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TRE/MS proíbe "selfie" nas seções e anuncia que cavaletes estão com os dias contados

Presos no domingo serão encaminhados diretamente às delegacias e não para ginásio

TARYNE ZOTTINO E LUCIA MOREL

02/10/2014 - 12h00
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O Tribunal Regional Eleitoral (TRE/MS) divulgou nesta quinta-feira (2) informações sobre as eleições do próximo domingo em Mato Grosso do Sul. Algumas das principais novidades para este ano são: o fim do encaminhamento dos presos para o Ginásio Dom Bosco e a repressão ao uso de celulares nas seções eleitorais para evitar as famosas “selfies” (auto-retratos).

Prisões

De acordo com o corregedor do TRE/MS, desembargador João Maria Lós, o ginásio Dom Bosco foi requisitado nas eleições de 2010, mas apenas três pessoas foram detidas. Por isso, optou-se por mudar o procedimento. Agora, os presos serão conduzidos diretamente às Delegacias de Pronto Atendimento Comunitário (Depacs) ou à Polícia Federal.

Polícia Militar, Polícia Civil e PF colocarão todo o efetivo nas ruas para reprimir crimes eleitorais. Além disso, a Força Nacional atuará na região de fronteira, com apoio do Departamento de Operações de Fronteira (DOF).

Nada de “selfies”

Ainda segundo o desembargador, está proibido o uso de celulares, filmadoras e câmeras fotográficas no local de votação. Ele comentou sobre a possibilidade das fotos serem usadas como comprovação, no caso da compra de votos. “Quem está com intenção de fazer um 'selfie' na seção eleitoral, isso será proibido. Não é permitido, exatamente porque a lei estabelece esse mecanismo de proibição, para não haver essa venda de votos que tanto se fala", explicou. A orientação é que, se o eleitor pegar o celular, o mesário interromperá a votação e o aparelho será recolhido.

Cavaletes com dias contados

Conforme João Maria Lós, a maior parte das denúncias têm sido com relação aos cavaletes, que  “invadiram” calçadas e canteiros na Capital e no interior do Estado. A população reclama que a propaganda eleitoral atrapalha a circulação de pessoas e o trânsito de veículos. Os instrumentos de campanha estão com os dias contados. “Essa é a última eleição que vai ter. Na próxima eleição, estará proibido”, declarou o desembargador.

Até agora, 318 denúncias de irregularidades foram computadas no sistema do TRE/MS. “A maioria é com relação à propaganda eleitoral”, frisou o magistrado. João Maria informou que o eleitor não precisa se identificar apenas se tiver um documento comprovando o fato denunciado. Caso contrário, é necessário colocar os dados no Web Denúncia, inclusive os do título de eleitor. A medida é para evitar trotes.

Votos brancos

O corregedor ainda esclareceu um dos rumores que surgiram na web durante a campanha. “Houve um boato na internet de que os votos brancos são destinados ao candidato mais votado. Isso não é verdade. O voto branco e o voto nulo têm a mesma finalidade. Não participam do processo eleitoral. O processo eleitoral se define pelos votos válidos”, afirmou.

Lei Seca

João Maria Lós ressaltou ainda a proibição da venda e consumo de bebida alcoólica das 3h até 17h de domingo, em bares, restaurantes, conveniências, lanchonetes e outros locais abertos ao público, visando impedir aglomeração de pessoas e tumulto. “É permitida a venda em supermercados desde que a pessoa leve a sua bebida para beber em casa”, detalhou.  

GUERRA IMINENTE

Assembleia Legislativa de MS manifesta temor por conflito entre Israel e Irã

Deputado Gerson Claro afirmou que a iminente guerra pode causar crise com efeitos no Brasil e em MS

16/04/2024 12h00

Presidente da Assembleia Legislativa se manifestou em nome da Casa Foto: Luciana Nassar

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O ataque do Irã a Israel ocorrido no último fim de semana pode levar a uma escalada nos conflitos da região e acende o alerta em toda a comunidade internacional. Em Mato Grosso do Sul, o presidente da Assembleia Legislativa, deputado Gerson Claro (PP), manifestou temor com a possibilidade de uma guerra.

Ele usou a palavra antes da abertura da sessão desta terça-feira (16) e disse, em nome da Casa, que é iminente o conflito e há uma pressão na política internacional, já tendo havido manifestação de autoridades brasileiras.

“Nós não poderíamos deixar de nos manifestar com preocupação, porque é certo que qualquer reação neste momento de crise pode ocorrer que esse conflito se torne em um acontecimento, que já é de influência mundial, seja ainda maior", disse.

"A gente pede, nesse momento, em nome do Parlamento sul-mato-grossense, que as autoridades, sejam elas americanas que tenham influência na ONU [Organização das Nações Unidas], ou nacionais, em nossas embaixadas, possam agir de maneira a buscar o diálogo e a tolerância, porque esse conflito, e a maneira que o próprio Irã respondeu a um eventual ataque ainda não assumido por Israel, nos preocupa e nos coloca em alerta, porque sabemos que os acontecimentos iminentes podem atingir nosso País”, acrescentou.

"A gente acompanha com muito temor e com expectativa que o equilíbrio possa tomar conta das negociações nesse momento e que esse iminente perigo de uma guerra possa parar onde está", concluiu Gerson Claro.

Conflito no Oriente Médio

A guerra teve início em 7 de outubro de 2023, quando o Hamas fez um ataque surpresa a Israel, que deixou 1,4 mil mortos e capturou cerca de 200 reféns.

