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CULTURA 'K-POP'

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Música pop coreana vira febre e fãs de MS aderem campanha para show no Brasil

Campanha precisa de 4 mil pessoas inscritas para a confirmação do evento

MARIANE CHIANEZI

15/10/2016 - 11h00
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Quando se fala em música coreana, o fenômeno mundial “Gangnam Style”, do rapper Psy, é um dos primeiros a ser lembrado, mas você já ouviu falar em k-pop? Diferente daquelas músicas orientais tradicionais milenares, o “Korean Pop” surgiu nos anos 90, e hoje se tornou febre entre os jovens de todo mundo.

O estilo musical consiste basicamente em clipes repletos de coreografias e artistas super produzidos. Aqui no Brasil, fanpages de ‘girl bands’ e ‘boy bands’ do gênero dominam as redes sociais e o resultado disso só poderia ser fãs dedicados e dispostos a conseguir trazer os ídolos para apresentações em terras brasileiras.

Em Campo Grande, a estudante de jornalismo Isadora Leiria, de 22 anos, é fã de k-pop desde 2009, coleciona álbuns e, atualmente, se uniu a um fã clube da banda coreana SHINee para divulgar e conseguir trazer um show do grupo ao país.

“Essa mobilização dos fãs começou em 30 de setembro no site internacional MyMusicTaste por uma fã base da banda aqui no Brasil. Precisamos que 4 mil pessoas participem da pesquisa e assim, o show é finalmente confirmado”, disse ao Portal Correio do Estado.

Atualmente, a pesquisa na plataforma conta com mais de 700 pessoas inscritas na campanha para uma possível apresentação da banda SHINee no Brasil.

Em sua página na web, My Little Diamonds, Isadora publicou detalhadamente as instruções de como se inscrever. “Como tenho um site sobre k-pop, não vi problema em divulgar, afinal, também tenho interesse”, relatou.

Principal intenção da mobilização, além de trazer o evento ao Brasil, é chamar a atenção das produtoras das bandas, para que percebam que os brasileiros são um nicho adorador do k-pop.

A estudante ainda faz um pedido para quem gosta de música e sabe o quão importante é para um fã estar em um show do ídolo. “Mesmo quem não seja um k-popper, peço que ajude na campanha. Pode não fazer sentido para quem não é fã, mas para nós é um sonho. De verdade, tire uns minutinhos para fazer o cadastro no site”, pediu a jovem.

Na página das inscrições, fãs peruanos, mexicanos e chilenos também estão tentando ajudar os fãs brasileiros na “empreitada”.

DESDE 2009

Admiração pelo estilo musical começou nos tempos de escola, quando uma colega de classe ouvia rock japonês e apresentou à Isadora. “Comecei a ouvir a música japonesa e certo dia, outra amiga me mostrou pelo Orkut uma música da também banda de K-Pop, Super Junior. Eu me apaixonei”, afirmou a jovem.

Estudante coleciona posteres e álbuns das bandas / Foto: Gerson Oliveira

 ​Desde então, amor pelo estilo musical e vontade de acompanhar os grupos só tem aumentado. Em 2013, Isadora foi à um show do Super Junior em São Paulo na companhia do pai, que também adorou, disse a estudante.

Na Capital, gênero musical começou a ganhar gosto a partir de 2011, quando pequenos grupos ‘k-poppers’ se reuniam e frequentavam eventos de cultura nerd. “Eu acompanhei o crescimento da cultura aqui em Campo Grande e posso dizer que repercutiu mesmo foi em 2015. Eu sempre vou em eventos como o Parada Nerd e Anime Revolution, que são mais voltados à cultura japonesa, mas sempre há salas especializadas em k-pop”, disse.

CARA PAIXÃO

Admirada com os clipes, que parecem filmes e pelas danças sincronizadas, Isadora relata que, por conta da paixão pelo k-pop, já desembolsou cerca de R$ 3 mil com álbuns, posteres e acessórios. “Somente com CD’s do SHINee, já gastei R$ 1 mil. Os álbuns são importados e são lindos visualmente. Vale muito a pena”, relatou a estudante.

Com quase 1kg e com mais de 90 páginas repletas de fotografias, o álbum da boy band SHINee é o preferido de Isadora. “Eles (os álbuns) não são aqueles CD’s 'simplezinhos' de acrílico que estamos acostumados aqui, são muito mais produzidos”, concluiu Isadora.

