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Doria intensifica agenda no Nordeste
e divide holofotes com Lula

Doria intensifica agenda no Nordeste
e divide holofotes com Lula

FOLHAPRESS

16/08/2017 - 23h00
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Na semana em que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) inicia uma caravana de ônibus pelos nove Estados do Nordeste, o prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB), intensificou sua agenda na região.

O prefeito paulistano, que foi recebido sob protestos e foi atingido por ovos em Salvador na semana passada, passou por Natal nesta quarta-feira (15) e tem eventos marcados em Fortaleza, Recife e Campina Grande (PB).

O Nordeste é o principal reduto eleitoral de Lula e sua principal aposta para alavancar a votação em 2018, caso seja candidato à Presidência. O petista é aliado de oito dos nove governadores da região.

A agenda de Doria inclui o recebimento de títulos de cidadania e encontros com entidades empresariais. Mas também tem sido turbinada pelo Lide (Grupo de Líderes Empresariais), entidade fundada pelo próprio Doria que tem unidades em 17 Estados.

ELEIÇÕES 2018

Na capital potiguar, onde recebeu o título de cidadão natalense, o prefeito negou estar em campanha e disse que "não é hora" de falar em eleições. "É cedo ainda para se falar de candidatura, nós estamos ainda na metade do ano".

Em Recife e Fortaleza, capitais que o prefeito vai visitar na sexta-feira (18), Doria será homenageado pelas seccionais locais do Lide.

"Achamos que a homenagem era oportuna já que o prefeito João Doria, em suas andanças pelo país, vem fazendo um esforço para nacionalizar o seu nome e a sua mensagem", afirma o presidente do Lide Pernambuco, Drayton Nejaim Filho.

O empresário, contudo, nega qualquer caráter eleitoral na visita. E diz que a entidade já recebeu nomes como a ex-senadora Marina Silva (Rede) e o deputado estadual Edílson Silva (PSOL) para debates políticos.

Doria ainda participará de um encontro com empresários do comércio em Campina Grande (PB) no 31 de agosto. Em setembro, vai a Maceió a convite do prefeito Rui Palmeira (PSDB).

A expectativa é que as visitas às cidades nordestinas sejam marcadas por protestos, como aconteceu em Salvador e em Natal.

Nesta quarta, Doria foi recebido por um grupo de 50 manifestantes na capital potiguar, que criticaram a concessão do título de cidadão ao tucano.

Os opositores também lembraram que a honraria a Doria foi proposta pelo vereador Raniere Barbosa (PDT), afastado do cargo há 23 dias por determinação da Justiça. Ele é investigado por desvio de R$ 22 milhões em recursos da prefeitura.

Para evitar um novo episódio de arremesso de ovos, o governo potiguar montou um esquema de segurança que incluiu 80 policiais militares. O ato aconteceu em um teatro dentro de um shopping, com acesso restrito ao público.

HONRARIA REJEITADA

Depois de receber títulos de cidadão em Salvador e Natal, Doria não teve a mesma sorte em Teresina, capital nordestina que é comandada por tucanos há 20 anos.

Na terça-feira (15), a Câmara Municipal rejeitou o projeto para concessão do título de cidadão teresinense para o prefeito paulistano. A cidade é governada pelo prefeito Firmino Filho (PSDB), que tem maioria na Câmara.
A proposta precisava do apoio de pelo menos 20 dos 29 vereadores, mas foi referendada por apenas 18. Oito vereadores votaram contra e três não compareceram à sessão.

A mesma Câmara de Teresina, em 2013, aprovou por unanimidade o título de cidadão ao ex-presidente Lula, que recebeu a comenda em 2015.

O vereador Luis André de Arruda (PSL) diz que propôs o título a Doria pelos "revelantes serviços prestados à capital" piauiense. Como exemplo, ele citou um acordo de parceria com a gestão do prefeito Firmino Filho.

"Fiz o que pude para aprovação, mas não deu", diz vereador, que promete reapresentar a proposta de honraria no próximo ano.

Já o vereador Edilberto Borges (PT) diz que Doria nunca contribuiu para a cidade e não merece a homenagem: "Ele se apresenta como a novidade, como se fosse o Sassá Mutema, o Salvador da Pátria [se referindo a novela da Rede Globo, de 1989], mas fala do Nordeste de forma pejorativa".

Até mesmo a líder da maioria na Câmara, vereadora Graça Amorim (PMB), votou contra a concessão do título de cidadão. Antes do voto, ela justificou a posição criticando o prefeito paulistano.

"Aquela foto truculenta não sai de minha cabeça", disse, numa referência à ação da Prefeitura de São Paulo em que jatos de água molharam pertences dos moradores de rua.

