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Outono inicia pico de infecções de vírus respiratório em bebês prematuros

Em crianças mais velhas e adultos, os sintomas são de uma gripe comum, mas contaminação pode ser fatal

BÁRBARA CAVALCANTI

26/03/2017 - 12h00
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Mamães de bebês prematuros devem ficar atentas à imunização dos nascidos com menos de 29 semanas contra o Vírus Sincicial Respiratório (VSR). O período de pico de infecções na região Centro-Oeste é a partir de março, quando começa a estação do outono, seguida pelo inverno, mesmo que o vírus não esteja associado ao frio. A contaminação atinge principalmente crianças nascidas prematuramente e tem sintomas similares aos da Influenza. A vacina é exclusiva para estes bebês e é disponibilizada gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS). 

O vírus tem caráter sazonal, ou seja, período específico do ano em que as infecções acontecem com maior frequência. Conforme a Sociedade Brasileira de Imunização, este vírus é a causa mais frequente de infecções respiratórias do trato inferior de bebês prematuros, nascidos com ou abaixo de 29 semanas. Por isso, a imunização está prevista no calendário e disponível gratuitamente para estas crianças pelo SUS. Além dos prematuros, bebês com displasia broncopulmonar e cardiopatias congênitas, até os dois anos de idade, também têm direito à vacina gratuita.

VSR

O vírus pode causar infecções respiratórias graves, hospitalizações recorrentes, e até necessidade de ventilação mecânica em alguns casos. Crianças acima de dois anos e adultos saudáveis sentem sintomas semelhantes aos de um simples resfriado.

Nos prematuro, o vírus se manifesta como bronquiolite e pneumonia. A longo prazo, a criança pode até mesmo sofrer com sequelas como o chiado recorrente no peito, que pode perdurar até os 13 anos de idade. Conforme a Sociedade Brasileira de Imunização, ainda não existe tratamento específico para a infecção por VSR e, por isso, a prevenção contra o contágio é o principal cuidado.

Conforme o presidente do Departamento de Imunizações da Sociedade Brasileira de Pediatria, doutor Renato Kfouri, os bebês prematuros são por natureza mais frágeis e qualquer contaminação é problemática para eles. "No caso do vírus, as complicações se agravam por eles serem menores em tamanho, o que diminui a extensão das vias respiratórias. Além disso, os principais anticorpos de uma criança recém-nascida, são transferidos da mãe para bebê no final da gestação, o que no caso dos nascidos prematuramente não acontece", explicou. "A imunização é prevista por meio de prescrição médica, que já acontece no hospital quando o bebê nasce com menos de 29 semanas de gestação".

Em Campo Grande, 87 crianças receberam a imunização no mês passado, entre elas não apenas prematuros, como crianças com doenças pulmonar obstrutiva crônica e cardiopatas até dois anos de idade. Conforme a Secretaria Municipal de Saúde, a medicação, chamada Palivizumabe, é fornecida pelo Ministério da Saúde aos estados e distribuída aos municípios. "A medicação tem validade de 30 dias após a aplicação no organismo e as doses são aplicadas durante todos os meses de circulação do vírus, que compreende fevereiro a julho", foi divulgado por meio de nota da assessoria de imprensa. Como é receitada pelo médico que acompanha o caso, a aplicação necessita de receita, do laudo que diagnostica a criança com a doença, certidão de nascimento, cartão do SUS e os documentos pessoais da mãe ou do responsável.

Centro de Especialidades Infantis (CEI) fica na Avenida Manoel da Costa Lima (Foto: Bruno Henrique / Correio do Estado)

As aplicações são realizadas no Centro de Especialidades Infantis (CEI), localizado na Avenida Manoel da Costa Lima, 3272. O horário de atendimento é às terças-feiras, a partir das 7h, com entrega de senha e ordem de chegada.

