Cidades

ELE VOLTOU

Professor que acertou tema da redação
do Enem várias vezes dá dicas valiosas

Vanderlei Verdolin ressalta que preocupação deve ser com as técnicas

MARESSA MENDONÇA

30/10/2016 - 16h11
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A menos de uma semana para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) ainda dá tempo de estudar e se dar bem na temida redação. É o que afirma o professor Vanderlei Verdolin, do Redacionar Curso de Redação em Campo Grande.

Ele é conhecido pelo alto desempenho que seus alunos têm na prova e pelos palpites certeiros que faz sobre o tema da redação, nos últimos anos ele acertou cinco temas. 

O professor conversou com a reportagem do Portal Correio do Estado e sintetizou este resultado positivo em duas palavras: “pesquisa e esforço”. Quando se trata dos candidatos, a dedicação deve ser intensa até 48 horas antes do início do exame.

RETA FINAL

Nesses dias que antecedem a prova, Verdolin orienta os estudantes a revisarem as redações que fizeram na escola para verificar em qual área de conhecimento eles não foram bem, como temas ambientais ou socioeconômicos. “Tem que ‘bater’ naquilo que não é seu forte”, diz.

Outra dica é manter o ritmo de leitura até quinta-feira. “ Precisa manter o cérebro ativo entendendo que ele está compromissado com uma coisa que está vindo 48 horas depois”, complementa o professor. Ler jornais, revistas ou sites auxilia tanto na redação quanto nas questões de atualidades.

“Se o aluno fizer uma média de 10 minutos de leitura de cada matéria com intervalo de 10 minutos ele consegue memorizar muita coisa”.

NA HORA

Vanderlei afirma não existir regra em relação às questões que o candidato deve fazer primeiro, mas, no segundo dia de prova é bom começar pela produção de texto. “Todos os meus alunos que tiveram sucesso começaram pela redação”.

Segundo ele, os que optarem em começar pela redação devem evitar ficar lendo as outras questões. “A primeira ideia que é válida. Se você deixar a ideia lá para frente, ela começa a criar outras nuances. Pegou a prova, você vai planejar. Isso é o que a gente chama de arquitetura textual”.

O planejamento deve durar entre 10 e 12 minutos. Este tempo é suficiente para o estudante ler a frase tema e buscar o primeiro entendimento sobre o assunto; levantar suspeita sobre a proposta de redação; verificar os textos motivadores e conferir se eles estão de acordo com a suposição do candidato.

Se os textos motivadores corresponderem com a primeira hipótese levantada pelo estudante já é possível dar início a arquitetura do texto. A ideia é selecionar e planejar todos os argumentos para então fazer o rascunho. O último passo é passar o esboço a limpo e começar a resolver as outras questões.

PRINCIPAIS ERROS

Vanderlei alerta para os principais erros cometidos pelos alunos e que podem facilmente ser evitados com atenção e técnica.

O primeiro deles é não atender a expectativa do leitor. Isto acontece quando o candidato cita algo no texto, mas, não interpreta. Outro erro é deixar o texto fragmentado, não usando os conectivos entre os parágrafos e sentenças. “A gente deixa claro para o aluno que o texto é uma unidade. Ele é uma coisa só”.

OS ACERTOS

Em relação ao tamanho do texto, o professor recomenda introdução de, no máximo, 6 linhas. O espaço destinado ao desenvolvimento fica a cargo do aluno.

A solução para o problema solicitado na frase tema pode ser apresentada na conclusão do texto ou pulverizada entre os parágrafos, deixando os argumentos mais fortes para o final. “As possíveis soluções precisam ser executáveis, viáveis e de médio prazo”, detalha.

O título não é obrigatório, mas, vale ressaltar que, se o candidato optar por utilizá-lo e ele não corresponder ao restante do texto, a banca pode descontar ponto. O professor lembra que a função do texto dissertativo-argumentativo é “questionar, debater expor ideias e pontos de vistas”.