Vem conhecer o estilo musical dos meninos da banda SHINee:

Na galeria, você pode conhecer outras bandas de k-pop que tem feito sucesso pelo mundo:

MATO GROSSO DO SUL

Polícia Civil troca de delegado-geral após exoneração de Roberto Gurgel

Passado pouco mais de dois anos, Gurgel foi quem pediu para deixar a cadeira e Lupersio Degerone Lucio assume o cargo de comando

16/04/2024 09h42

Gurgel (à esquerda) e o novo Delegado-Geral da Polícia Civil de Mato Grosso do Sul, Lupersio Lucio (à direita) Gerson Oliveira/Correio do Estado e Reprodução

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No cargo desde 21 de fevereiro de 2022, Roberto Gurgel de Oliveira filho pediu exoneração da função de Delegado-Geral da Polícia Civil de Mato Grosso do Sul, com nomeação de Lupersio Degerone Lucio para a vaga. 

Publicada na manhã desta terça-feira (16) no Diário Oficial do Estado, a decisão - assinada na data de ontem (15) - já tem efeito prático para a saída de Gurgel do cargo, pouco mais de dois anos em exercício da função.

Vale lembrar que Gurgel assumiu como delegado-geral após pedido de afastamento de Adriano Garcia Geraldo, que à época participou de um incidente onde perseguiu e atirou contra os pneus de uma esteticista de 24 anos, em plena Avenida mato Grosso, em Campo Grande. 

Em nota, o Governo do Estado informou que o agora ex-delegado-geral de Polícia Civil, assumirá como secretário-adjunto da Secretaria de Estado de Administração e Desburocratização (SAD). 

Manejando o ocupante atual, Daynler Martins Leonel, para um "novo desafio, de caráter técnico e estratégico", que se mantém na gestão estadual, é descrito que Gurgel assume o cargo pela "expertise e know how na gestão da Polícia Civil".

Delegado Lupersio

Entre os casos de destaque que passaram pelas mãos de Lupersio, vale lembrar a situação em que dois médicos "trocaram socos" durante um parto, em que a gestante que presenciou a cena deu à luz m bebê morto. 

Esse caso aconteceu em 22 de fevereiro de 2010, quando às 23h no Hospital Municipal de Ivinhema os médicos, Orozimbo Ruela Oliveira Neto e Sinomar Ricardo, brigaram durante o trabalho de parto da filha de Gislaine de Matos Rodrigues. 

O atestado de óbito constatou que o bebê morreu por "sofrimento fetal agudo e anoxia (falta de oxigênio)" e, à época, o delegado Lupersio Degerone foi quem instaurou inquérito. 

Através do laudo, ele evidenciou que a briga entre os médicos foi o principal motivo para o bebê ter morrido. “Agora temos a confirmação de que os profissionais tiveram responsabilidade pelo óbito. A briga atrasou o parto e foi por estar querendo nascer e não conseguir que o bebê morreu”, detalhou. 

Além disso, já no ano passado, enquanto diretor de Polícia do Interior, Lupersio compunha a mesa de autoridades durante reunião da Frente Parlamentar para tratar dos conflitos agrários em Dourados.

Foi nessa ocasião em que o secretário estadual de Justiça e Segurança Pública, Antônio Carlos Videira, fez declarações firmes, alegando: “Policial meu não vai morrer na faca com fuzil na mão”
**(Matéria editada às 11h53 para acréscimo de informação)

 

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TRANSPORTE PÚBLICO

"Se fala que estão engraxando alguém", diz Puccinelli sobre Consórcio Guaicurus

Pré-candidato a prefeito, ex-governador afirmou que, em sua época, havia fiscalização e insinuou que agora isso não acontece

16/04/2024 09h30

Atualmente, tarifa pública do transporte coletivo é de R$ 4,75, valor que foi reajustado em março Foto: Gerson Oliveira / Correio do Estado

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Em rodada de entrevistas com os pré-candidatos a prefeito de Campo Grande, feita pelo Correio do Estado e CBN, André Puccinelli (MDB) afirmou que quando esteve à frente do Executivo municipal havia fiscalização sobre o transporte coletivo e que, segundo ele, atualmente não é o que parece acontecer.

Ele ainda insinuou que pode haver algum tipo de vantagem financeira, devido a essa possível inércia nas cobranças.

“Naquele tempo funcionava bem, porque tinha uma fiscalização e um cara que multava as empresas, que era o tal do André Puccinelli, [agora] não tem fiscalização e ainda fizeram associação com as empresas, elas estão dando grana para alguém, que não sei quem, ou não estão dando.

É o que se fala na boca do povo, que estão engraxando alguém, não sei se é verdade, mas no meu tempo não tinha. No meu tempo tinha fiscalização”, alegou o ex-governador de Mato Grosso do Sul ao ser perguntado sobre o transporte coletivo.

