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Na Petrobras, Lula tenta blindar Dilma de ataques à estatal

Na Petrobras, Lula tenta blindar Dilma de ataques à estatal

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O ex-presidente Lula participou, nesta segunda-feira, de ato público no Rio em defesa da Petrobras e do pré-sal, organizado pela Central Única dos Trabalhadores. Na oportunidade, o petista criticou o que chamou de onda de denúncias e o excesso de pedidos de CPIs para investigar a maior empresa brasileira. Ao lado da sede administrativa da Petrobras, no centro da capital, Lula falou para uma multidão calculada em 10 mil pessoas: “Às vezes, acho que as pessoas pedem CPI para depois os empresários correrem atrás delas e elas achacarem empresários pedindo dinheiro para fazer eu não sei o quê”, disparou.

O ato serviu para tentar blindar a presidente Dilma Rousseff (PT), que tenta a reeleição, em quem a oposição e os adversários tentam colar as responsabilidades pelos desmandos e irregularidades na Petrobras. Num discurso duro e sempre no ataque, Lula criticou os que, segundo ele, querem manchar a imagem da empresa. O ex-presidente citou as denúncias que vieram à tona por meio do ex-diretor de abastecimento da estatal, Paulo Roberto Costa, preso na Operação Lava Jato.

Disse quem roubou ou “cometeu um erro qualquer” deve ser punido. “Os milhares de trabalhadores da empresa não podem ser confundidos com alguém que possa ter cometido um erro qualquer. Se alguém roubou, tem que ser investigado e julgado. E se for culpado, tem que ir para a cadeia”. Num discurso marcadamente nacionalista, disse que decidiu vestir uma blusa com a cor laranja, a mesma dos uniformes da empresa, para servir de exemplo a quem, por causa das denúncias, venha a ter vergonha da Petrobras. 

Marina no alvo
O ato também serviu para mandar recados à Marina Silva (PSB), principal adversária de Dilma. Sem citar o nome da ex-senadora e ex-petista afirmou: “Eu, se fosse a candidata que faz oposição à Dilma, proibiria seus economistas de falar, porque cada um que fala, fala mais bobagem que o outro. Ela vai acabar mostrando o que pode acontecer num programa de governo feito a quinhentas mãos”.

Aos aliados de Lula que marcaram presença num pequeno palco improvisado ao lado da sede da companhia, como o ex-presidente da Petrobras, José Eduardo Dutra, couberam as críticas mais duras e diretas à candidata do PSB. A todo momento, eles diziam que Marina quer interromper a exploração do pré-sal no Brasil, declaração que virou espécie de mantra da campanha de Dilma desde que a ex-senadora começou a subir nas pesquisas.

Em certo momento, sem citar nomes novamente, Lula voltou a atacar e a se dirigir a “eles”: “Quem é que não gosta de termos aprovado a partilha do petróleo do pré-sal? Quem é que está incomodado da gente criar uma empresa pública para tomar conta desse petróleo? Quem está contra termos aprovado 75% dos royalties para educação?”

Lula sendo Lula
Bastante rouco, muito suado e visivelmente abatido depois de caminhar sob um sol forte da Cinelândia até a sede da Petrobras, Lula discursou por cerca de vinte minutos e chegou a protagonizar momentos que tiraram aplausos da plateia. Num deles, bem a seu estilo, olhou para o alto do prédio da Petrobras, e se dirigiu a atual presidente, Graça Foster: “Nem sei se a companheira Graça está me ouvindo, ela tá tão longe, mas Graça, você não tem qualquer razão para não andar de cabeça erguida”.

Em outro momento tentou sensibilizar a plateia, ao dizer da emoção e do orgulho que sentiu quando, ainda presidente, foi informado pelo corpo técnico da empresa e pelo ex-presidente José Sérgio Gabrielli de que havia sido descoberto o pré-sal. “Entraram na sala com uns mapas coloridos na mão para me dizer que tinham encontrado. Fui para casa e conversando com a Marisa (Letícia, sua esposa) disse: ‘Marisa, não é possível que eu tenha nascido com ‘o negócio’ para a lua’”.

Economia
Depois de admitir que o PIB brasileiro poderia estar crescendo mais, Lula foi irônico ao mencionar a inflação: “Eu acho fantástico alguns especialistas falarem que a inflação está fora do controle. Estamos há onze anos mantendo a inflação dentro da meta”. Depois atacou os críticos da política econômica de Dilma: “eu vejo as pessoas atacarem a presidenta Dilma sem a desfaçatez de explicar como vão resolver”.

Sobrou também para os países desenvolvidos, como os que integram o G-20: “quando a crise era no Brasil, nos anos 80, na Bolívia ou no México, eles eram sabidos demais. Todo mundo dava palpite no Brasil”. Disse que depois que a crise chegou para eles, de repente, “não sabem nada”. “Poderiam pedir uma opiniãozinha pra gente, que a gente ajudava”, concluiu, com ironia.

