Política

sucessão estadual

Reinaldo Azambuja sobe e pode levar eleição para segundo turno

Soma dos candidatos ao governo de MS é de 44,75% contra 42% de Delcídio.

DA REDAÇÃO

23/09/2014 - 00h00
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Os números da pesquisa do Ipems (Instituto de Pesquisas de Mato Grosso do Sul Ltda), contratada pelo Correio do Estado, indicam a tendência do futuro governador de Mato Grosso do Sul ser definido no segundo turno. Se as eleições fossem hoje, o candidato do PT, senador Delcídio do Amaral, teria 42,58% das intenções de voto. Ele teve oscilação positiva de 1,16 ponto percentual em relação ao levantamento feito na primeira semana deste mês. O principal rival do petista passou a ser o candidato do PSDB, deputado federal Reinaldo Azambuja, que descolou de Nelsinho Trad (PMDB) passando de 21,25% para 26,42%. Foi o candidato que mais cresceu na reta final da campanha eleitoral. Nelsinho caiu de 20,17% para 17,17%.

Os demais candidatos pontuaram abaixo de 1%. O candidato do PP, Evander Vendramini, recebeu 0,50% da intenção de voto, enquanto os professores Sidney Melo (PSOL) e Monje (PSTU) foram citados, cada um, por 0,33% dos eleitores entrevistados pelo Ipems. Os eleitores indecisos somaram 6,42% e a intenção de anularem, votarem em branco ou em nenhum dos candidatos são de 6,25%.

A margem de erro da pesquisa é de 2,83 pontos percentuais para mais ou para menos sobre o total do resultado. O nível de confiança estimado é de 95%. O Ipems ouviu 1.200 eleitores acima de 16 anos nos 15 maiores municípios de Mato Grosso do Sul no período de 17 a 21 deste mês. A pesquisa foi registrada no TRE/MS sob o número 00038/2014.

REJEIÇÃO

Segundo o Ipems, se as eleições fossem hoje, 21,50% dos entrevistados declararam a intenção de não votarem de jeito nenhum em Delcídio. Nelsinho Trad conta com 23,83% de restrições dos eleitores. Reinaldo Azambuja é o menos rejeitado, com índice de 12,83%. Sidney Melo tem 23,50% de rejeição, professor Monje tem 30,75% e Evander Vendramini tem 26%.

SENADO

Na disputa pelo Senado, a candidata Simone Tebet (PMDB) se distanciou dos concorrentes, passando de 32,50% para 37,67% das intenções de voto, enquanto Alcides Bernal (PP) oscilou de 19,58% para 20,17%.

O candidato petista, Ricardo Ayache é outro com oscilação positiva em relação à pesquisa da primeira semana do mês. Ele passou de 14,83% para 15,83% das intenções de voto.

O jornalista Antonio João, candidato do PSD, subiu de 3,42% para 5,67%. Mais atrás estão Valdemir Cassimiro (PSTU) com 1,42% e Lucien Rezende (PSOL) com 0,83% das citações dos eleitores entrevistados pelo Ipems.

A reportagem, de Adilson Trindade, está publicada na edição de hoje do jornal Correio do Estado.

ACEITOU

Moraes autoriza Bolsonaro a ser submetido a ultrassom na prisão

Exame será feito com equipamento portátil nas regiões inguinais

14/12/2025 11h30

Alexandre de Moraes aceitou o pedido da defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro para realização de um exame de ultrassonografia dentro da prisão

Alexandre de Moraes aceitou o pedido da defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro para realização de um exame de ultrassonografia dentro da prisão Foto: Reprodução

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O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), aceitou o pedido da defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro para realização de um exame de ultrassonografia dentro da prisão. A decisão foi proferida na noite deste sábado (13).

Bolsonaro está preso em uma sala da Superintendência da Polícia Federal (PF), em Brasília, onde cumpre pena de 27 anos e três meses de prisão pela condenação na ação penal da trama golpista.

“Diante do exposto, autorizo a realização do exame no local onde o condenado encontra-se custodiado, nos termos requeridos pela defesa. Dê-se ciência da presente decisão à Polícia Federal. Intimem-se os advogados regularmente constituídos”, decidiu o ministro.

O pedido de autorização foi feito na última quinta-feira (11) após Moraes determinar que Bolsonaro passe por uma perícia médica oficial, que deve ser feita pela própria PF, no prazo de 15 dias.

