O vereador Paulo Siufi (PMDB), a menos de uma semana do pleito, ainda não decidiu se vai reassumir o mandato de vereador ou tomar posse como deputado estadual na Assembleia Legislativa. Siufi que é suplente do candidato a prefeito de Campo Grande, deputado estadual Marquinhos Trad (PSD) pode entrar no lugar do candidato se o mesmo ganhar as eleições no próximo domingo.
O vereador, que ficou aborrecido devido aos poucos votos e também por ter seus direitos políticos suspensos por oito anos pelo juiz David de Oliveira Gomes Filho, foi condenado a pagar 1 milhão de reais à Prefeitura da Capital. Isto porque ele é acusado de não ter cumprido as horas de trabalho estipuladas em contrato com o município.
Lotado no posto de saúde da região do distrito de Aguão, na Unidade Básica de Saúde da Família Manoel Cordeiro, Siufi atendia desde 1991 neste local e teria recebido sem trabalhar. Porém, ele afirma ter cumprido corretamente as horas contratadas como pediatra na rede pública.
O resultado das investigações do Ministério Público Estadual (MPE) indicou em 2013 que Siufi, nos últimos cinco anos de trabalho, cumpriu apenas um quarto da jornada de 20 horas semanais.
O combinado no contrato era que ele trabalhasse 6.360 horas, mas consta apenas registro de 1.152 horas de jornada. Em quatro anos, ele realizou 618 consultas, média de três por semana. Cada uma correspondia a R$ 361,50 por paciente.
O juiz da sentença, declarou a perda dos valores acrescidos ao patrimônio do vereador, correspondente a R$ 366.396,00, com juros de 1% ao mês mais a correção monetária pelo IGPM; suspensão dos direitos políticos por oito anos; pagamento de multa correspondente ao dobro do valor fixado para ser ressarcido (R$ 366.396,00) corrigido também pelo IGPM e juros de 1% mensais. O juiz também determinou a indisponibilidade de bens para assegurar a devolução aos cofres públicos.
Entretanto, Siufi não poderá se desfazer do patrimônio enquanto o processo não for encerrado. A defesa do vereador vai aguardar a notificação judicial para entrar com embargos de declaração na 2ª Vara dos Direitos Difusos e com recurso no Tribunal de Justiça do Estado. O parlamentar vai recorrer da decisão.