Após o discurso, Lula participou de um abraço simbólico à sede da Petrobras. 

Campo Grande

Ademar Jr. vai assumir a Secretaria Municipal de Inovação e Desenvolvimento Econômico

A nomeação foi publicada, nesta quinta-feira (18) no Diogrande; Ademar esteve a frente de pastas estratégicas do governo de Mato Grosso Sul

18/04/2024 17h10

Com perfil técnico atuou em diversas pastas do governo do Estado Divulgação Funtrab

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O prefeita Adriane Lopes nomeou, na tarde desta quinta-feira (18), o médico-veterinário Ademar Silva Junior, para assumir o comando da Secretaria Municipal de Inovação e Desenvolvimento Econômico (Sidragro).

A nomeação foi publicada, nesta quinta-feira (18), no Diário Oficial de Campo Grande (Diogrande). Ademar assume a vaga de Adelaido Vila, que deixou a pasta para disputar uma cadeira na Câmara Municipal nas eleições deste ano. Vila, durante todo o período em que comandou a pasta, cumulou a o cargo de secretário com o de presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas de Campo Grande (CDL). 

Próximo à senadora Tereza Cristina (PP), foi convidado para auxiliar a equipe de transição de trabalho quando ela assumiu o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento do Brasil.

Ademar trabalhou com Tereza Cristina enquanto ela esteve a frente como secretária de Estado do Desenvolvimento Agrário, da Produção, da Indústria, do Comércio e do Turismo de MS (pasta que deu lugar para a Semadesc).

Experiente, Ademar Silva, atuou como secretário-adjunto da Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (Semadesc) e posteriormente assumiu como diretor-presidente da Fundação do Trabalho de Mato Grosso do Sul (Funtrab) no governo de Mato Grosso do Sul.

Além disso atuou como presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Mato Grosso do Sul (Famasul); superintendente de Indústria e Comércio e Turismo da Seprotur (hoje Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação); presidente do Conselho Curador da Fundação Educacional para o Desenvolvimento Rural (Funar); presidente do Conselho Administrativo do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar AR/MS); vice-presidente de Finanças da Confederação de Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA);  presidente da ANATER, contribuindo sobremaneira para o desenvolvimento sustentável do Estado sul-mato-grossense.

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Salários

Governo tenta barrar PEC que turbina salário de juízes em meio a greves

As estimativas iniciais do Ministério da Fazenda indicam impacto de R$ 42 bilhões por ano

18/04/2024 15h00

Proposta patrocinada pelo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), que garante 5% de aumento para juízes. Divulgação

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O governo federal se prepara para tentar barrar o avanço da proposta patrocinada pelo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), que garante 5% de aumento para juízes, promotores, delegados da Polícia Federal, defensores e advogados públicos.

A PEC (proposta de Emenda à Constituição) do Quinquênio foi aprovada nesta quarta (17) na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) do Senado e deve entrar na pauta de votações do plenário para as cinco sessões de discussão previstas em regimento.

O líder do governo no Congresso, senador Randolfe Rodrigues (sem partido-AP), afirmou nesta quinta (18) que o ministro Fernando Haddad (Fazenda) deve conversar com Pacheco quando voltar de Washington, nos Estados Unidos, onde participa de agendas do G20 e do Fundo Monetário Internacional.

"Não me parece adequado o Congresso sinalizar uma matéria para o topo da carreira do funcionalismo público enquanto não há proposta para os servidores. O governo tem feito um esforço fiscal em diferentes áreas. Vamos dialogar e pedir bom senso e reflexão do Congresso", disse.

Professores e servidores de instituições federais de ensino estão em greve desde segunda (15). Nesta quarta (17), os grevistas marcharam pela Esplanada dos Ministérios e fizeram um aulão em frente à sede do MEC (Ministério da Educação).

O avanço da PEC no Senado acendeu o alerta no governo. O líder do governo na Casa, Jaques Wagner (PT-BA), afirma que as estimativas iniciais do Ministério da Fazenda indicam impacto de R$ 42 bilhões por ano, a depender do número de carreiras e da extensão do penduricalho para aposentados.

A Afipea (Associação dos Funcionários do Ipea) estima que, com a inclusão de advogados, defensores públicos e delegados da PF, o impacto do quinquênio no caixa da União chegará a R$ 9,9 bilhões por ano.

"Não está claro na PEC o que vai acontecer com os aposentados. Até 2003 tinha paridade. Quem está aposentado vai querer requerer 35% de reajuste no ganho de aposentadoria. O volume de categorias que já estão pedindo inclusão. Não sei em que orçamento cabe essa proposta", disse Wagner.

A proposta altera a Constituição para garantir aumento de 5% do salário para as carreiras contempladas a cada cinco anos, até o limite de 35%. A atuação jurídica anterior dos servidores públicos -na advocacia, por exemplo- poderá ser usada na contagem de tempo.
 

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