tebas Land”, que já foi muito premiada na primeira montagem em 2018. Como tem sido essa trajetória de sucesso do espetáculo que aborda a relação entre um jornalista e um presidiário?
RT -
 O “Tebas Land” é um filho que só me traz alegrias. Foi o espetáculo onde as pessoas começaram a me olhar com outros olhos. Retomar o espetáculo depois de 4 anos, com casa lotada, tem sido um presente, ainda mais no Teatro Poeira, um dos teatros mais charmosos e de prestígio do Rio de Janeiro. Ficamos em cartaz até dia 28 de abril. Venham!

CE - Em julho, você vai levar “Tebas land” para a França. Como é ver um projeto seu alcançando outras culturas?
RT -
 Eu sempre sonhei em levar algum espetáculo meu para fora do Brasil. E agora vou realizar esse sonho com o “Tebas Land”. Está sendo muito especial e de uma responsabilidade muito grande também. Já que seremos os únicos brasileiros a estarem no Festival de Avignon esse ano. Estou com o coração batendo a mil.

CE - Não bastasse ser ator, você também é o produtor das peças em que atua. Isso foi uma escolha ou uma necessidade de conseguir espaço para mostrar seu trabalho?
RT -
 Foi literalmente uma necessidade para mostrar o meu trabalho e também para fazer os personagens que eu gostaria de interpretar. Além de proporcionar-me liberdade criativa, essa escolha também me concede estabilidade financeira, algo que, infelizmente, não é tão comum na área artística.

CE - No seu currículo de ator e produtor também tem outra peça premiada: “Tráfico”, que fala sobre a vida de um garoto de programa. Como escolhe os projetos nos quais vai se envolver, já que eles sempre têm temas impactantes?
RT - 
Desde o início da minha jornada na produção teatral tinha uma visão clara do tipo de projeto que queria realizar. A primeira condição era que o texto me tocasse profundamente e, em segundo lugar, que abordasse um tema relevante, capaz de gerar reflexão na sociedade. Buscava provocar uma mudança de perspectiva nos espectadores, levando-os a refletir sobre suas próprias atitudes em relação ao mundo.

CE - O que é mais difícil: viver como ator ou como produtor?
RT -
 Como ator você está sujeito à espera que outros o convidem para projetos. Por outro lado, como produtor você tem a liberdade de iniciar novos projetos sempre que desejar, garantindo um fluxo contínuo de trabalho.

CE - Robson Torinni é de Garanhuns. De onde veio o interesse pelas artes?
RT - 
Desde criança sempre falei que seria ator e que viajaria o mundo. Quando comecei a me entender por gente, logo entrei no grupo de teatro do colégio que estudei  em Garanhuns – PE. Acho que já nasci com as artes dentro de mim. E aqui estou. Ator e já viajei para mais de 40 países.

CE - Desde o fim da pandemia, vários artistas estão festejando a lotação de teatros e cinemas como não se via há tempos. A que você atribui esse comportamento?
RT -
 Acredito que pelo fato de termos tido 2 anos de restrições devido à pandemia, as pessoas sentiram a necessidade de buscar entretenimento fora de casa, interpretando isso como uma expressão de liberdade após um longo período de confinamento.

CE - Quais os planos para os próximos 25 anos?
RT -
 Continuar fazendo projetos que eu tenha prazer e ganhar o Oscar.

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