Os vereadores de Campo Grande Waldecy Chocolate (PP) e Eduardo Romero (PT do B) saíram da base aliada do prefeito Gilmar Olarte (PP) e se declararam independentes por não concordarem com a forma como a prefeitura está administrando a crise e considerar incoerente cobrar explicações do prefeito na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) enquanto permanecem como aliados.
Chocolate disse ao Portal Correio do Estado que está sendo cobrado nas ruas a respeito da receita do município e de reajustes salariais e que, assim como a população, quer saber o que está acontecendo com o dinheiro. “Eu saí e assinei [o requerimento da CPI] porque vai ser uma investigação e para dar a oportunidade do prefeito se explicar sobre essa questão da falta de dinheiro”, disse.
Já Romero disse ao Portal Correio do Estado que se declarou independente depois de encaminhar vários requerimentos e pedidos de informações sobre a crise, sem ter retorno da administração municipal. O vereador afirma que não concorda com a forma como os serviços essenciais estão sendo penalizados enquanto os comissionados não estão sofrendo penalizações. “A CPI é justamente para entender as contas da prefeitura, quero saber se existe a crise e qual o planejamento da prefeitura para resolver a situação, e me declarei independente para cobrar essas explicações, mas não quer dizer que vou adotar a rebeldia”, disse.
Ambos os parlamentares afirmaram que apesar de saírem da base aliada não estão contra a administração municipal ou contra o prefeito Gilmar Olarte, apenas querem esclarecimentos sobre a questão referente a crise.
O vereador Carlos Augusto Borges, o Carlão (PSB), buscará definição do partido para se posicionar. Ele não assinou o requerimento de abertura da CPI.
CPI
O pedido de CPI para investiga as contas da Prefeitura de Campo Grande foi apresentado na sessão desta terça-fera (5) da Câmara Municipal. Houve a conquista de dez assinaturas para a proposta, que partiu da oposição ao prefeito Gilmar Olarte.
O pedido para análise foi encaminhado para análise da Mesa Diretora, que terá 48 horas para definir a instalação ou não do procedimento.
Assinam o documento Paulo Pedra (PDT), Chiquinho Telles (PSD), Luiza Ribeiro (PPS), Marcos Alex (PT), Eduardo Romero (PTdoB), Thaís Helena (PT), Ayrton Araújo (PT), Waldecy Chocolate (PP), José Chadid (sem partido), Derly dos Reis, o Cazuza (PP).