Política

FOLIA E POLÍTICA

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Máscaras de Graça Foster são produzidas para o carnaval do Rio

Primeira leva com o rosto da executiva da Petrobras terá 300 exemplare

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A duas semanas do carnaval, a produção de máscaras com faces conhecidas da política brasileira já está a todo vapor. As ideias, importadas diretamente dos escândalos de corrupção, das Comissões Parlamentares de Inquérito e das operações com nomes inusitados, já começam a ser esculpidas nos moldes para montar os adereços que cobrirão os rostos dos foliões em fevereiro. Como não poderia deixar de ser, a máscara que deve ser tendência em 2015 é a que leva o rosto da atual presidente da Petrobrás Graça Foster, uma das investigadas na Operação Lava Jato.

Os funcionários da empresa Condal, tradicional na confecção de máscaras para o carnaval, já começam a enxergar a fisionomia de Graça Foster na escultura de argila que servirá de base para montar os enfeites. “Estamos trabalhando ainda na argila, primeiro fazemos uma escultura para tentar ser o mais fiel possível. Depois, vem os moldes de gesso e fibra plástica que servirão para fazer as máscaras nas máquinas”, explicou Olga Valle, dona da empresa.

A ideia, segundo ela, é produzir na primeira leva cerca de 300 exemplares com o rosto da executiva para a temporada de folia no Rio de Janeiro, o dobro do que costuma ser produzido inicialmente para outros modelos. “Geralmente produzimos de 100 a 150 para cada pessoa de início, mas no caso dela serão mais máscaras. Já temos um cliente que se interessou pela ideia e me disse que, caso eu produzisse máscaras da Graça Foster, ele estaria interessado em comprar para revender”, afirmou.

Segundo a Condal, a produção dessa primeira triagem deve durar entre 5 a 6 dias. Portanto, os interessados em adquirir devem esperar até a próxima quinta-feira, dia 5 de fevereiro, para começar a encontrar a reprodução do rosto de Graça Foster pelas lojas de varejo da cidade.

Na fábrica, que fica em São Gonçalo, Região Metropolitana, a produção de máscaras de outras personalidades já está adiantada. Os modelos da presidente Dilma e do Lula já são comuns entre os foliões, mas, esse ano, outros pedidos ocupam o tempo das artesãs, como máscaras dos ex-candidatos à presidência Eduardo Campos, Marina Silva e Aécio Neves. A demanda por adereços que lembrem o rosto do ex-tesoureiro do Governo Collor, PC Farias, também cresceu em 2015.

"O recorde que nós tivemos foi na época do mensalão, quando produzimos máscaras do Joaquim Barbosa [ex-Ministro do Supremo Tribunal Federal]. Foram, ao todo, cerca de 15 mil", afirmou.

Cautela com Cerveró

Outro integrante da cúpula da Petrobras que foi alvo de investigações ficou de fora de fora das homenagens carnavalescas deste ano. O rosto de Nestor Cerveró, ex-diretor da Área Internacional da Petrobrás, preso ao desembarcar no Brasil no dia 14 de janeiro, acusado de corrpução passiva e lavagem de dinheiro, não deve estampar as máscaras de carnaval, pelo menos as produzidas pela Condal.

“Os advogados do Cerveró nos procuraram para uma conversa informal. Não foi uma ameaça, mas quem avisa, amigo é”, disse Olga, em tom descontraído.

Apesar de leis que garantem a liberdade de expressão e podem qualificar esse tipo de trabalho como uma manifestação cultural, Olga prefere não arriscar. “Não chegamos a fazer nada, até porque o tempo é muito curto. A legislação é ambígua em relação ao direito de imagem. Somos uma empresa pequena, não temos condição de entrar em briga judicial”, argumentou.

SIDROLÂNDIA

Vereadores abrem comissão que pode cassar mandato de prefeita

Prefeita de Sidrolândia, Vanda Camilo é sogra do vereador Claudinho Serra, preso em operação do Gaeco

23/04/2024 13h00

Vanda Camilo é prefeita de Sidrolândia Foto: Marcelo Victor / Arquivo

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Vereadores da Câmara Municipal de Sidrolândia, aprovaram, na sessão desta terça-feira (23), a abertura de uma Comissão Processante para investigar a prefeita do município, Vanda Camillo (PP), por possíveis infrações político-administrativas.

Na denúncia apresentada na Casa de Leis, os parlamentares afirmam citam a operação desencadeada pelo  Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco), no dia 3 de abril, que apontou a existência de uma organização criminosa destinada a fraudar licitações para desviar dinheiro públicos em Sidrolândia, em esquema que funcionava desde 2017.

Na ocasião, foram cumpridos vários mandatos de prisão, entre eles contra o vereador de Campo Grande Claudinho Serra (PSDB), genro de Vanda Camilo.

A prefeita não estava entre os alvos do Gaeco, no entanto, pelo fato do esquema criminoso funcionar no Executivo Municipal, vereadores querem investigar se há conhecimento ou participação de Vanda na organização.

No requerimento para abertura da Comissão Processante, é citado que "é de conhecimento público as recentes denúncias de irregularidades que recaem sobre a administração municipal liderada pela prefeita Vanda. Tais denúncias levantam sérias questões sobre a conduta da chefe do Executivo Municipal e a questão dos recursos públicos e requer uma investigação detalhada".

