Política

MAIS DE R$ 79 MIL

Justiça encontra indícios de irregularidades em contas de vereador mais votado

Último dado divulgado indicou que policial federal gastou R$ 394 mil

RODOLFO CÉSAR

03/11/2016 - 16h40
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O juiz eleitoral de Campo Grande Wilson Leite Corrêa concluiu em análise à prestação de contas do vereador eleito André Luís Salineiro (PSDB) que há indícios de irregularidades envolvendo 14 doadores e o montante de pelo menos R$ 79,4 mil. A denúncia foi feita pelo Ministério Público Eleitoral depois de vencido o prazo para a prestação de contas final dos candidatos. A sentença foi dada em 31 de outubro.

O policial federal declarou em 28 de outubro que gastou em sua campanha R$ 394.068,00, sendo que desses valores R$ 337.898 foram doados por pessoas físicas. Outras quantias tiveram origem em recursos próprios, doação de candidatos, doação de partido e recursos estimáveis. Ele foi o candidato mais votado para o cargo na Câmara, com 8.776 votos.

A Justiça Eleitoral indicou suspeita de que houve doadores com renda incompatível ao valor doado, relacionando três pessoas que não tiveram renda declarada nos 60 dias que antecederam a doação. Não foram divulgados os valores.

Outra apuração é de pessoas físicas extrapolando o limite legal de doação. Um caso foi de R$ 20 mil e o outro, R$ 4 mil.

O mesmo conferimento também indicou indício de empresas que receberam recursos da administração pública e podem, indiretamente, ter repassado dinheiro para a campanha de André Salineiro. Neste caso, nove pessoas foram notificadas e magistrado ainda requisitou à Secretaria da Receita Federal o valor dos rendimentos deles. Os valores ligados a esse tipo de doação variaram entre R$ 1 mil a R$ 20 mil.

Todos os 14 doadores serão notificados e terão 72 horas, a partir da notificação, para explicarem a origem do dinheiro e dar detalhes no processo. "Determino a notificação de tais doadores para, no prazo de 72 horas, comprovarem a origem dos valores, inclusive com extratos bancários para tanto", escreveu o juiz em seu despacho.

As regras que regem o financiamento de campanha são a resolução 23.463/16 e a instrução normativa 18/TSE.

A reportagem tentou contato com André Salineiro na Superintendência da Polícia Federal e pelo celular, mas ele não foi localizado até o horário desta publicação.

POLÍTICA

Carla Zambelli renuncia ao mandato após STF determinar que suplente assumisse

A renúncia da deputada foi anunciada antes mesmo da Câmara cumprir a nova determinação do Supremo Tribunal Federal.

14/12/2025 15h00

Deputada Federal Carla Zambelli

Deputada Federal Carla Zambelli Divulgação

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Na tarde deste domingo (14), o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), informou que a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) renunciou ao cargo parlamentar. A decisão foi tomada após uma determinação do Supremo Tribunal Federal (STF) para que o suplente, Adilson Barroso (PL-SP),  assumisse o cargo em até 48 horas.

Em nota, a Câmara informou que a deputada comunicou à Secretaria-Geral da Mesa a sua renúncia. "Em decorrência disso, o presidente da Câmara dos Deputados determinou a convocação do suplente, deputado Adilson Barroso (PL-SP), para tomar posse", informou a Casa em nota.

Em maio, Zambelli foi condenada pela Corte a dez anos de prisão e à perda do mandato por envolvimento na invasão cibernética ao sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), feita pelo hacker Walter Delgatti Neto. O caso dela transitou em julgado, sem mais chances de recursos, em junho. 

A decisão foi levada para análise do plenário da Câmara. Na madrugada de quinta-feira (11), foram 227 votos a favor da cassação do mandato de Zambelli contra 170 votos pela manutenção. Eram necessários 257 para que ela perdesse o cargo.

Porém, na sexta-feira (12), o STF anulou a deliberação da Câmara e determinou a perda imediata do mandato. A Corte apontou que a votação violava a Constituição no dispositivo que impõe perda de mandato nos casos de condenação com trânsito em julgado.

Estratégia

A renúncia da deputada foi anunciada antes mesmo da Câmara cumprir a nova determinação do Supremo Tribunal Federal. Segundo aliados de Zambelli, seria uma estratégia para preservar os direitos políticos dela.

“Ao renunciar antes da conclusão da cassação, preserva direitos políticos, amplia possibilidades de defesa e evita os efeitos mais graves de um julgamento claramente politizado”, afirmou o deputado Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), líder do PL na Câmara.

Carla Zambelli está presa na Itália, desde julho deste ano, depois de fugir do Brasil em decorrência do trânsito em julgado do processo no STF. O Supremo aguarda a extradição.

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Moraes autoriza Bolsonaro a ser submetido a ultrassom na prisão

Exame será feito com equipamento portátil nas regiões inguinais

14/12/2025 11h30

Alexandre de Moraes aceitou o pedido da defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro para realização de um exame de ultrassonografia dentro da prisão

Alexandre de Moraes aceitou o pedido da defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro para realização de um exame de ultrassonografia dentro da prisão Foto: Reprodução

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O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), aceitou o pedido da defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro para realização de um exame de ultrassonografia dentro da prisão. A decisão foi proferida na noite deste sábado (13).

Bolsonaro está preso em uma sala da Superintendência da Polícia Federal (PF), em Brasília, onde cumpre pena de 27 anos e três meses de prisão pela condenação na ação penal da trama golpista.

“Diante do exposto, autorizo a realização do exame no local onde o condenado encontra-se custodiado, nos termos requeridos pela defesa. Dê-se ciência da presente decisão à Polícia Federal. Intimem-se os advogados regularmente constituídos”, decidiu o ministro.

O pedido de autorização foi feito na última quinta-feira (11) após Moraes determinar que Bolsonaro passe por uma perícia médica oficial, que deve ser feita pela própria PF, no prazo de 15 dias.

O exame será feito pelo médico Bruno Luís Barbosa Cherulli. O profissional fará o procedimento com um equipamento portátil de ultrassom, nas regiões inguinais direita e esquerda.

A defesa disse que a medida é necessária para atualizar os exames do ex-presidente. Ao determinar a perícia, Moraes disse que os exames apresentados por Bolsonaro para pedir autorização para fazer cirurgia e cumprir prisão domiciliar são antigos.

Na terça-feira (9), os advogados de Bolsonaro afirmaram que o ex-presidente apresentou piora no estado de saúde e pediram que ele seja levado imediatamente ao Hospital DF Star, em Brasília, para passar ser submetido a cirurgia.

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