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Relator na CCJ dá aval para processo de cassação de Delcídio ir ao plenário

Sessão para votar parecer de Ricardo Ferraço foi marcada para quinta

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Um dia após o Conselho de Ética do Senado recomendar a cassação do mandato do senador Delcídio do Amaral (sem partido-MS), o relator do processo na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Casa, senador Ricardo Ferraço (PSDB-ES), apresentou hoje (4) parecer no qual avaliza que o procedimento está de acordo com as leis. Cabe à CCJ analisar os aspectos constitucionais, legais e jurídicos do relatório do Conselho de Ética.

Delcídio é alvo de um processo por quebra de decoro parlamentar no Senado. Ele foi preso pela Polícia Federal em novembro do ano passado, por suspeita de tentar obstruir as investigações da operação Lava Jato. Em uma gravação, o senador oferece R$ 50 mil mensais à família de Nestor Cerveró para tentar convencer o ex-diretor da área internacional da Petrobras a não fechar um acordo de delação premiada com o Ministério Público Federal (MPF).

O relatório de Ferraço ainda precisa ser analisado pelos integrantes da CCJ. Apesar da expectativa de que o parecer pudesse até mesmo ser apreciado ainda nesta quarta, a votação foi marcada para as 9h desta quinta-feira (5) pelo presidente do colegiado, senador José Maranhão (PMDB-PB).

A votação na CCJ é a última etapa antes de o processo seguir para a análise do plenário do Senado. Segundo a Secretaria-Geral da Mesa, após Delcídio ser notificado, o processo pode ser votado pelos senadores a qualquer momento.

De acordo com as regras da Casa, a votação é aberta e, para aprovar a perda de mandato do senador, é necessário maioria absoluta – ou seja, 41 votos (metade dos 81 senadores mais um).

No relatório, Ferraço diz que o processo não contém "vícios" no que se refere à juridicidade. A CCJ não analisa o mérito do processo.

Ferraço afirmou que o processo está dentro das regras. "Meu juízo é que sim [processo pode continuar], não observei por parte do Conselho de Ética qualquer tipo de violação", afirmou.

O relator avaliou, ainda, que o Conselho de Ética deu ao senador "todo o direito de se defender". "Ele que não quis", disse.

O senador não compareceu a nenhuma das sessões do conselho para as quais foi convocado para prestar depoimento. Por isso, o conselho desistiu de ouvi-lo.

Nesta terça (3), com base na delação de Delcídio, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot,pediu ao Supremo Tribunal Federal (SFT) autorização para abertura de inquérito para investigar a presidente Dilma Rousseff, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o advogado-geral da União, ministro José Eduardo Cardozo, por suposta obstrução à Justiça, em tentativa de atrapalhar as investigações da Operação Lava Jato.

Votação
Após a leitura do relatório por Ferraço, a senadora Ana Amélia (PP-RS) sugeriu ao presidente do colegiado que a votação ocorresse em outra reunião. Ela defendeu que seria "prudente" do ponto de vista institucional e argumentou que a comissão não deve oferecer razões para que Delcídio do Amaral questione o processo.

Maranhão marcou a sessão deliberativa para a manhã de quinta e elogiou o relatório que dá aval ao processo. "Hoje [quarta] se encerra a discussão e amanhã, às 9 horas, havendo número, aprovaremos o relatório do senador Ferraço que, a meu ver não exige nenhum reparo".

O presidente do colegiado disse, ainda, que é necessário "exaurir" todo o direito de ampla defesa. Ele anunciou que concederá um prazo para que Delcídio possa apresentar defesa à comissão na sessão desta quinta-feira. "Pelo histórico, estamos vendo que isso dificilmente ocorrerá. [...] Mas vamos marcar essa reunião para continuar a discussão e ensejar a oportunidade de a defesa se pronunciar", disse. Segundo Maranhão, o gabinete de Delcídio foi comunicado, por meio de ligação telefônica, sobre a sessão desta quarta.

Outros senadores, como Marta Suplicy (PMDB-SP), apoiaram a decisão de adiar a votação. "Concordo com o raciocínio de postergar para ter segurança jurídica. Não vai fazer diferença um dia ou dois", disse.

Por outro lado, o senador Ataídes de Oliveira (PSDB-TO), defendeu que o parecer fosse votado com mais agilidade. "O processo já foi amplamente discutido no Conselho de Ética", argumentou.

Ferraço, o relator, também defendeu, no fim da sessão, que a deliberação sobre o assunto ocorra na quinta-feira.

"Eu, na condição de relator, obtive de Vossa Excelência a designação e tive tempo para me debruçar e analisar. É fundamental que nossos senadores e senadoras possam ter esse prazo que Vossa Excelência está concedendo", afirmou ao presidente da comissão.