O exame será feito pelo médico Bruno Luís Barbosa Cherulli. O profissional fará o procedimento com um equipamento portátil de ultrassom, nas regiões inguinais direita e esquerda.

A defesa disse que a medida é necessária para atualizar os exames do ex-presidente. Ao determinar a perícia, Moraes disse que os exames apresentados por Bolsonaro para pedir autorização para fazer cirurgia e cumprir prisão domiciliar são antigos.

Na terça-feira (9), os advogados de Bolsonaro afirmaram que o ex-presidente apresentou piora no estado de saúde e pediram que ele seja levado imediatamente ao Hospital DF Star, em Brasília, para passar ser submetido a cirurgia.

Espera

Motta aguarda assessoria jurídica da Câmara para definir posse de suplente de Zambelli

Primeira Turma do STF confirmou, ontem, 12, a decisão do ministro Alexandre de Moraes que decretou a perda imediata do mandato de Zambelli

13/12/2025 21h00

Presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta

Presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta Foto: Câmara dos Deputados

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O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), espera uma resposta da assessoria jurídica da Casa para definir o destino do mandato da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) até segunda-feira, 15.

A equipe de Motta afirmou à reportagem que a decisão deve tratar não necessariamente da cassação de Zambelli, mas da posse de Adilson Barroso (PL-SP). O prazo de 48 horas dado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) à Câmara menciona especificamente a posse do suplente, não a cassação da titular.

A Primeira Turma do STF confirmou, ontem, 12, a decisão do ministro Alexandre de Moraes que decretou a perda imediata do mandato de Zambelli. O colegiado também chancelou a determinação para que a Mesa da Câmara dê posse ao suplente da deputada em até 48 horas, como prevê o regimento interno da Casa.

A decisão anulou a deliberação da própria Câmara de rejeitar a cassação de Zambelli, o que foi visto como afronta ao STF. Foram 227 votos pela cassação, 170 votos contrários e dez abstenções. Eram necessários 257 votos para que ela perdesse o mandato.

Moraes disse em seu voto que a deliberação da Câmara desrespeitou os princípios da legalidade, da moralidade e da impessoalidade, além de ter "flagrante desvio de finalidade".

O ministro afirmou que a perda do mandato é automática quando há condenação a pena em regime fechado superior ao tempo restante do mandato, já que o cumprimento da pena impede o trabalho externo.

Nesses casos, cabe à Casa legislativa apenas declarar o ato, e não deliberar sobre sua validade.

O STF condenou Zambelli em maio pela invasão de sistemas e pela adulteração de documentos do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). A pena é de 10 anos de prisão em regime inicial fechado, e tem como resultado a perda do mandato na Câmara.

A deputada, no entanto, fugiu do País antes do prazo para os recursos. Ela hoje está presa preventivamente na Itália, e aguarda a decisão das autoridades italianas sobre a sua extradição.

A votação em plenário na madrugada da quinta-feira, 11, contrariou a decisão da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Casa, que, na tarde desta quarta-feira, 10, tinha aprovado a cassação.

Zambelli participou por videoconferência da deliberação da CCJ e pediu que os parlamentares votassem contra a sua cassação, alegando ser inocente e sofrer perseguição política. "É na busca da verdadeira independência dos Poderes que eu peço que os senhores votem contra a minha cassação", disse.

No plenário, a defesa ficou com Fábio Pagnozzi, advogado da parlamentar, que fez um apelo para demover os deputados. "Falo para os deputados esquecerem a ideologia e agir como seres humanos. Poderiam ser o seus pais ou seus filhos numa situação dessas", afirmou. O filho da parlamentar, João Zambelli, acompanhou a votação. Ele completou 18 anos nesta quinta-feira.

O líder do PT na Câmara, Lindbergh Farias (RJ), discursou pedindo pela cassação. "Estamos aqui para votar pela cassação que já deveria acontecer há muito tempo", disse.

O PL trabalhou para contornar a cassação, para esperar que Zambelli perca o mandato por faltas. Pela regra atual, ela mantém a elegibilidade nessa condição.

Caso tivesse o mandato cassado, ficaria o tempo de cumprimento da pena mais oito anos fora das urnas. Ela só poderia participar de uma eleição novamente depois de 2043. Estratégia similar foi feita com Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que deverá ter a perda do mandato decretada pela Mesa Diretora.

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