O senador Aécio Neves (PSDB), candidato à Presidência, afirmou neste domingo (19) que a admissão da presidente Dilma Rousseff de que houve desvio de verba na Petrobras é "um avanço" tardio.
"Reconheço que é um avanço a presidente pelo menos admitir que isso aconteceu. Talvez um pouco tarde, mas admissão é algo positivo", disse o senador, antes da caminhada na praia de Copacabana, zona sul do Rio.
O tucano, contudo, cobrou posicionamento de Dilma em relação a citações ao tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, no depoimento do ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa.
"Não vi até agora uma atitude da presidente em relação àquele denunciado pelo ex-diretor da Petrobras como receptor da parcela que caberia ao PT, que é seu tesoureiro", disse Aécio.
O candidato do PSDB lembrou a resistência de parlamentares do PT em criar uma CPI para investigar a corrupção na estatal.
"O discurso do PT era de que aquilo era um factóide. Não existia nada daquilo. Quantas vezes eu ouvi que o Aécio queria denegrir a imagem da Petrobras?"
Em entrevista à imprensa antes da caminhada, Aécio afirmou estar com a "alma leve" e pediu à presidente o fim de ataques pessoais entre os adversários.
"Quero fazer um convite à nossa adversária para que a gente possa debater propostas e falar do futuro do Brasil. Sou de uma escola política, como me ensinou meu avô [Tancredo Neves] que diz que quem deve brigar são as ideias, não as pessoas", afirmou o tucano.