Política

Fraude na merenda

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Procuradoria pede quebra do sigilo bancário e fiscal de Fernando Capez

Procuradoria pede quebra do sigilo bancário e fiscal de Fernando Capez

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A Procuradoria-Geral de Justiça de São Paulo pediu ao Tribunal de Justiça (TJ), na sexta-feira (5), a quebra dos sigilos bancário e fiscal do presidente da Assembleia Legislativa, deputado Fernando Capez (PSDB), citado no esquema de propinas da merenda escolar descoberto na Operação Alba Branca.

A informação foi confirmada neste sábado (6) ao G1 pela assessoria de imprensa da Procuradoria, da qual pertence o Ministério Público Estadual (MPE), que é responsável pela investigação da fraude na alimentação. Não foram informados os nomes dos demais envolvidos que também tiveram pedida a quebra dos sigilos pela investigação.

Capez e outras pessoas são investigadas por suposto envolvimento com integrantes de uma cooperativa que fraudava licitações em mais de 20 prefeituras no estado de São Paulo. A investigação apura se eles cometeram corrupção ativa e passiva, tráfico de influência e estão envolvidos em organização criminosa.

Procurada nesta manhã pela equipe de reportagem para comentar o assunto, a assessoria de imprensa de Capez informou por meio de nota que, antes mesmo de a Procuradoria ter pedido a quebra dos sigilos, ele já havia solicitado ao órgão que requeresse seus dados bancários e fiscais à Justiça.

De acordo com a assessoria de Capez, o deputado entregou na segunda-feira (1º) seus sigilos bancário e fiscal.

"Não tenho nada a temer. Quero esclarecer essa história até o fim. Tanto que vou trabalhar pela instalação da CPI requerida na Assembleia Legislativa. Inclusive, já assinei o pedido para criação da CPI", informa nota publicada pela assessoria do político.

Também por nota, a assessoria do MPE informou ao G1 que foi Capez quem pediu à Procuradoria para requerer na Justiça a quebra dos seus próprios sigilos. O pedido da Procuradoria foi protocolado no Tribunal de Justiça porque Capez é deputado estadual. Pela Constituição, o TJ pode autorizar esse procedimento.

"O pedido do Procurador-Geral se deu em razão do foro por prerrogativa de função do qual goza o deputado estadual e membro do MP licenciado, que colocou à disposição da Justiça os seus dados bancários e fiscais, requerendo sua inquirição", explica a nota do Ministério Público.

Capez também é procurador de Justiça do MPE, licenciado para exercer o mandato de deputado estadual.

A equipe de reportagem não conseguiu localizar a assessoria de imprensa do TJ para comentar o assunto.

"O Procurador-Geral encaminhará ao Procurador-Geral da República as peças relacionadas aos deputados federais citados no inquérito policial e requereu o desmembramento das investigações, que terão continuidade também em Bebedouro", continua a nota do MPE.

"Além das providências relacionadas às investigações criminais, o Procurador-Geral de Justiça definiu representações específicas ao Tribunal de Contas da União, à Controladoria-Geral da União e ao Conselho Deliberativo do FNDE para o aperfeiçoamento dos mecanismos de controle e fiscalização do repasse de recursos públicos para a aquisição de merenda escolar e de fomento à agricultura familiar e do empreendedorismo rural familiar, dada a sua aplicação em todo o território nacional", termina a nota.

Quebra de sigilos
De acordo com o Ministério Público Estadual, o requerimento pela quebra dos sigilos de Capez foi feito pelo procurador-geral de Justiça, Márcio Fernando Elias Rosa. Ele requereu ao TJ "a abertura de procedimento investigatório relacionado à Operação Alba Branca que envolve, em tese, agentes públicos detentores de foro especial, além de outras pessoas. Dentre as pessoas a serem investigadas figura o deputado estadual Fernando Capez", informa nota do MPE.

Segundo o MPE, "o objeto da investigação deverá ser a contratação celebrada pela Coaf [Cooperativa Orgânica Agrícola Familiar] com a Secretaria de Estado da Educação para o fornecimento de itens da merenda escolar".

Ainda de acordo com o Ministério Público Estadual, "o conteúdo do inquérito está protegido por sigilo por decisão da Justiça de Bebedouro [sede da Coaf]."

A Coaf é investigada pelo suposto esquema de venda superfaturada de produtos agrícolas e suco de laranja destinados à merenda. A descoberta se deu no dia 19 janeiro deste ano com a Operação Alba Branca. Funcionários e membros da cooperativa tiveram a prisão temporária decretada pela Justiça a pedido do MPE e da Polícia Civil.

