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Apps de encontros estão levando a nova epidemia de HIV, diz ONU

Apps de encontros estão levando a nova epidemia de HIV, diz ONU

canaltech

03/12/2015 - 02h00
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O Tinder, Grindr e outros aplicativos que promovem encontros entre os usuários podem ser uma boa para quem não tem muito talento no flerte, mas também estão criando um panorama preocupante. De acordo com um estudo da Organização das Nações Unidas, a utilização desse tipo de solução também está levando a uma epidemia do vírus HIV, principalmente entre jovens na Ásia.

Realizada ao longo de dois anos, a pesquisa mostrou um aumento considerável nas infecções entre homossexuais e transgêneros. No dado mais preocupante, porém, a maioria dos novos contaminados possui entre 10 e 19 anos, o que indica não apenas um incentivo maior ao sexo casual sem proteção, mas também o possível uso de aplicativos de relacionamento para o funcionamento de esquemas de prostituição ou exploração sexual de crianças e adolescentes.

É um dado que vai na contramão das pesquisas realizadas há alguns anos pela ONU e que pode colocar em risco até mesmo o objetivo de acabar com a crise global da AIDS até 2020. De acordo com os dados oficiais da Unicef, existem cerca de 220 mil jovens entre 10 e 19 anos soropositivos na região da Ásia-Pacífico, mas os números das Nações Unidas indicam que esse total pode ser muito maior, com boa parte dos infectados vivendo fora do radar, muitas vezes desconhecendo o próprio estado e sem receber o tratamento adequado.

Por outro lado, para os usuários, os aplicativos provocaram uma revolução na vida sexual. Um dos entrevistados durante o estudo, por exemplo, é um adolescente homossexual com menos de 18 anos – ou seja, ele não tem acesso a bares e sofria bullying por sua escolha. Com a chegada dos softwares, ele foi capaz de encontrar mais parceiros de sua idade e disse já ter perdido as contas de quantos encontros casuais já teve.

De acordo com a ONU, o problema se torna ainda mais grave nos países que criminalizam as relações homossexuais, o que leva os jovens infectados a sofrerem preconceito e realizarem mais encontros ocultos. Da mesma forma, esses grupos não ficam sabendo quando estão infectados pela dificuldade no acesso a exames ou medo de sofrerem represálias, e mesmo que fiquem sabendo de seu estado, não procuram tratamento pelo mesmo motivo. Para a Unicef, essa situação já se torna um problema de saúde pública, mas que poucos líderes estão dispostos a abordar. Um porta-voz do Grindr afirmou, em nota, que a empresa toma cuidados para verificar a idade de seus membros e garantir que o aplicativo não seja usado para exploração infantil. O Tinder, porém, não falou sobre o caso.

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Brasil fará primeiro lançamento comercial ao espaço em 10 dias, informa FAB

A atividade servirá para confirmar se satélites e experimentos interagem corretamente com o veículo lançador

12/11/2025 22h00

Brasil fará primeiro lançamento comercial ao espaço em 10 dias, informa FAB

Brasil fará primeiro lançamento comercial ao espaço em 10 dias, informa FAB Divulgação/Warley de Andrade/TV Brasil

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O Brasil fará seu primeiro lançamento comercial de um veículo espacial a partir do território nacional no próximo dia 22. De acordo com a Força Aérea Brasileira (FAB), o evento marca a entrada do Brasil no mercado global de lançamentos espaciais, abrindo novos caminhos para geração de renda e investimento no segmento.

Trata-se da Operação Spaceward 2025, responsável pelo lançamento do foguete sul-coreano HANBIT-Nano a partir do Centro de Lançamento de Alcântara (CLA), no Maranhão (MA).

A atividade servirá para confirmar se satélites e experimentos interagem corretamente com o veículo lançador, garantindo compatibilidade e segurança para o lançamento A integração das cargas úteis no foguete HANBIT-Nano, da Innospace, teve início na segunda-feira, 10, marcando uma das etapas decisivas antes do lançamento, durante a operação.

