Política

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Executivo que fez acordo de delação diz ter doado dinheiro ao PT; nome de Delcídio é citado

O partido do senador de MS teria recebido a maior quantia: R$ 2,56 milhões

BAND

30/10/2014 - 11h13
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Diretor da Toyo-Setal, Júlio Camargo, afirmou à Justiça que doou R$ 6,7 milhões a 13 partidos entre 2006 e 2014. O executivo é o primeiro das grandes empresas envolvidas no esquema de corrupção da Petrobras a fazer acordo de delação premiada - para reduzir a pena. Ele também se comprometeu em devolver R$ 40 milhões aos cofres públicos.   

As doações foram feitas pela Toyo-Setal, empresa que tem contratos de mais de R$ 4 bilhões com a estatal, e também por outras empresas das quais ele é sócio (Auguri, Piemonte e Treviso). A informação foi divulgada pela Folha de S. Paulo. O PT teria recebido a maior quantia: R$ 2,56 milhões, que equivalem a 38% do total. Foram beneficiados os senadores Marta Suplicy (SP), Lindbergh Farias (RJ) e Delcídio do Amaral (MS) e o deputado Adriano Diogo (SP). 

O PR seria o segundo na lista das doações: recebeu R$ 2,49 milhões, equivalente a 36,9% do total. A maior parte do dinheiro, R$ 2 milhões, teria sido destinada à campanha de José Arruda, candidato ao governo do Distrito Federal que desistiu de concorrer em setembro, após ser considerado ficha-suja pela Justiça.  O PMDB recebeu 7% dos desvios, R$ 475 mil. E partidos de oposição ao governo também foram citados pelo executivo: PSDB, PV e PPS. Os repasses foram feitos para a campanha de candidatos desses partidos. 

Segundo as investigações da operação Lava Jato, as empresas controladas por Júlio Camargo teriam depositado R$ 13,4 milhões à GFD Investimentos - empresa de fachada do doleiro Alberto Youssef, usada para receber os pagamentos de propina.   O doleiro e o ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa também fizeram acordo de delação premiada. Além de revelar detalhes do esquema, eles também vão devolver dinheiro aos cofres públicos. Youssef devolverá R$ 55 milhões e Costa R$ 70 milhões.  Em resposta às acusações, a assessoria do PT afirmou que as doeações ao partido são legais e declaradas à Justiça. O PR e a advogada de Júlio Camargo não quiseram se pronunciar. 

POLÍTICA

Carla Zambelli renuncia ao mandato após STF determinar que suplente assumisse

A renúncia da deputada foi anunciada antes mesmo da Câmara cumprir a nova determinação do Supremo Tribunal Federal.

14/12/2025 15h00

Deputada Federal Carla Zambelli

Deputada Federal Carla Zambelli Divulgação

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Na tarde deste domingo (14), o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), informou que a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) renunciou ao cargo parlamentar. A decisão foi tomada após uma determinação do Supremo Tribunal Federal (STF) para que o suplente, Adilson Barroso (PL-SP),  assumisse o cargo em até 48 horas.

Em nota, a Câmara informou que a deputada comunicou à Secretaria-Geral da Mesa a sua renúncia. "Em decorrência disso, o presidente da Câmara dos Deputados determinou a convocação do suplente, deputado Adilson Barroso (PL-SP), para tomar posse", informou a Casa em nota.

Em maio, Zambelli foi condenada pela Corte a dez anos de prisão e à perda do mandato por envolvimento na invasão cibernética ao sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), feita pelo hacker Walter Delgatti Neto. O caso dela transitou em julgado, sem mais chances de recursos, em junho. 

A decisão foi levada para análise do plenário da Câmara. Na madrugada de quinta-feira (11), foram 227 votos a favor da cassação do mandato de Zambelli contra 170 votos pela manutenção. Eram necessários 257 para que ela perdesse o cargo.

Porém, na sexta-feira (12), o STF anulou a deliberação da Câmara e determinou a perda imediata do mandato. A Corte apontou que a votação violava a Constituição no dispositivo que impõe perda de mandato nos casos de condenação com trânsito em julgado.

Estratégia

A renúncia da deputada foi anunciada antes mesmo da Câmara cumprir a nova determinação do Supremo Tribunal Federal. Segundo aliados de Zambelli, seria uma estratégia para preservar os direitos políticos dela.

“Ao renunciar antes da conclusão da cassação, preserva direitos políticos, amplia possibilidades de defesa e evita os efeitos mais graves de um julgamento claramente politizado”, afirmou o deputado Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), líder do PL na Câmara.

Carla Zambelli está presa na Itália, desde julho deste ano, depois de fugir do Brasil em decorrência do trânsito em julgado do processo no STF. O Supremo aguarda a extradição.

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Moraes autoriza Bolsonaro a ser submetido a ultrassom na prisão

Exame será feito com equipamento portátil nas regiões inguinais

14/12/2025 11h30

Alexandre de Moraes aceitou o pedido da defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro para realização de um exame de ultrassonografia dentro da prisão

Alexandre de Moraes aceitou o pedido da defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro para realização de um exame de ultrassonografia dentro da prisão Foto: Reprodução

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O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), aceitou o pedido da defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro para realização de um exame de ultrassonografia dentro da prisão. A decisão foi proferida na noite deste sábado (13).

Bolsonaro está preso em uma sala da Superintendência da Polícia Federal (PF), em Brasília, onde cumpre pena de 27 anos e três meses de prisão pela condenação na ação penal da trama golpista.

“Diante do exposto, autorizo a realização do exame no local onde o condenado encontra-se custodiado, nos termos requeridos pela defesa. Dê-se ciência da presente decisão à Polícia Federal. Intimem-se os advogados regularmente constituídos”, decidiu o ministro.

O pedido de autorização foi feito na última quinta-feira (11) após Moraes determinar que Bolsonaro passe por uma perícia médica oficial, que deve ser feita pela própria PF, no prazo de 15 dias.

O exame será feito pelo médico Bruno Luís Barbosa Cherulli. O profissional fará o procedimento com um equipamento portátil de ultrassom, nas regiões inguinais direita e esquerda.

A defesa disse que a medida é necessária para atualizar os exames do ex-presidente. Ao determinar a perícia, Moraes disse que os exames apresentados por Bolsonaro para pedir autorização para fazer cirurgia e cumprir prisão domiciliar são antigos.

Na terça-feira (9), os advogados de Bolsonaro afirmaram que o ex-presidente apresentou piora no estado de saúde e pediram que ele seja levado imediatamente ao Hospital DF Star, em Brasília, para passar ser submetido a cirurgia.

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