Política

ELEIÇÕES 2014

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Em São João Del Rei, Aécio visita túmulo do avô Tancredo e encerra campanha

Ele agradeceu o apoio e disse que já se sente um vitorioso pela caminhada que fez

Redação

25/10/2014 - 16h30
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No último dia de campanha, o candidato do PSDB à Presidência, Aécio Neves, visitou hoje (25) túmulo de seu avô materno, o ex-presidente Tancredo Neves, na Igreja de São Francisco de Assis, em São João Del Rei. Antes, acompanhado da esposa e dos dois filhos bebês, o candidato concedeu entrevista à imprensa na casa onde Tancredo morou. Ele agradeceu o apoio de eleitores nos últimos meses e disse que já se sente um vitorioso pela caminhada que fez.

“Encerro essa caminhada onde tudo começou para mim: em São João Del Rei, na casa do meu avô, e trazendo, depois de 30 anos, os mesmos valores com os quais comecei essa caminhada. A mesma fé cristã que sempre me acompanhou e a mesma confiança de que a política feita com dignidade, com responsabilidade, com amor ao próximo, é uma atividade extremamente digna e insubstituível”, disse.

Aécio voltou a dizer que tem confiança na vitória. “Estamos prontos para vencer as eleições e dar ao Brasil um governo decente, um governo honrado, um governo generoso, um governo que não trate o adversário como um inimigo a ser abatido a qualquer custo.”

O candidato disse que amanhã (26) aguardará o resultado com “muita serenidade” ao lado da família, em Belo Horizonte. Em relação às pesquisas eleitorais, que deram resultados bem diferentes, Aécio disse que os institutos “vão ter que se reciclar, vão ter que tentar compreender internamente o que aconteceu, porque os erros foram grosseiros em todo o primeiro turno, até para se qualificar um pouco mais para as outras eleições”.

Aécio disse que não se desesperou quando as pesquisas o colocaram atrás de sua adversária nem se iludiu quando o colocaram à frente, mas se mostrou otimista. “O que eu chego é vivo, porque tenho uma pesquisa muito própria, que é o que eu estou vendo pelo Brasil. Eu não tenho um instituto, mas tenho a percepção, a sensibilidade para saber que estamos vencendo. Estamos crescendo em todas as regiões do Brasil. E acho que podemos vencer com uma margem surpreendente.”

O candidato ressaltou que a morte de Eduardo Campos, que concorria à Presidência pelo PSB no primeiro turno, foi o pior momento da campanha. “Era óbvio que eu transferisse para mim também a possibilidade daquela tragédia”, disse, ao acrescentar que demorou um tempo para se recuperar e teve de ficar firme para mostrar a mesma determinação.

Aécio também agradeceu o apoio de Marina Silva, a quem chamou de “amiga”, e Renata Campos, viúva de Eduardo, que declararam apoio ao tucano no segundo turno. Quanto ao ataque à sede da Editora Abril, que teve a faixada depredada na noite de ontem, o candidato os chamou de “atentado contra a democracia e a liberdade e expressão” e “que deve receber o repúdio de todos os brasileiros da forma mais veemente possível”. Após o compromisso político em São João Del Rei, Aécio seguiu para Belo Horizonte, onde votará amanhã por volta das 10h. Ele não tem mais compromissos políticos hoje.

Política

Gonet defende extinção de queixa de Bolsonaro contra Lula por injúria e difamação

O argumento é que o petista tem imunidade referente ao cargo que ocupa

18/03/2024 21h00

Carlos Moura/SCO/STF

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O procurador-geral da República, Paulo Gonet, defendeu em manifestação na última sexta-feira (15) a extinção de queixa-crime movida no STF (Supremo Tribunal Federal) pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) contra Lula (PT) por suposta difamação e injúria. O argumento é que o petista tem imunidade referente ao cargo que ocupa.

Bolsonaro afirma que o petista cometeu os crimes ao sugerir durante discurso que o ex-presidente seria o verdadeiro dono de uma mansão na Califórnia (EUA) ligada ao tenente-coronel Mauro Cid, seu ex-ajudante de ordens e agora delator.

A petição de Bolsonaro foi apresentada ao STF em outubro do ano passado e, no início deste mês, o relator do caso, ministro Luiz Fux, pediu a manifestação da PGR sobre o assunto.

Em discurso feito em maio de 2023, durante cerimônia de assinatura do decreto de regulamentação da Lei Paulo Gustavo, Lula falava de corrupção no governo anterior quando acrescentou:

"Agora mesmo acabaram de descobrir uma casa, uma casa de US$ 8 milhões do ajudante de ordem do Bolsonaro. Certamente, uma casa de US$ 8 milhões não é para o ajudante de ordem; certamente, é para o paladino da discórdia; o paladino da ignorância; o paladino do negacionismo", disse o petista.

Na explicação dada pelos advogados de Bolsonaro ao STF, a mansão localizada no sul da Califórnia, comprada por US$ 1,7 milhão, está registrada em nome de Cid Family Trust, empresa de propriedade de Daniel Cid, irmão de Mauro Cid.

Os advogados afirmam que Daniel Cid tem "uma longa e consolidada carreira no setor de tecnologia e segurança digital na Califórnia, com a qual fez fortuna de maneira completamente lícita".

