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Procurador da equipe de Dodge passou informações a advogada da JBS

Procurador da equipe de Dodge passou informações a advogada da JBS

FOLHAPRESS

22/09/2017 - 17h31
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A advogada Fernanda Tórtima, que atuou na negociação da delação premiada da JBS, é a mulher que recebeu informações de um procurador da equipe da procuradora-geral, Raquel Dodge.

Tórtima almoçou nesta quinta (22) com o procurador Sidney Pessoa Madruga no restaurante Taypá, em Brasília. O encontro foi presenciado pela reportagem da Folha de S.Paulo, que estava na mesa ao lado.

O jornal revelou na edição desta sexta o teor do encontro em que ambos discutiram a delação. À tarde, Madruga pediu exoneração do cargo de coordenador do Genafe (Grupo Executivo Nacional da Função Eleitoral), para o qual fora nomeado por Dodge na terça-feira (19).

O pedido foi feito, de acordo com a Procuradoria, "após divulgação de reportagem da Folha de S.Paulo, com a finalidade de evitar ilações impróprias e indevidas".

A reportagem confirmou a identidade de Tórtima nesta sexta pela manhã após o jornal publicar informações sobre o encontro.

EXONERAÇÃO

A exoneração de Madruga foi anunciada depois de Tórtima e a PGR serem questionados pela Folha de S.Paulo sobre a participação dela na conversa. Ambos não quiseram se manifestar.

Tórtima é citada na investigação que apura a atuação do ex-procurador Marcello Miller no acordo da empresa.
Segundo os delatores, foi ela quem apresentou Miller à JBS. Ele é suspeito de ajudar a elaborar o acordo da empresa quando ainda era vinculado ao Ministério Público Federal.

O nome da advogada aparece no diálogo gravado entre Joesley Batista e Ricardo Saud em que ambos discutem o acordo feito com a PGR.

Por causa dessa gravação, Janot pediu a rescisão da colaboração de ambos, e o ministro Edson Fachin, do STF (Supremo Tribunal Federal), decretou a prisão deles.

BRAÇO DIREITO DE JANOT

No almoço, Madruga afirmou à Tórtima que a "tendência" da PGR é investigar Eduardo Pelella, ex-chefe de gabinete de Rodrigo Janot, antecessor e adversário de Dodge.

Procurador da República, Pelella é mencionado em diálogos de delatores da JBS como um interlocutor da PGR. Ele teve reunião com um deles, o advogado Francisco Assis e Silva, dias antes do encontro, em 7 de março, entre Joesley Batista e o presidente Michel Temer no Jaburu.

Janot e seu ex-assessor negam qualquer irregularidade. "Não é para punir, é pra esclarecer", disse Madruga. O procurador afirmou que é preciso entender "qual é o papel do Pelella nessa história toda, porque está todo mundo perguntando".

A reportagem ouviu Madruga afirmar à advogada que a nova gestão da PGR precisa construir outra relação com a força-tarefa dos procuradores da Lava Jato em Curitiba, com mais interlocução e controle do que a anterior. Ele chegou a criticar Janot por, em sua avaliação, deixar a força-tarefa muito solta.

Na conversa, Madruga questionou o papel de Pelella, que na função de chefe de gabinete, teria trabalhado intensamente nas investigações e acordos da Lava Jato. A frase foi dita no momento em que os dois presentes à mesa abordavam a atuação do ex-procurador Marcello Miller no caso da JBS.

Madruga atua no Ministério Público Eleitoral no Rio. Ele foi escolhido por Dodge para ser coordenador do Genafe (Grupo Executivo Nacional da Função Eleitoral), que traça as metas de atuação eleitoral do Ministério Público. Tórtima é suplente de juiz do TRE (Tribunal Regional Eleitoral) do Rio.

DIÁLOGOS

Um relatório da Polícia Federal transcreve mensagens do grupo de WhatsApp em que Tórtima trata das negociações dos acordos de delação e leniência da JBS com os executivos do grupo e também com Miller.

Em um dos diálogos, ela diz que os procuradores Eduardo Pelella e Sérgio Bruno, que fazia parte do grupo de trabalho da Lava Jato, sabiam ao menos de uma viagem de Miller para os Estados Unidos para tratar da leniência.

As mensagens reproduzidas no documento são:

Francisco de Assis e Silva: "Fernanda, ele precisa por na mesa a leniência, a imunidade e as demais penas corporais e que eles têm que assumir o protagonismo no DOJ conforme o Pelella assumiu o compromisso. Amanhã a gente combina a agenda do Joesley com eles".

Fernanda Tórtima: "Amanhã de manhã eu digo que o Marcello foi e que vai ligar. Lembra que o Pelella disse que ficaria esperando uma ligação da Esther [Flesh, advogada do mesmo escritório que Miller foi fazer parte após saída do Ministério Público] antes de fazer contato com o DOJ? Essa ligação será do Marcello. Eu disse que ele teria que falar hoje com o DOJ e disse que o Marcello iria. Nessa hora achei estranho ele dizer que já tinha a informação de que o Marcello iria".