CUIDADOS

Além da imunização, é necessário adotar medidas preventivas para não contaminar os bebês, como lavar as mãos frequentemente e sempre antes de tocar na criança. A importância disto é porque que o vírus permanece vivo nas mãos por mais de uma hora. Mães e pais devem também evitar aglomerações ao redor de seus filhos prematuros e higienizar sempre os objetos do bebê. O vírus também consegue sobreviver por mais de 24 horas em superfícies não porosas, como mesas e outros móveis com superfície lisa. Outras medidas protetivas também são evitar o contato do recém-nascido com crianças mais velhas e adultos com sintomas de resfriados ou gripes, fumantes e ambientes poluídos.

PREMATURIDADE

Dados da Organização Mundial de Saúde (OMS) indicam que atualmente, o Brasil está entre os dez países com o maior número de nascimento de prematuros, com aproximadamente 340 mil casos ao ano. Conforme o doutor Renato, as principais causas da prematuridade estão relacionadas a gestações múltiplas e a falta de cuidados pré-natal. ​

Clique aqui para visualizar o calendário de vacinação

Encontro Internacional

Conservação no Pantanal vira pauta mundial durante encontro de exploradores em Nova Iorque

Presidente do IHP, Ângelo Rabelo, foi indicado junto com outros brasileiros para tratar temas nacionais nos Estados Unidos

23/04/2024 18h25

A entidade existe há 120 anos e reúne mais de 3,6 mil pessoas de referência global que desempenharam ou realizam ações para transformar positivamente o mundo Divulgação IHP

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O grupo The Explorers Club, que reúne autoridades e pessoas com reconhecimento global que desempenham medidas que envolvem promoção da ciência e da conservação, discutiu em um de seus encontros a situação do Pantanal. O presidente do IHP, sediado em Corumbá (MS), Ângelo Rabelo, participou das reuniões realizadas em Nova Iorque, durante o encontro anual do clube. Ele apontou que é preciso haver atenção mundial com relação à conservação do Pantanal e da riqueza cultural do território.

A entidade existe há 120 anos e reúne mais de 3,6 mil pessoas de referência global que desempenharam ou realizam ações para transformar positivamente o mundo. Os encontros ocorreram entre sexta-feira (19) e domingo (21). Foram realizados diversos encontros e reuniões entre os participantes do clube, bem como ocorreram discussões sobre temas globais a serem trabalhados para promoção da conservação do Planeta.

 

Ângelo Rabelo, que atua em ações de conservação no Pantanal há cerca de 40 anos, pontuou que há diferentes esforços em andamento para prevenir incêndios florestais e promover desenvolvimento sustentável. Na semana passada, os governos de Mato Grosso do Sul e Mato Grosso, junto com o governo federal, assinaram termo de cooperação visando a união de esforços na defesa, proteção e desenvolvimento sustentável do Pantanal. Além disso, um fundo foi criado para financiar ações que ajudam a proteger o bioma, porém até hoje somente o governo de MS fez aporte de recursos (R$ 40 milhões) e o setor pública busca outras linhas de subsídio para essas ações. A promoção do Pantanal para o exterior pode contribuir nesse propósito, como já ocorre com a Amazônia, por exemplo.

“A maior área úmida do mundo, o Pantanal, está no mapa sobre as grandes explorações e os relatos que indicam locais que são desafiadores no Planeta. Por esse caminho cheio de desafios temos, primeiro, os povos originários que ainda habitam o território, como é o caso dos Guatós. Depois vieram as pantaneiras e os pantaneiros, que também seguem no Pantanal sabendo lidar com a ocupação e a conservação. Depois, temos os registros de outros esforços de pessoas que também se dedicam pela conservação desse Patrimônio Natural da Humanidade”, comentou Rabelo.

