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Mudança na exploração do pré-sal movimentará o Senado nesta semana

Mudança na exploração do pré-sal movimentará o Senado nesta semana

AGÊNCIA BRASIL

06/07/2015 - 05h00
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O projeto do senador José Serra (PSDB-SP) que trata de mudanças na participação da Petrobras no modelo de exploração do pré-sal deve provocar debates acalorados no plenário do Senado nesta semana. A matéria está pautada em regime de urgência, mas não há acordo para que ela seja votada.

O senador Walter Pinheiro (PT-BA) propôs um requerimento para a criação de uma comissão especial para discutir o assunto. O documento propõe que o projeto seja debatido durante três meses na comissão, quando os senadores terão condições de apresentar emendas e modificar o texto se desejarem.

O requerimento deverá ser protocolado na Mesa Diretora na próxima semana com a assinatura dos líderes dos partidos mais numerosos, como o do governo, Delcídio Amaral (PT-MS), do PMDB, Eunício Oliveira (CE), e do PSB, Lídice da Mata (BA).

“Nós vamos criar todo tipo de obstáculo para impedir que isso [a aprovação dos projetos] aconteça. Nós poderíamos até discutir uma alternativa, se tivéssemos mais tempo para discutir o assunto”, disse o líder do PT, Humberto Costa (PE).

Segundo ele, o governo trabalha contra qualquer proposta de mudança na prerrogativa da Petrobras de ser operadora dos poços do pré-sal e no modelo de partilha aprovado no novo marco regulatório do petróleo.

Outro projeto colocado junto ao de Serra determina um percentual mínimo a ser destinado à União na partilha do óleo resultante do pré-sal. “A não ser que a presidenta Dilma tenha mudado radicalmente de opinião, porque na última vez que eu a encontrei, ela disse que não tinha a menor possibilidade de isso ser votado agora com a anuência do governo”, disse Humberto Costa.

Líder do partido de Serra, o senador Cássio Cunha Lima (PSDB-PB) admite que será difícil que os projetos sejam votados na próxima semana. Na opinião dele, assuntos complexos como esse geralmente requerem mais debate e não deverá ser diferente com os dois projetos sobre o pré-sal. “É razoável que se tenha uma discussão maior sobre isso, desde que não seja uma manobra procrastinatória”, disse.

Além da resistência dos partidos governistas em votar o projeto, outros fatores devem contribuir para o adiamento da discussão sobre mudanças modelo de exploração do pré-sal. Duas medidas provisórias trancam a pauta do Senado e devem obrigatoriamente serem votadas antes de qualquer outra matéria.

Uma delas trata da política de reajuste do salário mínimo, na qual foi incluída emenda na Câmara dos Deputados estendendo os reajustes do mínimo aos aposentados. O líder do governo adiantou que a emenda não pode ser mantida pelos senadores, porque causaria forte impacto nas contas da Previdência.

Outro projeto na pauta do Senado é o que trata do reajuste para os servidores do Ministério Público Federal idêntico ao aprovado na última terça-feira (30) para os servidores do Judiciário – em média 59% de aumento nos salários.

Os sindicatos da categoria prometem fazer pressão no Senado, mas o governo é contra e tenta negociar uma contraproposta antes da votação. Segundo o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), não há chance de a proposta ser retirada de pauta por ele e, caso não haja acordo do governo com os servidores, a matéria será votada.

Outro tema que promete movimentar o Senado nesta semana é a reforma política. A comissão criada para analisar as proposições sobre esse assunto enviou um projeto de lei ao plenário tratando de mudanças nas coligações partidárias.

Esta semana a comissão vai analisar mais quatro propostas que tratam de cláusula de barreira para partidos pequenos e hipóteses para novas eleições em casos de cassação de registros e perda de mandato.

Há ainda a expectativa de instalação da Comissão Parlamentar de Inquérito que vai investigar denúncias de corrupção e irregularidades na Confederação Brasileira de Futebol (CBF). Na última semana o presidente Renan Calheiros intimou os partidos políticos a fazerem as indicações dos 11 membros que irão compor a CPI e, se isso não ocorrer, pode ele próprio fazer a indicação por ofício.

Campo Grande

Ademar Jr. vai assumir a Secretaria Municipal de Inovação e Desenvolvimento Econômico

A nomeação foi publicada, nesta quinta-feira (18) no Diogrande; Ademar esteve a frente de pastas estratégicas do governo de Mato Grosso Sul

18/04/2024 17h10

Com perfil técnico atuou em diversas pastas do governo do Estado Divulgação Funtrab

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O prefeita Adriane Lopes nomeou, na tarde desta quinta-feira (18), o médico-veterinário Ademar Silva Junior, para assumir o comando da Secretaria Municipal de Inovação e Desenvolvimento Econômico (Sidragro).