"O patrimônio de Daniel não foi construído subitamente, sendo calcado em um extenso histórico profissional que não guarda qualquer relação com seu irmão, Mauro Cid", continuam eles.

Bolsonaro afirma que a declaração de Lula foi leviana e falaciosa e, além de pedir a condenação por injúria e difamação, o ex-presidente cobra uma retratação pública, sob pena de multa.

Ao analisar a queixa-crime, o ministro Luiz Fux abriu prazo para manifestação da PGR, mas antecipou que o artigo 86 da Constituição Federal atribui imunidade processual temporária ao presidente da República durante o exercício do mandato, em relação a crimes comuns e sem relação com as funções no Planalto.

Gonet também citou o artigo e defendeu a extinção da queixa-crime "por ausência de condição de procedibilidade", em parecer assinado nesta sexta-feira (15).

Segundo o procurador-geral da República, não se trata de "irresponsabilidade penal", e sim de "imunidade temporária à persecução penal".

"As condutas narradas, por serem estranhas às suas funções, invocam a aplicação da imunidade constitucionalmente conferida ao presidente da República e impedem a instauração da ação penal, enquanto não cessar o respectivo mandato", escreve Gonet.

    

Política

Pedrossian Neto abandona sonho e menciona sentimento de traição após apoio de Nelsinho Trad ao PSDB

Até então pré-candidato pelo PSD, deputado estadual publicou nota após descobrir que o presidente estadual da sigla apoiaria outro partido

18/03/2024 17h50

Divulgação

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Após o presidente estadual do PSD, senador Nelsinho Trad, anunciar apoio ao PSDB para a disputa pela prefeitura de Campo Grande, o até então pré-candidato, deputado estadual Pedro Pedrossian Neto, publicou uma nota anunciando o adiamento do sonho de assumir a Prefeitura de Campo Grande e apontando traição à militância do partido.

Ao iniciar o texto, o deputado destaca que a política é feita de "sonhos e de lutas, de vitórias e de revezes", e relata que apresentou a pré-candidatura por acreditar que Campo Grande poderia ser "tratada com mais dignidade e respeito" e que ela "pudesse voltar a ser capital onde todos sentimos orulho de morar".

No entanto, nas palavras de Pedrossian Neto, "esse sonho terá que ser adiado diante dos últimos acontecimentos".

Isso porque Nelsinho Trad declarou apoio à pré-candidatura do deputado federal tucano Beto Pereira.

Segundo a nota, Pedrossian Neto ficou sabendo da mudança de apoio do partido através da imprensa, já que o Correio do Estado havia adiantado a composição no dia 11 deste mês.

"Fui surpreendido, pela imprensa, com declarações individuais e prematuras que, a revelia do que pensa e deseja a base do partido, inviabilizam na prática a construção de uma chapa majoritária própria", afirmou.

O deputado estadual declarou ainda que a falta de confiança no trabalho por parte do partido "trai" o sentimento de grande parte da militância. Confira:

"E pior: traem o sentimento da maioria de nossa militância, que acredita nesse projeto coletivo, que ganhava projeções de crescimento nas últimas pesquisas. Política, é bom lembrar, se faz com convencimento e com diálogo, não com imposições ou atos de força", diz texto.

A nota acrescenta ainda que o apoio de Pedrossian Neto e de seu grupo político a qualquer outro projeto eleitoral só será definido "após ouvida e consultada a vontade coletiva e soberana de nossos filiados".

Confira a nota na íntegra

"A política é feita de sonhos e de lutas, de vitórias e de revezes. 

Apresentei minha pré-candidatura a prefeito de Campo Grande por acreditar que a cidade que eu amo, o lugar onde eu nasci e onde crio meus filhos, poderia ser tratada com mais dignidade e respeito. E que sobretudo ela pudesse voltar a ser a capital onde todos sentimos orgulho de morar. 

Unifiquei o meu partido, o PSD, em torno desse projeto, buscando quadros novos, lideranças promissoras, gente que pudesse não apenas disputar e vencer eleições, mas sobretudo contribuir com a construção de uma cidade melhor. 

Esse sonho, no entanto, terá que ser adiado diante dos últimos acontecimentos. 

Fui surpreendido, pela imprensa, com declarações individuais e prematuras que, a revelia do que pensa e deseja a base do partido, inviabilizam na prática a construção de uma chapa majoritária própria. 

E pior: traem o sentimento da maioria de nossa militância, que acredita nesse projeto coletivo, que ganhava projeções de crescimento nas últimas pesquisas.

Política, é bom lembrar, se faz com convencimento e com diálogo, não com imposições ou atos de força.

Diante disso, nos termos do estatuto do partido, em obediência a lei eleitoral, e na qualidade de presidente municipal do PSD, afirmo que o apoio do deputado estadual Pedrossian Neto e de seu grupo político a qualquer outro projeto eleitoral somente será definido, em momento oportuno, após ouvida e consultada a vontade coletiva e soberana de nossos filiados. 

Ademais, temos uma chapa de pré-candidatos a vereador, com fortes lideranças em inúmeros segmentos, que precisa ser consultada e preservada. Política se faz coletivamente.

Manteremos o diálogo e as portas abertas, como sempre fizemos, com todos aqueles que saibam respeitar o partido e que partilhem de nossas visões e projetos para a nossa cidade. 

Pedrossian Neto,
Campo Grande, 18 de março de 2024."

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