O bioma Pantanal é considerado uma das maiores extensões úmidas contínuas do Planeta e apesar de ser o menor em extensão territorial no Brasil, abriga 263 espécies de peixes, 41 espécies de anfíbios, 113 espécies de répteis, 463 espécies de aves e 132 espécies de mamíferos, conforme dados do Ministério do Meio Ambiente. Além disso, o Programa de Monitoramento dos Biomas Brasileiros por Satélite – PMDBBS, realizado com imagens de satélite de 2009, mostrou que o Pantanal mantêm 83,07% de sua cobertura vegetal nativa. Mais de 90% do bioma está em propriedades privadas, enquanto 4,6% estão classificadas como unidades de conservação, dos quais 2,9% correspondem a UCs de proteção integral e 1,7% a UCs de uso sustentável.

A participação de Rabelo na reunião do The Explorers Club ocorreu porque ele foi nomeado, neste ano, como uma das 50 pessoas a fazer a diferença no Planeta. A escolha foi feita por integrantes do The Explorers Club e o presidente do IHP entrou na lista do EC50 2024. Concorreu com mais de 200 pessoas indicadas. Seus apoiadores na nomeação foram Dereck Joubert e Beverly Joubert, exploradores que atuam diretamente pela conservação da vida selvagem e desenvolvimento sustentável em países africanos. O casal convidou, neste mês, o governador Eduardo Riedel (PSDB) para conhecer iniciativas que são realizadas no continente africano.

Além do presidente do IHP, os brasileiros nomeados nesse grupo chamado EC50 deste ano foram a geóloga Fernanda Avelar Santos, o ictiologista Luiz Rocha, o designer naturalista Lvcas Fiat e o paraquedista profissional Luigi Cani. Além dos brasileiros recém-nomeados, personalidades mundiais fazem parte do Clube, como a ex-astronauta e géologa Kathryn Sullivan, veterana de três missões a bordo de ônibus espacial; o geneticista e biólogo nuclear James Dewey Watson, um dos autores do modelo de dupla hélice para estrutura da mólecula de DNA; bem como o explorador que fez parte do primeiro voo solar ao redor do mundo, concluído em 2016, André Borschberg; e Dominique Gonçalves, criadora do Programa de Ecologia de Elefantes no Parque Nacional da Gorongosa, em Moçambique, entre outras pessoas.

Também em Nova Iorque, a diretora-executiva do Instituto Moinho Cultural Sul-Americano, localizado em Corumbá (MS), Márcia Rolon, participou dos eventos abertos do The Explorers Club para divulgar o trabalho de diminuir a vulnerabilidade social de crianças e adolescentes da região de fronteira do Brasil por meio da arte.

 

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Cotidiano

Com 300 doses disponíveis, vacinação contra dengue deve acabar nesta semana

Aproximadamente 130 doses estão sendo aplicadas por dia; segundo a expectativa da pasta é que a vacinação se encerre até o final desta semana.

23/04/2024 18h15

Gerson Oliveira/

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As vacinas contra a dengue com prazo de validade até 30 de abril e que estão disponíveis pela Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) devem ser aplicadas até o final desta semana. A expectativa da pasta é que nenhuma dose deve ser descartada em Campo Grande. 

De acordo com a secretária, cerca de 130 doses estão sendo aplicadas por dia nos postos de saúde da cidade. Por causa disso, a expectativa é que todas as doses que estão perto do vencimento sejam aplicadas até sexta-feira (26).

A baixa procura do imunizante em Mato Grosso do Sul levou o Ministério da Saúde a informar aos municípios para ampliar a idade de vacinação. Segundo a pasta, pediu para todas as cidades priorizar a faixa etária entre 6 e 16 anos, mas com imunização ampliada para pessoas entre 4 e 59 anos. 

A medida foi tomada para reduzir a perda de doses que estão perto do vencimento, cabendo a cada município definir a estratégia de aplicação.  As doses que estão sendo utilizadas vencem no dia 30 de abril. 
 
Segundo a Sesau, em Campo Grande tem cerca de 300 doses estão espalhadas pelos postos de saúde da Capital. 

 

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