Campo Grande

Ademar Jr. vai assumir a Secretaria Municipal de Inovação e Desenvolvimento Econômico

A nomeação foi publicada, nesta quinta-feira (18) no Diogrande; Ademar esteve a frente de pastas estratégicas do governo de Mato Grosso Sul

18/04/2024 17h10

Com perfil técnico atuou em diversas pastas do governo do Estado Divulgação Funtrab

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O prefeita Adriane Lopes nomeou, na tarde desta quinta-feira (18), o médico-veterinário Ademar Silva Junior, para assumir o comando da Secretaria Municipal de Inovação e Desenvolvimento Econômico (Sidragro).

A nomeação foi publicada, nesta quinta-feira (18), no Diário Oficial de Campo Grande (Diogrande). Ademar assume a vaga de Adelaido Vila, que deixou a pasta para disputar uma cadeira na Câmara Municipal nas eleições deste ano. Vila, durante todo o período em que comandou a pasta, cumulou a o cargo de secretário com o de presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas de Campo Grande (CDL). 

Próximo à senadora Tereza Cristina (PP), foi convidado para auxiliar a equipe de transição de trabalho quando ela assumiu o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento do Brasil.

Ademar trabalhou com Tereza Cristina enquanto ela esteve a frente como secretária de Estado do Desenvolvimento Agrário, da Produção, da Indústria, do Comércio e do Turismo de MS (pasta que deu lugar para a Semadesc).

Experiente, Ademar Silva, atuou como secretário-adjunto da Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (Semadesc) e posteriormente assumiu como diretor-presidente da Fundação do Trabalho de Mato Grosso do Sul (Funtrab) no governo de Mato Grosso do Sul.

Além disso atuou como presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Mato Grosso do Sul (Famasul); superintendente de Indústria e Comércio e Turismo da Seprotur (hoje Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação); presidente do Conselho Curador da Fundação Educacional para o Desenvolvimento Rural (Funar); presidente do Conselho Administrativo do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar AR/MS); vice-presidente de Finanças da Confederação de Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA);  presidente da ANATER, contribuindo sobremaneira para o desenvolvimento sustentável do Estado sul-mato-grossense.

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Salários

Governo tenta barrar PEC que turbina salário de juízes em meio a greves

As estimativas iniciais do Ministério da Fazenda indicam impacto de R$ 42 bilhões por ano

18/04/2024 15h00

Proposta patrocinada pelo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), que garante 5% de aumento para juízes. Divulgação

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O governo federal se prepara para tentar barrar o avanço da proposta patrocinada pelo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), que garante 5% de aumento para juízes, promotores, delegados da Polícia Federal, defensores e advogados públicos.

A PEC (proposta de Emenda à Constituição) do Quinquênio foi aprovada nesta quarta (17) na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) do Senado e deve entrar na pauta de votações do plenário para as cinco sessões de discussão previstas em regimento.

O líder do governo no Congresso, senador Randolfe Rodrigues (sem partido-AP), afirmou nesta quinta (18) que o ministro Fernando Haddad (Fazenda) deve conversar com Pacheco quando voltar de Washington, nos Estados Unidos, onde participa de agendas do G20 e do Fundo Monetário Internacional.

"Não me parece adequado o Congresso sinalizar uma matéria para o topo da carreira do funcionalismo público enquanto não há proposta para os servidores. O governo tem feito um esforço fiscal em diferentes áreas. Vamos dialogar e pedir bom senso e reflexão do Congresso", disse.

Professores e servidores de instituições federais de ensino estão em greve desde segunda (15). Nesta quarta (17), os grevistas marcharam pela Esplanada dos Ministérios e fizeram um aulão em frente à sede do MEC (Ministério da Educação).

O avanço da PEC no Senado acendeu o alerta no governo. O líder do governo na Casa, Jaques Wagner (PT-BA), afirma que as estimativas iniciais do Ministério da Fazenda indicam impacto de R$ 42 bilhões por ano, a depender do número de carreiras e da extensão do penduricalho para aposentados.

A Afipea (Associação dos Funcionários do Ipea) estima que, com a inclusão de advogados, defensores públicos e delegados da PF, o impacto do quinquênio no caixa da União chegará a R$ 9,9 bilhões por ano.

"Não está claro na PEC o que vai acontecer com os aposentados. Até 2003 tinha paridade. Quem está aposentado vai querer requerer 35% de reajuste no ganho de aposentadoria. O volume de categorias que já estão pedindo inclusão. Não sei em que orçamento cabe essa proposta", disse Wagner.

A proposta altera a Constituição para garantir aumento de 5% do salário para as carreiras contempladas a cada cinco anos, até o limite de 35%. A atuação jurídica anterior dos servidores públicos -na advocacia, por exemplo- poderá ser usada na contagem de tempo.
 

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