"Nessa fase, são realizados testes e verificações que asseguram uma conexão correta entre a carga útil - satélites e experimentos - e o veículo lançador, confirmando que cada equipamento está estabilizado e funcional para o momento do voo", explicou a FAB.

A missão para transportar cinco satélites e três experimentos, desenvolvidos por universidades e empresas nacionais e internacionais, simboliza, conforme a Força Aérea, a "entrada definitiva" do Brasil no mercado global de lançamentos espaciais, além de abrir novas oportunidades de geração de renda, inovação e atração de investimentos para o País.

"Essa etapa da operação é uma atribuição conduzida diretamente pela Innospace e pelos desenvolvedores dos satélites e experimentos. A FAB acompanha todo o processo no Prédio de Preparação de Propulsores, infraestrutura especializada disponibilizada pelo Centro de Lançamento de Alcântara (CLA), o que reforça nosso compromisso em prover suporte técnico, coordenação e governança para que cada missão transcorra com integridade, transparência e alto padrão de confiabilidade", destacou em nota o coordenador-geral da operação, Coronel Engenheiro Rogério Moreira Cazo.

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Governo vai alterar prazo para adequação de big techs ao 'ECA digital'

As medidas entrariam em vigor um ano após a publicação da lei no Diário Oficial, mas prazo deverá ser reduzido para 180 dias

17/09/2025 22h00

Criança brincando com o celular

Criança brincando com o celular Foto: Reprodução/EPTV

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O governo federal vai editar uma Medida Provisória para reduzir o prazo para que as big techs coloquem em prática as normas fixadas pelo PL 2628, conhecido como ECA Digital. O projeto aprovado no Congresso estabelece regras para o uso de redes sociais por crianças e adolescentes. As medidas entrariam em vigor um ano após a publicação da lei no Diário Oficial. O governo, no entanto, considerou o prazo longo e decidiu reduzi-lo para 180 dias.

A MP está sendo liderada pela Secretaria de Comunicação da Presidência (Secom) e deve ser editada nos próximos dias. Nesta quarta-feira, 17, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva vai sancionar o projeto em uma cerimônia no Palácio do Planalto. Ao alterar o prazo, o governo levou em conta, segundo fontes do Palácio do Planalto, o fato de que a lei entraria em vigor somente próximo da eleição, o que poderia elevar tensões durante o período eleitoral. Há uma visão de que qualquer debate relacionado às big techs está "entranhado" nas eleições de 2026

A aprovação do projeto de lei foi cercada de discussões e gerou reação de parte da oposição, que considerou o novo regramento uma espécie de censura às redes. O governo pesou ainda a possibilidade de que a demora para aplicar o ECA Digital transformasse a nova lei em "letra morta".

A nova direção do Partido dos Trabalhadores (PT) decidiu retomar os planos de oferecer treinamento com as principais plataformas digitais para as suas lideranças. O objetivo é fortalecer a militância digital mirando as eleições de 2026 e a reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

O "ECA digital" foi aprovado no Congresso no mês passado após intenso debate sobre a exposição de crianças e adolescentes nas redes sociais. A comoção da opinião pública sobre o tema foi motivada por um vídeo do youtuber "Felca" a respeito do que classificou como "adultização" de crianças. Na publicação, Felca explicou de que forma o algoritmo direciona a pedófilos os conteúdos que expõem menores de idade.

O projeto aprovado estabelece que conteúdos que violem direitos da criança e do adolescente devem ser removidos imediatamente após a empresa ser comunicada pela vítima, por responsáveis ou por autoridades. Estão incluídos nessa regra conteúdos de assédio, exploração sexual, incentivo à automutilação e uso de drogas; entre outros. Além disso, o texto prevê a implementação de ferramentas de supervisão para os pais e determina que as empresas possam ser sancionadas e multadas caso descumpram medidas determinadas pela lei.

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