Campo Grande

Ademar Jr. vai assumir a Secretaria Municipal de Inovação e Desenvolvimento Econômico

A nomeação foi publicada, nesta quinta-feira (18) no Diogrande; Ademar esteve a frente de pastas estratégicas do governo de Mato Grosso Sul

18/04/2024 17h10

Com perfil técnico atuou em diversas pastas do governo do Estado Divulgação Funtrab

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O prefeita Adriane Lopes nomeou, na tarde desta quinta-feira (18), o médico-veterinário Ademar Silva Junior, para assumir o comando da Secretaria Municipal de Inovação e Desenvolvimento Econômico (Sidragro).

A nomeação foi publicada, nesta quinta-feira (18), no Diário Oficial de Campo Grande (Diogrande). Ademar assume a vaga de Adelaido Vila, que deixou a pasta para disputar uma cadeira na Câmara Municipal nas eleições deste ano. Vila, durante todo o período em que comandou a pasta, cumulou a o cargo de secretário com o de presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas de Campo Grande (CDL). 

Próximo à senadora Tereza Cristina (PP), foi convidado para auxiliar a equipe de transição de trabalho quando ela assumiu o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento do Brasil.

Ademar trabalhou com Tereza Cristina enquanto ela esteve a frente como secretária de Estado do Desenvolvimento Agrário, da Produção, da Indústria, do Comércio e do Turismo de MS (pasta que deu lugar para a Semadesc).

Experiente, Ademar Silva, atuou como secretário-adjunto da Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (Semadesc) e posteriormente assumiu como diretor-presidente da Fundação do Trabalho de Mato Grosso do Sul (Funtrab) no governo de Mato Grosso do Sul.

Além disso atuou como presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Mato Grosso do Sul (Famasul); superintendente de Indústria e Comércio e Turismo da Seprotur (hoje Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação); presidente do Conselho Curador da Fundação Educacional para o Desenvolvimento Rural (Funar); presidente do Conselho Administrativo do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar AR/MS); vice-presidente de Finanças da Confederação de Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA);  presidente da ANATER, contribuindo sobremaneira para o desenvolvimento sustentável do Estado sul-mato-grossense.

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Salários

Governo tenta barrar PEC que turbina salário de juízes em meio a greves

As estimativas iniciais do Ministério da Fazenda indicam impacto de R$ 42 bilhões por ano

18/04/2024 15h00

Proposta patrocinada pelo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), que garante 5% de aumento para juízes. Divulgação

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O governo federal se prepara para tentar barrar o avanço da proposta patrocinada pelo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), que garante 5% de aumento para juízes, promotores, delegados da Polícia Federal, defensores e advogados públicos.

A PEC (proposta de Emenda à Constituição) do Quinquênio foi aprovada nesta quarta (17) na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) do Senado e deve entrar na pauta de votações do plenário para as cinco sessões de discussão previstas em regimento.

O líder do governo no Congresso, senador Randolfe Rodrigues (sem partido-AP), afirmou nesta quinta (18) que o ministro Fernando Haddad (Fazenda) deve conversar com Pacheco quando voltar de Washington, nos Estados Unidos, onde participa de agendas do G20 e do Fundo Monetário Internacional.

"Não me parece adequado o Congresso sinalizar uma matéria para o topo da carreira do funcionalismo público enquanto não há proposta para os servidores. O governo tem feito um esforço fiscal em diferentes áreas. Vamos dialogar e pedir bom senso e reflexão do Congresso", disse.

Professores e servidores de instituições federais de ensino estão em greve desde segunda (15). Nesta quarta (17), os grevistas marcharam pela Esplanada dos Ministérios e fizeram um aulão em frente à sede do MEC (Ministério da Educação).

O avanço da PEC no Senado acendeu o alerta no governo. O líder do governo na Casa, Jaques Wagner (PT-BA), afirma que as estimativas iniciais do Ministério da Fazenda indicam impacto de R$ 42 bilhões por ano, a depender do número de carreiras e da extensão do penduricalho para aposentados.

A Afipea (Associação dos Funcionários do Ipea) estima que, com a inclusão de advogados, defensores públicos e delegados da PF, o impacto do quinquênio no caixa da União chegará a R$ 9,9 bilhões por ano.

"Não está claro na PEC o que vai acontecer com os aposentados. Até 2003 tinha paridade. Quem está aposentado vai querer requerer 35% de reajuste no ganho de aposentadoria. O volume de categorias que já estão pedindo inclusão. Não sei em que orçamento cabe essa proposta", disse Wagner.

A proposta altera a Constituição para garantir aumento de 5% do salário para as carreiras contempladas a cada cinco anos, até o limite de 35%. A atuação jurídica anterior dos servidores públicos -na advocacia, por exemplo- poderá ser usada na contagem de tempo.
 

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