Política

Aluguel caro

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Senado gasta R$ 1,7 milhão com carros para senadores andarem apenas no DF

Benefício atende até mesmo ao senador Delcídio do Amaral, atualmente preso

RODOLFO CÉSAR

09/02/2016 - 18h50
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O Senado não fez economia e empenhou R$ 1,7 milhão apenas para a locação de carros para que os senadores possam se deslocar no Distrito Federal. Isso significa pouco mais de R$ 6.400 por dia com aluguel de veículos.

O benefício atende aos senadores por Mato Grosso do Sul, Waldemir Moka e Simone Tebet (ambos do PMDB), e também o parlamentar atualmente detido Delcídio do Amaral (PT), além dos outros 78 representantes.

O site Contas Abertas obteve a nota de empenho e identificou que o serviço prestado pela LM Transportes Serviços e Comércio LTDA, contratada desde 2011, tem validade neste ano no período de 1º de janeiro a 18 de setembro.

Além do R$ 1,7 milhão gastos apenas com a locação de 81 veículos, deve haver gastos também com motorista e combustível. Esses outros dois serviços não estão inclusos no empenho.

Os carros disponíveis para os senadores andarem pelo Distrito Federal são modelos sedan, todos de cor preta, zero quilômetro, com potência mínima de 140 cv, com direção hidráulica ou elétrica, ar condicionado, barras de proteção lateral contra impactos.

As exigências não param por aí. Segundo o empenho obtido pelo site Contas Abertas, os veículos obrigatoriamente precisam ter vidros com acionamento elétrico nas quatro portas, travas elétricas nas quatro portas, airbag duplo frontal e lateral, sistema de freios a disco nas quatro rodas, ABS e EBD nas quatro rodas, película anti-vandalismo nos vidros laterais e traseiro.

Os bancos precisam ser em couro, com encosto de cabeça em todos os bancos e rádio com CD e entrada auxiliar para IPod, IPhone e outras mídias.

A reportagem tentou contato com os senadores Waldemir Moka e Simone Tebet pelos telefones, mas não foi possível encontrá-los nesta terça-feira (9) para comentarem o assunto.

CONTRATO REAJUSTADO

Conforme divulgado pelo Contas Abertas, o convênio entre a LM Transportes Serviços e Comércio LTDA passou por reajustes ao longo dos cinco anos de validade, por meio de aditivos.

Entre 2011 e meados de 2013, o valor mensal era de R$ 161.190,00. Já do final de 2013 a 2014, a mensalidade passou a ser de R$ 170.360,01. Em setembro de 2014, o contrato passou a ser de R$ 186.066,91 mensais.

MAIS GASTOS COM TRANSPORTE

Como os veículos locados são de uso exclusivo dos senadores, o Senado ainda reserva R$ 2 milhões para contratar empresa para prestar serviço de transporte, contratar motoristas e ajudantes. Neste caso, o empenho é válido entre 1º de janeiro a 2 de maio deste ano.

STF-DECISÃO

STF permite uso de vestimentas religiosas em foto de documentos oficiais

A possibilidade foi aceita pela Justiça em instâncias inferiores, mas a União recorreu ao Supremo para que padronize a possibilidade em todo o país

17/04/2024 19h00

Em 8 de fevereiro, representantes de entidades ligadas a religiões se manifestaram no Supremo sobre o tema. Na ocasião, o julgamento do processo foi suspenso e retomado nesta quarta Lula Marques / Agência Brasil

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O STF (Supremo Tribunal Federal) autorizou nesta quarta-feira (17) o uso de vestimentas ou acessórios ligados à religião em fotos de documentos oficiais, desde que essas vestimentas não impeçam a identificação individual.

Os demais ministros seguiram o voto do relator da ação, Luís Roberto Barroso, que também é o presidente da corte. Para ele, proibir o uso dessas vestes "é uma medida exagerada e, consequentemente, desnecessária".

Barroso disse que o veto a essa possibilidade "compromete a liberdade religiosa, sem que esse comprometimento impacte de maneira muito relevante a segurança pública".

A segurança foi o argumento para que o uso dessas roupas tenha sido impedido por autoridades brasileiras.

"Embora possa haver exceções, religiosos não fazem parte de um grupo especialmente perigoso da sociedade", disse Barroso.


O processo é de repercussão geral, e sua decisão incidirá em processos similares sobre o tema em todo o país.

Após o voto do presidente do Supremo, os ministros discutiram sobre a necessidade de ampliar ou não a tese para definir até que ponto pode haver a cobertura do rosto, ou se a norma pode se aplicar para outras situações não religiosas.

Acabaram fixando a tese de que "é constitucional o uso de vestimentas ou acessórios ligados à religião em fotos de documentos oficiais, desde que essas vestimentas não impeçam a adequada identificação individual, com rosto visível".


Votaram com o presidente os ministros Flávio Dino, Cristiano Zanin, André Mendonça, Kassio Nunes Marques, Alexandre de Moraes, Edson Fachin, Luiz Fux, Dias Toffoli, Cármen Lúcia e Gilmar Mendes.

A ação que serve como referência trata de uma freira de Cascavel (PR) que queria renovar a CNH (Carteira Nacional de Habilitação) usando hábito (veste religiosa) na foto do documento.

A possibilidade foi aceita pela Justiça em instâncias inferiores, mas a União recorreu ao Supremo para que padronize a possibilidade em todo o país.


Em 8 de fevereiro, representantes de entidades ligadas a religiões se manifestaram no Supremo sobre o tema. Na ocasião, o julgamento do processo foi suspenso e retomado nesta quarta.

A representante da União Nacional das Entidades Islâmicas, Quesia Barreto dos Santos, disse que o uso de hábito, do véu islâmico ou de outras vestes similares são prática religiosa, e que sua retirada em público equivaleria a exigir que uma mulher não muçulmana retirasse sua camisa para foto de identificação.

A Associação Nacional de Juristas Evangélicos disse que, entre os direitos de liberdade religiosa e de segurança pública, a corte devia procurar uma solução que preservasse os dois núcleos.

O procurador-geral da República, Paulo Gonet, afirmou que o uso de véu não impede a identificação e se manifestou contra a exigência de retirada da vestimenta.

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Política

Vereadores votam em sessão desta quinta-feira nomeação de membros dos conselhos de Campo Grande

A nomeação é referentes ao 1º semestre de 2023.

17/04/2024 18h36

Divulgação/ Câmara Municipal

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Nesta quinta-feira (18), os vereadores da Câmara Municipal de Campo Grande devem analisar projetos e dois ofícios do Poder Executivo Municipal que tratam da nomeação de membros para conselhos regionais, municipais e tutelares em funcionamento neste município, referentes ao 1º semestre de 2023.

Durante a sessão, os parlamentares devem debater o Projeto de Lei Complementar nº 820/22, de autoria do vereador Prof. André Luis, que propõe alterações na Lei Complementar nº 392, de 11 de agosto de 2020, a qual trata do sistema de posse responsável de cães e gatos em Campo Grande. Também serão discutidas as regras de registro, penalidades e infrações.

Em seguida, os vereadores discutirão e votarão em segunda sessão o Projeto de Lei nº 11.159/23, de autoria da vereadora Luiza Ribeiro, que propõe a instituição da Semana Municipal de Sensibilização sobre a Perda Gestacional, Neonatal e Infantil.

Logo após, em primeira discussão e votação, será analisado o Projeto de Lei nº 11.162/23, proposto pelo vereador Papy, que busca instituir no calendário oficial de eventos do município de Campo Grande-MS a "Feira Científica" e tratar de outras providências.

 

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