Desde então, mais de 32 mil pessoas perderam a vida em toda a Faixa de Gaza e na Cisjordânia, incluindo 13 mil crianças, e mais de 74 mil ficaram feridos, de acordo com o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef). Cerca de 1,7 milhão, quase 80% da população da Faixa de Gaza, foram deslocadas. Dessas, 850 mil são crianças.

No início deste mês, aviões de combate supostamente israelenses bombardearam a Embaixada do Irã na Síria. O ataque matou sete conselheiros militares iranianos e três comandantes seniores.

No sábado (13), a ofensiva foi do Irã, que atacou o território israelense com mísseis e drones, que em grande parte foram interceptados pelas forças de defesa israelenses.

Após o ataque iraniano, o Ministério das Relações Exteriores do Brasil divulgou, no sábado (13) à noite, uma nota no qual o governo brasileiro manifesta "grave preocupação" com relatos de envio de drones e mísseis do Irã em direção a Israel.

De acordo com a nota, a ação militar deixou em alerta países vizinhos e exige que a comunidade internacional mobilize esforços para evitar uma escalada no conflito.

* Com Agência Brasil

CAMPO GRANDE

André depende de financiamento para confirmar a pré-candidatura a prefeito

O ex-governador terá reunião com o presidente nacional do partido para viabilizar os recursos para a campanha eleitoral

16/04/2024 09h00

André Puccinelli participou ontem da rodada de entrevistas feita pela CBN e Correio do Estado Foto: Divulgação

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Após participar da primeira de uma série de entrevistas que a Rádio CBN Campo Grande e o Correio do Estado realizarão com seis pré-candidatos à prefeitura da Capital, o ex-governador André Puccinelli (MDB) disse que aguarda até o fim do mês de maio para bater o martelo sobre disputar ou não o pleito do próximo dia 6 de outubro.

Segundo André Puccinelli, nos próximos dias terá uma reunião, em Brasília (DF), com o presidente nacional do partido, deputado federal Baleia Rossi (MDB-SP), para alinhar a liberação de recursos para a campanha eleitoral para prefeito de Campo Grande.

“Eu e o presidente estadual do MDB, o ex-senador Waldemir Moka, teremos essa reunião com o Baleia Rossi para definir o montante de recursos que serão destinados para a minha campanha eleitoral a prefeito da Capital”, declarou o político, que já administrou Campo Grande por dois mandatos consecutivos – de 1º de janeiro de 1997 a 1º de janeiro de 2005.

O ex-governador ressaltou que ele e Moka vão combinar com Baleia Rossi uma data para a liberação dos recursos necessários para a realização da campanha eleitoral.

“Vou explicar ao presidente nacional do MDB que preciso de uma quantia x para fazer a campanha eleitoral e que posso aguardar somente até o fim do mês de maio, caso contrário não vou concorrer. Sem recursos, é melhor ir pescar e cuidar dos netos”, assegurou.

Para viabilizar o recurso suficiente para a campanha, André Puccinelli vai levar para Baleia Rossi as últimas pesquisas de intenções de votos, que, conforme ele, demonstram sua liderança na disputa pela prefeitura e também a redução da sua rejeição junto ao eleitorado campo-grandense.

"Teremos essa reunião com o Baleia Rossi para definir o montante de recursos que serão destinados para a minha campanha eleitoral a prefeito da Capital”, André Puccinelli, explicando que sem recursos não terá como disputar a prefeitura

Sobre alianças para a eleição no munípio, o ex-governador reforçou que, por enquanto, o único partido acertado com o MDB é o Solidariedade, que atualmente é presidido pelo seu filho, André Puccinelli Júnior. Com relação aos demais partidos, ele disse que isso será tratado mais adiante.

ENTREVISTAS

Na manhã de ontem, a Rádio CBN Campo Grande e o Correio do Estado iniciaram a série de entrevistas com seis pré-candidatos à Prefeitura de Campo Grande.

O primeiro foi André Puccinelli e os próximos serão o ex-deputado estadual Rafael Tavares (PL), amanhã, o deputado federal Beto Pereira (PSDB-MS) no dia 19, a ex-deputada federal Rose Modesto (União Brasil) no dia 22, a prefeita Adriane Lopes (PP) no dia 24 e a deputada federal Camila Jara (PT-MS) no dia 26 de abril.

Essa ordem de entrevistas foi definida em reunião com representantes dos partidos, quando foi realizado sorteio. Na entrevista realizada ontem, André Puccinelli falou sobre a motivação de se candidatar novamente a prefeito de Campo Grande. 

Durante a sabatina com os jornalistas dos dois veículos de comunicação, o ex-governador respondeu a questões relacionadas aos processos judiciais aos quais responde e rebateu as informações sobre os índices de rejeição popular.

Conforme ele, ao reduzir o percentual de rejeição, o saldo de intenções de votos fica positivo, ficando à frente dos demais pré-candidatos.

André Puccinelli também falou sobre a questão da saúde pública, reforçando que a construção de um hospital municipal não resolverá o problema.

“O que falta para a saúde pública de Campo Grande são médicos e medicamentos”, reforçou.

Outro assunto abordado pelo pré-candidato foi o transporte coletivo urbano na Capital. Ele garantiu que tarifa zero é conversa para boi dormir e que a solução para melhorar a qualidade do serviço é uma fiscalização mais rígida por parte do Executivo municipal.

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