Campo Grande

Ademar Jr. vai assumir a Secretaria Municipal de Inovação e Desenvolvimento Econômico

A nomeação foi publicada, nesta quinta-feira (18) no Diogrande; Ademar esteve a frente de pastas estratégicas do governo de Mato Grosso Sul

18/04/2024 17h10

Com perfil técnico atuou em diversas pastas do governo do Estado Divulgação Funtrab

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O prefeita Adriane Lopes nomeou, na tarde desta quinta-feira (18), o médico-veterinário Ademar Silva Junior, para assumir o comando da Secretaria Municipal de Inovação e Desenvolvimento Econômico (Sidragro).

A nomeação foi publicada, nesta quinta-feira (18), no Diário Oficial de Campo Grande (Diogrande). Ademar assume a vaga de Adelaido Vila, que deixou a pasta para disputar uma cadeira na Câmara Municipal nas eleições deste ano. Vila, durante todo o período em que comandou a pasta, cumulou a o cargo de secretário com o de presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas de Campo Grande (CDL). 

Próximo à senadora Tereza Cristina (PP), foi convidado para auxiliar a equipe de transição de trabalho quando ela assumiu o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento do Brasil.

Ademar trabalhou com Tereza Cristina enquanto ela esteve a frente como secretária de Estado do Desenvolvimento Agrário, da Produção, da Indústria, do Comércio e do Turismo de MS (pasta que deu lugar para a Semadesc).

Experiente, Ademar Silva, atuou como secretário-adjunto da Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (Semadesc) e posteriormente assumiu como diretor-presidente da Fundação do Trabalho de Mato Grosso do Sul (Funtrab) no governo de Mato Grosso do Sul.

Além disso atuou como presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Mato Grosso do Sul (Famasul); superintendente de Indústria e Comércio e Turismo da Seprotur (hoje Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação); presidente do Conselho Curador da Fundação Educacional para o Desenvolvimento Rural (Funar); presidente do Conselho Administrativo do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar AR/MS); vice-presidente de Finanças da Confederação de Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA);  presidente da ANATER, contribuindo sobremaneira para o desenvolvimento sustentável do Estado sul-mato-grossense.

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Salários

Governo tenta barrar PEC que turbina salário de juízes em meio a greves

As estimativas iniciais do Ministério da Fazenda indicam impacto de R$ 42 bilhões por ano

18/04/2024 15h00

Proposta patrocinada pelo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), que garante 5% de aumento para juízes. Divulgação

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O governo federal se prepara para tentar barrar o avanço da proposta patrocinada pelo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), que garante 5% de aumento para juízes, promotores, delegados da Polícia Federal, defensores e advogados públicos.

A PEC (proposta de Emenda à Constituição) do Quinquênio foi aprovada nesta quarta (17) na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) do Senado e deve entrar na pauta de votações do plenário para as cinco sessões de discussão previstas em regimento.

O líder do governo no Congresso, senador Randolfe Rodrigues (sem partido-AP), afirmou nesta quinta (18) que o ministro Fernando Haddad (Fazenda) deve conversar com Pacheco quando voltar de Washington, nos Estados Unidos, onde participa de agendas do G20 e do Fundo Monetário Internacional.

"Não me parece adequado o Congresso sinalizar uma matéria para o topo da carreira do funcionalismo público enquanto não há proposta para os servidores. O governo tem feito um esforço fiscal em diferentes áreas. Vamos dialogar e pedir bom senso e reflexão do Congresso", disse.

Professores e servidores de instituições federais de ensino estão em greve desde segunda (15). Nesta quarta (17), os grevistas marcharam pela Esplanada dos Ministérios e fizeram um aulão em frente à sede do MEC (Ministério da Educação).

O avanço da PEC no Senado acendeu o alerta no governo. O líder do governo na Casa, Jaques Wagner (PT-BA), afirma que as estimativas iniciais do Ministério da Fazenda indicam impacto de R$ 42 bilhões por ano, a depender do número de carreiras e da extensão do penduricalho para aposentados.

A Afipea (Associação dos Funcionários do Ipea) estima que, com a inclusão de advogados, defensores públicos e delegados da PF, o impacto do quinquênio no caixa da União chegará a R$ 9,9 bilhões por ano.

"Não está claro na PEC o que vai acontecer com os aposentados. Até 2003 tinha paridade. Quem está aposentado vai querer requerer 35% de reajuste no ganho de aposentadoria. O volume de categorias que já estão pedindo inclusão. Não sei em que orçamento cabe essa proposta", disse Wagner.

A proposta altera a Constituição para garantir aumento de 5% do salário para as carreiras contempladas a cada cinco anos, até o limite de 35%. A atuação jurídica anterior dos servidores públicos -na advocacia, por exemplo- poderá ser usada na contagem de tempo.
 

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