Parlamentares também apontam que, mesmo após as prisões e constatação de envolvimento de empresas no esquema, a prefeita não rompeu contratos com as investigadas.

"Surge a preocupação sobre tais atividades ilícitas pudessem ocorrer sem o conhecimento da chefe do Executivo", diz a denúncia.

"Há indícios de desvio de recursos públicos e má gestão financeira por parte da prefeita, o que configura possível infração aos princípios da administração pública, suspeita de irregularidade em contratos firmados, o que demanda analise minuciosa", diz a denúncia lida em plenário.

Desta forma, por 12 votos a 1, os vereadores aprovaram a abertura da Comissão Processante para investigar a conduta da prefeita e, ao final, restando demonstrada a prática das infrações, a perda do mandato.

Denúncia do MP

O vereador Claudinho Serra e mais 21 pessoas foram denunciadas pelo Ministério Público (MPMS) pelos crimes de peculato, corrupção passiva, organização criminosa, fraude em licitações e concurso material de crimes. 

Conforme o Ministério Públicos, os denunciados faziam parte de uma organização criminosa destinada a fraudar licitações para desviar dinheiro públicos em Sidrolândia.

A organização era formada por agentes públicos e privados, destinada à obtenção de vantagens ilícitas decorrentes, principalmente, dos crimes de fraude ao caráter competitivo de inúmeros processos licitatórios e desvio de dinheiro público diante da não prestação ou não entrega do produto contratado.

"Um meio para isso foi a criação ou a utilização de pessoas jurídicas já existentes para a participação conjunta nos mesmos processos licitatórios, com o prévio incremento do objeto social sem, contudo, apresentarem qualquer tipo de experiência, estrutura e capacidade técnica para a execução dos serviços ou fornecimento dos bens contratados com o ente municipal", diz a denúncia.

Todos são apontados como integrantes do esquema criminoso, cada qual a seu modo e com estrutura ordenada, caracterizada pela divisão de tarefas.

Claudinho Serra era o chefe do esquema de corrupção na Prefeitura de Sidrolândia, de onde foi secretário municipal de Finanças, Tributação e Gestão Estratégica de Sidrolândia (Sefate) e é genro da prefeita Vanda Camilo (PP).

POLÍTICA

Campo Grande fica fora da lista durante visita de Bolsonaro a Mato Grosso do Sul

Ao lado de Gianni e Rodolfo Nogueira, ex-presidente confirmou que pousará seu avião em Ponta Porã, de onde seguirá rumo à Dourados entre os dias 14 e 15 de maio

23/04/2024 09h12

Vinda de Bolsonaro a Mato Grosso do Sul é esperada entre seus apoiadores desde o dia 24 de fevereiro Reprodução

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Esperado para a Exposição Agropecuária de Dourados, Jair Bolsonaro não passará por Campo Grande durante sua visita a Mato Grosso do Sul, entre os dias 14 e 15. 

O ex-presidente confirmou sua vinda, ao lado de Gianni e Rodolfo Nogueira, dizendo que seu avião pousará em Ponta Porã, de onde se dirige para Dourados. 

Confira abaixo a agenda confirmada pela assessoria do ex-presidente para o próximo mês: 

  • 03 e 04- Manaus/AM.
  • 07 e 08- Pará. 
  • 10 e 11- Minas Gerais
  • 14 e 15- Dourados/MS.
  • 17 e 18- Santa Maria/RS.

Cotada como pré-candidata a prefeita de Dourados pelo PL-Mulher, Gianni busca despontar na corrida pelo segundo maior colégio eleitoral de Mato Grosso do Sul. 

"É um convite de toda a bancada desse estado para nós fortalecermos os nossos laços, discutirmos política, conversar com o povo que é muito importante e vamos levando avante essa proposta de fazer um Brasil diferente e tendo um partido político com esse objetivo, temos quatro linhas, quatro palavras que nos marcam: Deus, pátria, família e liberdade, e a gente vai em frente, então até breve se Deus quiser aí em Ponta Porã pousando e aí em Dourados em um grande evento com esse casal aqui", destaca Jair Bolsonaro em sua fala. 

Visita prometida

A vinda de Bolsonaro a Mato Grosso do Sul é esperada entre seus apoiadores desde o dia 24 de fevereiro, quando a ex-primeira dama, Michelle Bolsonaro, esteve em Campo Grande para o encontro do PL Mulher na Capital. 

Na ocasião, enquanto Michelle ocupava o palco, o ex-mandatário apareceu por meio de uma "videoconferência", rememorando mais uma vez seus tempos como militar em Mato Grosso do Sul. 

"Esse estado que me acolheu por três anos lá em nossa querida Nioaque. Ela [Michelle] está presente aí não só levando o nome do Partido Liberal, bem como a importância das mulheres participarem da política, não por cotas, mas com vontade de ajudar o seu município, seu estado e seu País", argumentou. 

Esse evento em Campo Grande antecedeu o ato realizado no dia 25 de fevereiro na Avenida Paulista (SP), quando o ex-presidente. 
**(Colaborou Leo Ribeiro)

 

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