NOVOS PALPITES

Questionado sobre possíveis temas para a redação deste ano,  Vanderlei Verdolin respondeu que "este ano está muito difícil dar um palpite mais certeiro em decorrência das transformações políticas no país".

Mas ele arriscou alguns palpites como legado olímpico, Marco Civil da Internet, novos arranjos familiares, saúde do homem, cultura de estupro e mobilidade social de baixo impacto ambiental.

Verdolin ressalta que o tema não deve ser a principal preocupação, mas, a correta utilização das técnicas. O primordial, segundo ele,  é  “compreender o que está realmente escrito na frase tema. O começo do sucesso é esse. Esse é o começo da redação”, finaliza.

Memorando de Entendimento

MS será palco de 'teste agropecuário' com a Google

Agronegócio sul-mato-grossense tende a ser beneficiado com este acordo, sendo palco de testes para modelos que visem elevar os níveis de produtividade, além de apoiar decisões do produtor 

06/12/2025 13h30

A inteligência artificial no campo, segundo o Governo do Estado, pode otimizar toda a cadeia produtiva, aprimorando por exemplo, entre outros pontos, até mesmo a previsão climática. 

A inteligência artificial no campo, segundo o Governo do Estado, pode otimizar toda a cadeia produtiva, aprimorando por exemplo, entre outros pontos, até mesmo a previsão climática.  Reprodução//Secom-GovMS/Saul Schramm

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Através de um acordo de cooperação técnica assinado recentemente, Mato Grosso do Sul está prestes a se tornar palco de um "teste agropecuário" com o Google. 

O Memorando de Entendimento (MoU) assinado com a Google Brasil, conforme o Governo de MS em nota, prevê "cooperação em tecnologia, inteligência artificial e infraestrutura em nuvem, envolvendo áreas essenciais da administração pública". 

Distante aproximadamente uns 980 quilômetros da Capital, o governador de Mato Grosso do Sul viajou com sua equipe de secretários de Estado - Rodrigo Perez (Governo e Gestão Estratégica) e Jaime Verruck (Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação) -  até o "coração" da popular Faria Lima, para reunião com executivos da empresa na sede da Google. 

Durante assinatura, Riedel relembrou o foco do Executivo sul-mato-grossense na transformação digital, que ele diz ser fundamental para a "efetividade da gestão estratégica sair do papel e ser executada", alcançando finalmente a população. 

Entre todos os focos a serem abordados, o agronegócio sul-mato-grossense tende a ser beneficiado com este acordo, sendo palco de testes para modelos que visem elevar os níveis de produtividade, além de apoiar as decisões do produtor. 

A inteligência artificial no campo, segundo o Governo do Estado, pode otimizar toda a cadeia produtiva, aprimorando por exemplo, entre outros pontos, até mesmo a previsão climática. 

Em complemento Fábio Coelho, presidente do Google Brasil, apontou os índices de crescimento econômico e social sul-mato-grossense, que só tendem a melhorar com as ações de modernização e otimização de políticas públicas que passarão a contar com maior amparo tecnológico. 

"Mato Grosso do Sul já é uma potência no agronegócio e a tecnologia pode ser uma aliada para o crescimento do Estado. Queremos apoiar o Governo do Estado a levar o impacto positivo da tecnologia para a população", disse o executivo em nota. 

Demais áreas

Além do campo, as tecnologias do Google também devem ser aplicadas nas mais diversas áreas, possibilitando um melhor desempenho para alunos e até aumentando a eficiência administrativa das unidades escolares da Rede Estadual de Ensino (REE). 

As chamadas soluções de nuvem (para armazenamento de dados e sistemas online) e machine learning (aprendizado de máquina) permitiram um avanço na organização de dados, por parte da gestão pública, além de trazer mais transparência e economia dos recursos.

Toda essa nova base de dados permitirá, ainda, no futuro, que novas aplicações da Inteligência Artificial sejam integradas aos serviços essenciais à população, beneficiando áreas como saúde, segurança e finanças, como bem cita o Governo do Estado. 