Recebidos pagos

Líder da oposição quer lista de presentes recebidos por Lula e Janja em viagens

Segundo Barros, as "mais de 15 viagens" de Lula não proporcionaram "efeitos positivos para o Brasil até o momento", o que justifica o pedido de "fiscalização"

18/04/2024 18h00

EBC

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O deputado federal Filipe Barros (PL-PR), líder da oposição na Câmara dos Deputados, solicitou acesso à lista de presentes recebidos pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e pela primeira-dama Rosângela Lula da Silva (PT) durante as viagens internacionais e nacionais realizadas por eles. O parlamentar argumenta que a situação dos 231 itens recebidos pelo casal do primeiro dia do mandato até 2 de maio de 2023, revelados pelo Estadão, "gera controvérsias".

O requerimento de acesso aos dados, protocolado nesta quarta-feira, 17, solicita ao ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência, Márcio Macêdo (PT), além da lista detalhada de presentes recebidos entre o início do mandato de Lula e o dia 16 de abril de 2024, informações sobre o encaminhamento dado aos itens e os valores gastos com alimentação durante as viagens do presidente. Procurada pelo Estadão, a Secretaria-Geral da Presidência ainda não se manifestou.

Segundo Barros, as "mais de 15 viagens" de Lula não proporcionaram "efeitos positivos para o Brasil até o momento", o que justifica o pedido de "fiscalização" que tem como objetivo o "esclarecimento da situação". Ainda, o deputado menciona a decisão do Tribunal de Contas da União (TCU) de auditar o recebimento dos bens dados a Lula em 2023, antes do fim da gestão do mandatário.

Os presentes recebidos pelo presidente são catalogados pela Diretoria de Documentação Histórica, que faz parte do gabinete da Presidência. Em junho de 2023, o órgão admitiu que a lista contendo os bens dados a Lula, sendo 63 deles internacionais, poderia estar incompleta.

Caso das joias

No caso das joias que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) tentou trazer ilegalmente para o País, o Estadão revelou que diversos servidores foram mobilizados para impedir justamente esta etapa do cadastro. O colar, anel, relógio e o par de brincos de diamantes avaliados em R$ 16,5 milhões eram um presente do príncipe da Arábia Saudita, Mohammed bin Salman al Saud, e foram apreendidas no aeroporto de Guarulhos quando Bolsonaro e a então primeira-dama, Michelle Bolsonaro, voltaram da viagem.

A fim de liberar os presentes, o ex-presidente atuou pessoalmente e ainda acionou três ministérios para forçar a liberação dos itens que estavam na mochila de um militar, assessor do então ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque Ao todo, foram oito tentativas para que Bolsonaro ficasse com as joias.

A revelação gerou tanto impacto que, em junho do ano passado, Janja e Lula cancelaram um jantar com o príncipe em Paris para evitar a má repercussão causada pelo encontro.

 

Campo Grande

Ademar Jr. vai assumir a Secretaria Municipal de Inovação e Desenvolvimento Econômico

A nomeação foi publicada, nesta quinta-feira (18) no Diogrande; Ademar esteve a frente de pastas estratégicas do governo de Mato Grosso Sul

18/04/2024 17h10

Com perfil técnico atuou em diversas pastas do governo do Estado Divulgação Funtrab

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O prefeita Adriane Lopes nomeou, na tarde desta quinta-feira (18), o médico-veterinário Ademar Silva Junior, para assumir o comando da Secretaria Municipal de Inovação e Desenvolvimento Econômico (Sidragro).

A nomeação foi publicada, nesta quinta-feira (18), no Diário Oficial de Campo Grande (Diogrande). Ademar assume a vaga de Adelaido Vila, que deixou a pasta para disputar uma cadeira na Câmara Municipal nas eleições deste ano. Vila, durante todo o período em que comandou a pasta, cumulou a o cargo de secretário com o de presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas de Campo Grande (CDL). 

Próximo à senadora Tereza Cristina (PP), foi convidado para auxiliar a equipe de transição de trabalho quando ela assumiu o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento do Brasil.

Ademar trabalhou com Tereza Cristina enquanto ela esteve a frente como secretária de Estado do Desenvolvimento Agrário, da Produção, da Indústria, do Comércio e do Turismo de MS (pasta que deu lugar para a Semadesc).

Experiente, Ademar Silva, atuou como secretário-adjunto da Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (Semadesc) e posteriormente assumiu como diretor-presidente da Fundação do Trabalho de Mato Grosso do Sul (Funtrab) no governo de Mato Grosso do Sul.

Além disso atuou como presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Mato Grosso do Sul (Famasul); superintendente de Indústria e Comércio e Turismo da Seprotur (hoje Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação); presidente do Conselho Curador da Fundação Educacional para o Desenvolvimento Rural (Funar); presidente do Conselho Administrativo do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar AR/MS); vice-presidente de Finanças da Confederação de Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA);  presidente da ANATER, contribuindo sobremaneira para o desenvolvimento sustentável do Estado sul-mato-grossense.

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