O relator da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da JBS, deputado estadual Flávio Kayatt (PSDB), declarou que as investigações “tomaram rumo técnico”. “Tiro o chapéu para a equipe que direcionou as atividades da comissão para esse lado e não para o político”, disse Kayatt.
O parlamentar lembra ainda de CPIs anteriores que não chegaram a lugar nenhum. “A maioria acabou em pizza. Essa foi diferente, tivemos sangue e fratura exposta”, completou.
Kayatt se referia aos R$ 756 milhões que a empresa terá de ressarcir o Estado devido ao descumprimento dos cinco Termos de Acordo de Regime Especial (Tares) firmados com o Governo Estadual.
Na próxima sexta-feira (27), o parlamentar entregará o relatório, baseado no acordo feito entre a JBS, Estado e funcionários da empresa. O termo foi assinado na última terça-feira (24).
O relatório será votado em plenário, na Assembleia Legislativa, na próxima terça-feira (31).
MUDANÇA DE RUMO
O deputado do PSDB disse ainda que as investigações mudaram de rumo devido a análise técnica que os profissionais fizeram.
O único profissional que foi contratado para compor o corpo técnico da comissão foi um advogado processualista. “Os outros profissionais foram cedidos pela Secretaria de Fazenda (Sefaz) e pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE)”, disse Kayatt.
No início, o objeto das investigações seriam os ex-governadores André Puccinelli (PMDB), José Orcírio Miranda (PT) e o governador, Reinaldo Azambuja (PSDB). “Apesar de André e Azambuja terem se colocado a disposição da CPI, ainda bem que as investigações não foram para esse lado político, senão não ia dar em nada”, ratificou Kayatt.