Desde 2012, o Consórcio Guaicurus é o responsável pelo transporte coletivo em Campo Grande. O grupo é formado pelas mesmas empresas que já operavam o serviço na Capital.

Eles venceram processo licitatório e acordaram um contrato de duração de 20 anos, com possibilidade de ser estendido por mais 10 anos. O acordo foi fechado entre as empresas e o prefeito da época, Nelsinho Trad (PSD).

Por ser um contrato de serviço público como uma empresa privada, a fiscalização sobre o cumprimento do contrato fica a cargo da Agência Municipal de Regulação dos Serviços Públicos (Agereg).

A última vez que a Agência ameaçou multar a concessionária do transporte público foi em junho do ano passado, devido ao descumprimento da idade média dos ônibus do transporte público.

“Determino que o Consórcio Guaicurus faça a adequação da idade média da frota conforme previsão do Capítulo 4 – Especificações da Frota, Caderno temático B, Anexo III do Edital de Concorrência nº 082/2012, sob pena de reincidir nas irregularidades e culminar novamente nas penalidades da Cláusula Décima Quarta do Contrato de Concessão”, dizia trecho da decisão da Agereg, publicada em Diário Oficial.

Entretanto, quando a “ameça” foi publicada, a concessionária já havia informado a prefeitura que estava em processo de compra de 71 novos carros. Isso porque, apenas 20 dias depois os carros já estavam em Campo Grande, tempo muito menor que o exigido para a compra de novos carros, processo que geralmente leva mais de um mês.

Apesar de ter adquirido esses carros, a Agereg identificou que existiam 182 veículos que faziam parte da frota e que no ano passado completariam 10 anos ou mais de uso, o que, de acordo com o contrato de concessão, é proibido, já que a troca deve ocorrer quando o veículo completa uma década de utilização.

Portanto, para cumprir o contrato, a concessionária deveria adquirir mais 111 veículos, o que até hoje não foi feito.

Sobre as falas do ex-governador e ex-prefeito, a reportagem procurou a assessoria do Consórcio Guaicurus, mas não obteve retorno até o fechamento desta edição.

BRIGA NA JUSTIÇA

Desde que assumiu o serviço, o Consórcio Guaicurus já buscou a justiça diversas vezes por vários motivos, entretanto, desde 2019, essas lutas judiciais tem se intensificado. O contrário, porém, não acontece com frequência, apesar de a concessionária também descumprir alguns pontos do contrato de concessão.

A briga atual entre empresas e poder público na justiça é em relação a uma cláusula do contrato de concessão que determina a realização de um equilíbrio econômico-financeiro do acordo a cada sete ano.

O primeiro deveria ter sido realizado em 2019, alega o Consórcio Guaicurus, mas não foi feito. Por este motivo, desde o ano passado o grupo tenta consegui-lo por meio da Justiça.

Para isso, eles usam um estudo feito pela Agereg em 2022, endereçado ao Tribunal de Contas do Estado de Mato Grosso do Sul (TCE-MS), onde aponta que a tarifa técnica deveria ser de R$ 7,79.

Em entrevista neste ano, a concessionária já afirmou que busca o aumenta da tarifa técnica e que o valor da passagem pública não seria o principal objetivo.

A tarifa técnica, que hoje é de R$ 5,95, é utilizada apenas para basear o valor do subsídio ao transporte coletivo, pago pela Prefeitura de Campo Grande, governo do Estado e governo federal. Os poderes financiam as passagens gratuitas dos estudantes da rede pública, dos idosos e das pessoas com deficiência (PCD)

Sobre o aumento, a prefeitura, usa o laudo de uma perícia judicial realizada nas contas da concessionária, onde apontou que o grupo teria tido ganhos acima do previsto no período, por este motivo a Agereg alega que não há necessidade do equilíbrio.

O Consórcio Guaicurus, porém, conseguiu na justiça invalidar esta perícia e uma nova análise nas contas do grupo será feita.

SAIBA - TARIFA ZERO

Na mesma entrevista, o ex-prefeito de Campo Grande e ex-governador do Estado, André Puccinelli, ainda afirmou não ser possível a implantação de uma tarifa zero no transporte público de Campo Grande. Segundo ele, apenas municípios que recebem royalties do petróleo são capazes desta medida.

“Tarifa zero é uma utopia, só cidades que tem os royalties do petróleo, como tem Maricá, por exemplo, que tem grana suficiente. Então o candidato que disser que vai implantar a tarifa zero é um 171, não tem como instalar aqui em Campo Grande”, frisou

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