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Apple faz parceria com Visa e MasterCard em carteira no iPhone

Apple faz parceria com Visa e MasterCard em carteira no iPhone

Redação

01/09/2014 - 08h50
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A Apple Inc. pretende transformar o próximo iPhone em uma carteira móvel através de parcerias com as principais redes de pagamento, bancos e varejistas, de acordo com uma fonte do setor.

O acordo inclui a Visa Inc., a MasterCard Inc. e a American Express Co. e será divulgado no dia 9 de setembro junto com o próximo iPhone, disse a fonte, que solicitou anonimato porque as negociações são confidenciais.

O novo iPhone facilitará a realização de pagamentos móveis porque inclui, pela primeira vez, um chip NFC (comunicação por campo de proximidade), disse a fonte. Esse avanço e o Touch ID, um sensor de impressão digital que foi lançado no iPhone mais recente, permitirão que os consumidores paguem com segurança os artigos de uma loja com apenas o toque de um dedo.

Embora empresas como a Google Inc. tenham investido na criação de novas maneiras de utilizar os telefones para realizar pagamentos em lojas físicas, as varejistas dos EUA têm sido lentas para adotar a tecnologia, limitando assim o uso pelos compradores, de acordo com Ben Bajarin, analista da Creative Strategies LLC em San Jose, Califórnia. Isso poderia mudar quando a Apple entrar no mercado, porque o iPhone tem a maior participação de mercado nos EUA, disse ele.

Liderança da Apple

"Ame ou odeie, a Apple impulsiona muitas normas no setor", disse Bajarin em entrevista. "Ela movimenta esses mercados. Quando ela dá um passo, parece que o setor a segue".

Trudy Muller, porta-voz da Apple, não quis comentar, assim como Jim Issokson, porta-voz da MasterCard, e Mike O'Neill, porta-voz da American Express. Representantes da Visa não responderam imediatamente ao pedido de comentários.

Para a Apple, a iniciativa de criar uma carteira móvel visa manter os usuários dentro de seu ecossistema, gerando assim maior lealdade à sua marca e demanda por seus produtos, disse Bajarin.

"Trata-se de retenção, resolvendo e adicionando recursos que mantenham o envolvimento e a fidelidade da base e usuários", disse Bajarin.

A decisão da Apple também visa gerar mais receita a partir das cerca de 800 milhões de contas do iTunes em todo o mundo, que incluem informações de pagamento, que já foram criadas, disse Richard Crone, CEO da Crone Consulting LLC, que assessora varejistas e bancos sobre soluções móveis de pagamento.

Plataforma de marketing

Até o momento, as contas do iTunes foram utilizadas no mercado da Apple, que é pequeno em comparação com o amplo mercado varejista, disse Crone. Se a carteira móvel da Apple for lançada, ela poderia abrir novas possibilidades como uma plataforma de marketing, gerando renda com publicidade de marcas que querem chegar aos consumidores enquanto eles estão em uma loja. A firma de Crone estima que um aplicativo de carteira móvel usado com frequência poderia gerar anualmente cerca de US$ 300 por usuário com publicidade.

O sucesso da Apple dependerá em grande parte da aceitação do setor de varejo, que tem sido cauteloso em entregar dados obtidos em uma transação a um terceiro, disse Crone. Um grupo de redes, incluindo a Wal-Mart Stores Inc., formou uma companhia em 2012 para desenvolver um sistema de pagamento móvel que ainda não lançou nenhum produto.

"Há um enorme potencial e a Apple tem uma oportunidade que pode definir o mercado", disse Crone. No entanto, "em relação a pagamentos, há muitas peças em ação, que fazem com que os acordos que a Apple fechou com artistas e com Hollywood para o iTunes pareçam brincadeira de criança".

Inteligência artificial

Google anuncia IA para criar vídeos, resumir reuniões e melhorar emails

O lançamento de uma versão de testes acontecerá em junho

10/04/2024 16h00

Os usuários poderão escolher estilo, composição dos slides, cenas, imagens e músicas a partir de botões e comandos textuais dados ao chatbot Gemini. Divulgação

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O Google apresentou na terça-feira (9) um pacote de novidades de inteligência artificial para sua plataforma de trabalho que inclui Gmail, Docs, Meet e Sheets, após seguidos deslizes na competição pela liderança na tecnologia com a OpenAI e a Microsoft.

Entre os anúncios, chamou atenção uma ferramenta de IA geradora de slides em vídeo. Chamado de Google Vids, a nova ferramenta é, segundo o Google, um assistente de criação de vídeos equipado com inteligência artificial. A tecnologia cria uma espécie de sequência de cenas, ou um "storyboard", como é chamado na indústria criativa.

O lançamento de uma versão de testes acontecerá em junho. Assinantes do Workspace, disponível por US$ 10 (R$ 50) mensais, terão acesso à plataforma.

De acordo com a vice-presidente do Google Kristina Behr, a ideia é que qualquer pessoa seja capaz de contar bem uma história com o auxílio da ferramenta. "Nosso objetivo é que, se uma pessoa pode fazer um slide, pode fazer um Google Vids", disse a executiva em evento realizado pelo Google em Las Vegas para anúncio de novidades voltadas às empresas.

Os usuários poderão escolher estilo, composição dos slides, cenas, imagens e músicas a partir de botões e comandos textuais dados ao chatbot Gemini. Uma das apostas do Google para recuperar a competitividade no mercado de IA é a integração de seus serviços.

O Google teve um início desajeitado no mercado de IA generativa, embora seja o responsável pelos principais avanços técnicos por trás da tecnologia. Entrou na concorrência apenas após o sucesso do ChatGPT, e o primeiro produto da empresa —Bard— desapontou o público em termos de performance.