Na visão do Executivo de MS, esse novo acordo é tido como um passo decisivo rumo a uma administração mais moderna, inteligente e conectada às necessidades da população. 
**(Com assessoria)

 

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SEM ACORDO

Dentistas negam proposta de Adriane Lopes e podem virar ano em greve

Categoria está em estado de greve desde o dia 15 de novembro, e acordo com o executivo municipal ainda está 'longe' de acontecer

06/12/2025 12h30

Proposta da Prefeitura foi abaixo do esperado pela classe, que recusou em Assembleia nesta sexta-feira (5)

Proposta da Prefeitura foi abaixo do esperado pela classe, que recusou em Assembleia nesta sexta-feira (5) Foto: Divulgação/Sioms

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Há cerca de 20 dias em estado de greve, os dentistas que trabalham na rede pública de Campo Grande negaram a proposta da Prefeitura e indicaram entrar em greve a partir do dia 17 de dezembro, seguindo assim por 30 dias caso não haja acordo com o executivo municipal.

Desde o dia 15 de novembro, o Sindicato dos Odontologistas de Mato Grosso do Sul (Sioms) e a Prefeitura Municipal de Campo Grande estão em sério debate sobre o descumprimento judicial referente ao reposicionamento do plano de cargos e carreiras, provisionado desde 2022.

Nesta última semana, o executivo enviou uma proposta à categoria, para tentar chegar a um acordo antes que uma paralisação ocorra.

Sobre o reposicionamento do Plano de Cargos, Carreiras e Remuneração (PCCR):

  • 30% dos reflexos financeiros no mês de maio de 2026;
  • 35% no mês de maio de 2027;
  • 35% no mês de fevereiro de 2028;

Já sobre o auxílio alimentação:

  • 50% dos reflexos financeiros no mês de outubro de 2027;
  • 50% no mês de março de 2028;

Sobre o índice inflacionário, a Prefeitura pontuou “estar impossibilitada por questões legais”.

Porém, a proposta foi negada pela categoria. Na assembleia desta sexta-feira (5), além de votar sobre o acordo ou não com o executivo, os dentistas também indicaram data para a greve, iniciando-se no dia 17 de dezembro e durando cerca de 30 dias, ou seja, até dia 17 de janeiro. Todavia, a data é passível de alteração e até anulação caso as partes entrem em acordo.

“Haverá um cuidado, que foi discutido nesta Assembleia, para não haver prejuízos à população, tanto que 100% dos atendimentos em plantões, sejam ambulatoriais ou emergenciais, vão continuar em funcionamento. Então, a população que tiver alguma situação de dor ou de procura do cirurgião-dentista da unidade de saúde, de emergência, terá seu atendimento garantido”, explica o presidente do Sioms David Chadid.

Novela

A categoria afirma que o movimento é consequência do descumprimento, por parte da gestão municipal, do prazo judicial para efetivar o reposicionamento salarial determinado pela Justiça, decisão já confirmada pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ). Desde maio deste ano, a categoria busca reaver ajustes salariais que ficam entre 15% e 68%.

O descumprimento da liminar que garante a progressão vertical da carreira foi considerado o estopim para a organização da assembleia, uma vez que, segundo o sindicato, os profissionais estão há três anos sem atualização salarial e a não regulamentação do auxílio-alimentação.

Entre os pedidos, os sindicalistas querem a implementação a partir de abril de 2026 de auxílio alimentação de R$ 800, além de reposição de 15% sobre os pagamentos de plantões a partir de setembro do próximo ano - sendo os dois últimos pedidos escalonados em duas parcelas. 

Além de reposições salariais, a categoria também está pedindo melhores condições de trabalho. Em uma assembleia recente, cerca de 100 dentistas relataram condições precárias de trabalho nas unidades municipais de saúde, incluindo compressores quebrados, falta de insumos básicos, como luvas e rolinhos de algodão, além da pressão crescente sobre os profissionais, fatores que, segundo o sindicato, impactam diretamente a qualidade do atendimento à população.

*Colaborou Alison Silva

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