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Ônibus que roda sem motorista se envolve
em acidente no 1º dia de operação

Ônibus que roda sem motorista se envolve
em acidente no 1º dia de operação

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Um micro-ônibus com tecnologia autoguiada - sem motorista, dirigido por um computador - se envolveu em uma batida logo no dia de sua estreia.

O veículo foi atingido por um caminhão, que seguia em baixa velocidade, em uma rua de Las Vegas. Ninguém se feriu.

A culpa pelo acidente foi atribuída ao motorista do caminhão - que acabou multado pela polícia.

O ônibus era o primeiro do tipo a transitar por vias públicas dos Estados Unidos.

A colisão ocorreu um dia depois de a Waymo - unidade de carros autoguiados da Alphabet (dona da Google) - ter anunciado que está colocando uma frota de táxis totalmente autônomos na cidade de Phoenix, no Arizona (EUA).

O ônibus autoguiado em Las Vegas havia sido desenhado para transportar passageiros na mais famosa rua da cidade, a "Strip", onde ficam os principais hotéis e cassinos.

O veículo usa um sistema desenvolvido pela Navya, empresa francesa que também está testando a tecnologia autoguiada em Londres. O micro-ônibus tem capacidade máxima para 15 passageiros e não ultrapassa 45 km/h, apesar de, normalmente, seguir a uma velocidade média de 25 km/h.

Falha humana

Um porta-voz da cidade de Las Vegas afirmou à BBC que a batida foi leve, e que o ônibus vai voltar a rodar nesta quinta-feira, depois de passar por uma inspeção de rotina.

"Um caminhão de entregas estava saindo de uma viela", informou Jace Radke, do serviço de informações da cidade. "O ônibus fez o que deveria fazer e parou. Infelizmente o elemento humano, o motorista do caminhão, não parou".

Veículos autoguiados já haviam se envolvido em acidentes anteriormente e, como agora, a maioria dos incidentes reportados foram atribuídos ao "elemento humano".

No Arizona, um veículo do tipo, que estava sendo testado pelo Uber, acabou batendo em outro carro, depois que o motorista não cedeu passagem.

Em 2016, um homem morreu em um acidente envolvendo um Tesla Model S com funções autônomas. A investigação do caso indicou que falhas do computador podem ter provocado o acidente. A Tesla foi instruída para expor de forma mais clara as limitações de sua tecnologia aos motoristas.

Tecnologia em expansão

Especialistas, no entanto, dizem que, apesar desses incidentes, o uso da tecnologia autoguiada tem mostrado que é capaz de tornar as ruas mais seguras.

Um estudo da Rand Corporation, organização de pesquisa sem fins lucrativos, publicado nesta semana, defende que a tecnologia chegue logo ao mercado, apesar das imperfeições.

"Ficar esperando por veículos extremamente autônomos que sejam muito mais seguros que motoristas humanos nos faz perder oportunidades de salvar vidas", afirmou o relatório. "É a própria definição de que o ótimo é inimigo do bom."

Carros sem motorista, de acordo com relatórios do órgão de trânsito do Estado da Califórnia, estão melhorando significativamente. De 2015 para 2016, a média de intervenções humanas nos testes feitos em vias públicas diminuiu 66%.

O Google, por exemplo, revelou sua primeira versão da tecnologia para veículos autoguiados há sete anos e, desde então, investiu mais de US$ 1 bilhão em suas pesquisas.

Empresas como General Motors, Audi, BMW e Uber também têm realizado testes para, assim como o Google, colocar no mercado veículos que não precisem de motorista ao volante.

Inteligência artificial

Google anuncia IA para criar vídeos, resumir reuniões e melhorar emails

O lançamento de uma versão de testes acontecerá em junho

10/04/2024 16h00

Os usuários poderão escolher estilo, composição dos slides, cenas, imagens e músicas a partir de botões e comandos textuais dados ao chatbot Gemini. Divulgação

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O Google apresentou na terça-feira (9) um pacote de novidades de inteligência artificial para sua plataforma de trabalho que inclui Gmail, Docs, Meet e Sheets, após seguidos deslizes na competição pela liderança na tecnologia com a OpenAI e a Microsoft.

Entre os anúncios, chamou atenção uma ferramenta de IA geradora de slides em vídeo. Chamado de Google Vids, a nova ferramenta é, segundo o Google, um assistente de criação de vídeos equipado com inteligência artificial. A tecnologia cria uma espécie de sequência de cenas, ou um "storyboard", como é chamado na indústria criativa.

O lançamento de uma versão de testes acontecerá em junho. Assinantes do Workspace, disponível por US$ 10 (R$ 50) mensais, terão acesso à plataforma.

De acordo com a vice-presidente do Google Kristina Behr, a ideia é que qualquer pessoa seja capaz de contar bem uma história com o auxílio da ferramenta. "Nosso objetivo é que, se uma pessoa pode fazer um slide, pode fazer um Google Vids", disse a executiva em evento realizado pelo Google em Las Vegas para anúncio de novidades voltadas às empresas.

Os usuários poderão escolher estilo, composição dos slides, cenas, imagens e músicas a partir de botões e comandos textuais dados ao chatbot Gemini. Uma das apostas do Google para recuperar a competitividade no mercado de IA é a integração de seus serviços.

O Google teve um início desajeitado no mercado de IA generativa, embora seja o responsável pelos principais avanços técnicos por trás da tecnologia. Entrou na concorrência apenas após o sucesso do ChatGPT, e o primeiro produto da empresa —Bard— desapontou o público em termos de performance.