A segunda tentativa, o chatbot Gemini que chegou ao mercado em fevereiro, rivaliza em performance com a versão mais recente do ChatGPT, mas foi centro de uma polêmica que envolveu a representação de nazistas não-brancos, entre outras imprecisões históricas. Por isso, a plataforma teve sua função de geração de imagens desativada por dias.

Agora a empresa se apoia na sua grande base de assinantes para integrar o bot concorrente do ChatGPT a Gmail, Docs, Sheets e outros recursos. Os recursos se assemelham às funções de IA disponíveis no pacote Office e no Windows, da Microsoft.

Um exemplo dessas funcionalidades é um assistente feito com IA capaz de resumir conversas, fazer traduções e responder dúvidas durante uma sessão de Google Meet. O robô funciona a partir de comando de voz.

Também com expectativa de lançamento em junho, a tecnologia tem suporte para 69 idiomas incluindo o português, segundo o Google. A assinatura do serviço custará US$ 10 (R$ 50).
O assistente também funcionará no Google Chat, bate-papo presente no Gmail.

A plataforma de email também passará a receber comandos por voz e receberá um botão para "melhorar" textos com um clique. A tecnologia "transformará uma nota simples em um email completo".

Ainda com base em IA, as planilhas do Google ganharão uma funcionalidade para formatar e organizar dados de maneira intuitiva. O produto promete acelerar a produção de tabelas.
O Google também acrescentou gatilhos condicionais às planilhas, que avisarão o usuário em caso de mudanças relevantes nos dados.

No Google Docs, programa de edição de texto, a empresa implementará um sistema de abas, que promete facilitar acesso e trabalho em múltiplos documentos ao mesmo tempo.

Para o Google Drive, o gigante da tecnologia passou a oferecer na terça um recurso de classificação e proteção de arquivos com o auxílio de IA. A tecnologia pretende facilitar a gestão de arquivos de negócios, para facilitar a detecção de arquivos nocivos, como vírus.

Integrado aos aplicativos de produtividade, o chatbot do Google para empresas, chamado Vertex, terá 130 opções de personalização sob promessa de adequar e melhorar a performance da tecnologia às necessidades dos usuários.

Programadores ainda ganharam acesso na terça a uma versão mais sofisticada do chatbot Gemini, o modelo 1.5 Pro.

De acordo com o Google, essa versão trabalha melhor com imagens, áudios e linguagens de programação.
 

Justiça

Barroso dá recado a Musk e fala em instrumentalização criminosa das redes sociais

O presidente do Supremo diz que é público e notório que "travou-se recentemente no Brasil uma luta de vida e morte pelo Estado democrático de Direito"

08/04/2024 14h00

O presidente do STF, Luís Roberto Barroso, divulgou nota hoje em que afirma que "decisões judiciais podem ser objetos de recursos, mas jamais de descumprimento deliberado". divulgação

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Em meio ao embate entre o ministro Alexandre de Moraes e o empresário Elon Musk, dono da rede social X (antigo Twitter), o presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), Luís Roberto Barroso, divulgou nota nesta segunda (8) em que afirma que "decisões judiciais podem ser objetos de recursos, mas jamais de descumprimento deliberado".

Neste domingo (7), Moraes determinou a inclusão de Musk como investigado no inquérito que apura a existência de milícias digitais antidemocráticas e seu financiamento.

Moraes afirmou que o empresário iniciou uma campanha de desinformação sobre a atuação do STF e do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), "instigando a desobediência e obstrução à Justiça, inclusive, em relação a organizações criminosas".

Na nota assinada por Barroso, sem citar nominalmente Musk, o presidente do Supremo diz que é público e notório que "travou-se recentemente no Brasil uma luta de vida e morte pelo Estado democrático de Direito e contra um golpe de Estado, que está sob investigação nesta corte com observância do devido processo legal".

"O inconformismo contra a prevalência da democracia continua a se manifestar na instrumentalização criminosa das redes sociais", afirmou.

"O Supremo Tribunal Federal atuou e continuará a atuar na proteção das instituições, sendo certo que toda e qualquer empresa que opere no Brasil está sujeita à Constituição Federal, às leis e às decisões das autoridades brasileiras", disse Barroso.

Segundo ele, "é uma regra mundial do Estado de Direito e que faremos prevalecer no Brasil", que "decisões judiciais podem ser objeto de recursos, mas jamais de descumprimento deliberado".

No domingo, Musk disse em seu perfil no X que Moraes deveria renunciar ou sofrer impeachment. No mesmo texto, afirmou que em breve publicará tudo o que é exigido pelo ministro e "como essas solicitações violam a legislação brasileira".

Um dia antes, um perfil institucional do X havia postado que bloqueou "determinadas contas populares no Brasil" devido a decisões judiciais, e Musk retuitou mensagem em que disse que "estamos levantando todas as restrições" e que "princípios importam mais que o lucro".

Apesar de o post da empresa não citar de onde seriam as decisões, Musk repostou a publicação, junto da mensagem: "Por que você está fazendo isso @alexandre", marcando o ministro do STF.

Horas após a postagem do domingo, Moraes determinou a inclusão de Musk como investigado. Segundo o ministro, a medida se justifica pela "dolosa instrumentalização criminosa" da rede, em conexão com os fatos investigados nos inquéritos das fake news e dos atos antidemocráticos.

Moraes determinou ainda a instauração de um inquérito para apurar as condutas de Musk em relação aos crimes de obstrução à Justiça, inclusive em organização criminosa e incitação ao crime, todos previstos no Código Penal.
 

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