A nomeação foi publicada, nesta quinta-feira (18), no Diário Oficial de Campo Grande (Diogrande). Ademar assume a vaga de Adelaido Vila, que deixou a pasta para disputar uma cadeira na Câmara Municipal nas eleições deste ano. Vila, durante todo o período em que comandou a pasta, cumulou a o cargo de secretário com o de presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas de Campo Grande (CDL). 

Próximo à senadora Tereza Cristina (PP), foi convidado para auxiliar a equipe de transição de trabalho quando ela assumiu o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento do Brasil.

Ademar trabalhou com Tereza Cristina enquanto ela esteve a frente como secretária de Estado do Desenvolvimento Agrário, da Produção, da Indústria, do Comércio e do Turismo de MS (pasta que deu lugar para a Semadesc).

Experiente, Ademar Silva, atuou como secretário-adjunto da Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (Semadesc) e posteriormente assumiu como diretor-presidente da Fundação do Trabalho de Mato Grosso do Sul (Funtrab) no governo de Mato Grosso do Sul.

Além disso atuou como presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Mato Grosso do Sul (Famasul); superintendente de Indústria e Comércio e Turismo da Seprotur (hoje Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação); presidente do Conselho Curador da Fundação Educacional para o Desenvolvimento Rural (Funar); presidente do Conselho Administrativo do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar AR/MS); vice-presidente de Finanças da Confederação de Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA);  presidente da ANATER, contribuindo sobremaneira para o desenvolvimento sustentável do Estado sul-mato-grossense.

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Salários

Governo tenta barrar PEC que turbina salário de juízes em meio a greves

As estimativas iniciais do Ministério da Fazenda indicam impacto de R$ 42 bilhões por ano

18/04/2024 15h00

Proposta patrocinada pelo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), que garante 5% de aumento para juízes. Divulgação

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O governo federal se prepara para tentar barrar o avanço da proposta patrocinada pelo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), que garante 5% de aumento para juízes, promotores, delegados da Polícia Federal, defensores e advogados públicos.

A PEC (proposta de Emenda à Constituição) do Quinquênio foi aprovada nesta quarta (17) na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) do Senado e deve entrar na pauta de votações do plenário para as cinco sessões de discussão previstas em regimento.

O líder do governo no Congresso, senador Randolfe Rodrigues (sem partido-AP), afirmou nesta quinta (18) que o ministro Fernando Haddad (Fazenda) deve conversar com Pacheco quando voltar de Washington, nos Estados Unidos, onde participa de agendas do G20 e do Fundo Monetário Internacional.

"Não me parece adequado o Congresso sinalizar uma matéria para o topo da carreira do funcionalismo público enquanto não há proposta para os servidores. O governo tem feito um esforço fiscal em diferentes áreas. Vamos dialogar e pedir bom senso e reflexão do Congresso", disse.

Professores e servidores de instituições federais de ensino estão em greve desde segunda (15). Nesta quarta (17), os grevistas marcharam pela Esplanada dos Ministérios e fizeram um aulão em frente à sede do MEC (Ministério da Educação).

O avanço da PEC no Senado acendeu o alerta no governo. O líder do governo na Casa, Jaques Wagner (PT-BA), afirma que as estimativas iniciais do Ministério da Fazenda indicam impacto de R$ 42 bilhões por ano, a depender do número de carreiras e da extensão do penduricalho para aposentados.

A Afipea (Associação dos Funcionários do Ipea) estima que, com a inclusão de advogados, defensores públicos e delegados da PF, o impacto do quinquênio no caixa da União chegará a R$ 9,9 bilhões por ano.

"Não está claro na PEC o que vai acontecer com os aposentados. Até 2003 tinha paridade. Quem está aposentado vai querer requerer 35% de reajuste no ganho de aposentadoria. O volume de categorias que já estão pedindo inclusão. Não sei em que orçamento cabe essa proposta", disse Wagner.

A proposta altera a Constituição para garantir aumento de 5% do salário para as carreiras contempladas a cada cinco anos, até o limite de 35%. A atuação jurídica anterior dos servidores públicos -na advocacia, por exemplo- poderá ser usada na contagem de tempo.
 

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