A segunda tentativa, o chatbot Gemini que chegou ao mercado em fevereiro, rivaliza em performance com a versão mais recente do ChatGPT, mas foi centro de uma polêmica que envolveu a representação de nazistas não-brancos, entre outras imprecisões históricas. Por isso, a plataforma teve sua função de geração de imagens desativada por dias.

Agora a empresa se apoia na sua grande base de assinantes para integrar o bot concorrente do ChatGPT a Gmail, Docs, Sheets e outros recursos. Os recursos se assemelham às funções de IA disponíveis no pacote Office e no Windows, da Microsoft.

Um exemplo dessas funcionalidades é um assistente feito com IA capaz de resumir conversas, fazer traduções e responder dúvidas durante uma sessão de Google Meet. O robô funciona a partir de comando de voz.

Também com expectativa de lançamento em junho, a tecnologia tem suporte para 69 idiomas incluindo o português, segundo o Google. A assinatura do serviço custará US$ 10 (R$ 50).
O assistente também funcionará no Google Chat, bate-papo presente no Gmail.

A plataforma de email também passará a receber comandos por voz e receberá um botão para "melhorar" textos com um clique. A tecnologia "transformará uma nota simples em um email completo".

Ainda com base em IA, as planilhas do Google ganharão uma funcionalidade para formatar e organizar dados de maneira intuitiva. O produto promete acelerar a produção de tabelas.
O Google também acrescentou gatilhos condicionais às planilhas, que avisarão o usuário em caso de mudanças relevantes nos dados.

No Google Docs, programa de edição de texto, a empresa implementará um sistema de abas, que promete facilitar acesso e trabalho em múltiplos documentos ao mesmo tempo.

Para o Google Drive, o gigante da tecnologia passou a oferecer na terça um recurso de classificação e proteção de arquivos com o auxílio de IA. A tecnologia pretende facilitar a gestão de arquivos de negócios, para facilitar a detecção de arquivos nocivos, como vírus.

Integrado aos aplicativos de produtividade, o chatbot do Google para empresas, chamado Vertex, terá 130 opções de personalização sob promessa de adequar e melhorar a performance da tecnologia às necessidades dos usuários.

Programadores ainda ganharam acesso na terça a uma versão mais sofisticada do chatbot Gemini, o modelo 1.5 Pro.

De acordo com o Google, essa versão trabalha melhor com imagens, áudios e linguagens de programação.
 

Justiça

Barroso dá recado a Musk e fala em instrumentalização criminosa das redes sociais

O presidente do Supremo diz que é público e notório que "travou-se recentemente no Brasil uma luta de vida e morte pelo Estado democrático de Direito"

08/04/2024 14h00

O presidente do STF, Luís Roberto Barroso, divulgou nota hoje em que afirma que "decisões judiciais podem ser objetos de recursos, mas jamais de descumprimento deliberado". divulgação

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Em meio ao embate entre o ministro Alexandre de Moraes e o empresário Elon Musk, dono da rede social X (antigo Twitter), o presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), Luís Roberto Barroso, divulgou nota nesta segunda (8) em que afirma que "decisões judiciais podem ser objetos de recursos, mas jamais de descumprimento deliberado".

Neste domingo (7), Moraes determinou a inclusão de Musk como investigado no inquérito que apura a existência de milícias digitais antidemocráticas e seu financiamento.

Moraes afirmou que o empresário iniciou uma campanha de desinformação sobre a atuação do STF e do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), "instigando a desobediência e obstrução à Justiça, inclusive, em relação a organizações criminosas".

Na nota assinada por Barroso, sem citar nominalmente Musk, o presidente do Supremo diz que é público e notório que "travou-se recentemente no Brasil uma luta de vida e morte pelo Estado democrático de Direito e contra um golpe de Estado, que está sob investigação nesta corte com observância do devido processo legal".

"O inconformismo contra a prevalência da democracia continua a se manifestar na instrumentalização criminosa das redes sociais", afirmou.

"O Supremo Tribunal Federal atuou e continuará a atuar na proteção das instituições, sendo certo que toda e qualquer empresa que opere no Brasil está sujeita à Constituição Federal, às leis e às decisões das autoridades brasileiras", disse Barroso.

Segundo ele, "é uma regra mundial do Estado de Direito e que faremos prevalecer no Brasil", que "decisões judiciais podem ser objeto de recursos, mas jamais de descumprimento deliberado".

No domingo, Musk disse em seu perfil no X que Moraes deveria renunciar ou sofrer impeachment. No mesmo texto, afirmou que em breve publicará tudo o que é exigido pelo ministro e "como essas solicitações violam a legislação brasileira".

Um dia antes, um perfil institucional do X havia postado que bloqueou "determinadas contas populares no Brasil" devido a decisões judiciais, e Musk retuitou mensagem em que disse que "estamos levantando todas as restrições" e que "princípios importam mais que o lucro".

Apesar de o post da empresa não citar de onde seriam as decisões, Musk repostou a publicação, junto da mensagem: "Por que você está fazendo isso @alexandre", marcando o ministro do STF.

Horas após a postagem do domingo, Moraes determinou a inclusão de Musk como investigado. Segundo o ministro, a medida se justifica pela "dolosa instrumentalização criminosa" da rede, em conexão com os fatos investigados nos inquéritos das fake news e dos atos antidemocráticos.

Moraes determinou ainda a instauração de um inquérito para apurar as condutas de Musk em relação aos crimes de obstrução à Justiça, inclusive em organização criminosa e incitação ao crime, todos previstos no Código Penal.
 

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