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Deputada diz que se defenderá,
mas não recorrerá de expulsão

Tereza Cristina aguarda decisão para se definir por PSD, DEM ou PMDB

RODOLFO CÉSAR E TAVANE FERRARESI

16/10/2017 - 18h05
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A deputada Tereza Cristina assumiu que mantém conversas com PSD, partido do prefeito de Campo Grande Marcos Trad, PMDB e DEM, mas vai comparecer à reunião da Direção Nacional do PSB marcada para hoje para se defender. Ela já adiantou que não vai recorrer, caso seja expulsa.

O encontro está marcado para definir o futuro dela no partido, bem como do ministro de Minas e Energia, Fernando Coelho Filho (PE), e dos também deputados federais Danilo Forte (CE) e Fábio Garcia (MT).

Os deputados foram considerados como infiéis ao votarem pelo arquivamento da primeira denúncia contra o presidente Michel Temer. A orientação do partido era votar a favor da Procuradoria Geral da República (PGR).

Tereza Cristina afirmou que caso seja expulsa do partido também não vai recorrer. "Estou conversando com partidos que estão no centro e alinhado mais à direita, que é o pensamento do meu eleitor", reconheceu a deputada, que chegou a ser presidente do diretório estadual do PSB.

Ela é líder de bancada e por isso tem o poder de trocar até dois integrantes do partido na titularidade da Comissão de Constituição de Justiça (CCJ) da Câmara, que é responsável por votar o arquivamento ou não da nova denúncia contra Michel Temer. Essa análise vai começar a ser discutida na CCJ nesta terça-feira, a partir das 10h (horário de Brasília).

A situação dela no PSB é considerada atualmente como "insustentável" e hoje deve ser oficializada sua expulsão. 

Em julho, a Executiva de Mulheres do PSB exigiu a desfiliação da deputada. “Que a pessoa em questão tenha a dignidade de deixar o PSB, antecipando-se assim a mais essa situação de desmoralização pública”, reivindicaram as mulheres do Partido Socialista Brasileiro. 

Como Tereza Cristina permaneceu, o processo de expulsão partidária foi aberto pela Direção Nacional da sigla.

No mesmo mês, ela reuniu-se com Michel Temer em reunião secreta e recebeu o convite para ingressar no PMDB.

HISTÓRICO

Antes de ser filiada ao PSB, Tereza Cristina estava no PSDB, mas mantinha forte ligação com o PMDB de Mato Grosso do Sul. Essa relação era estreita por conta de André Puccinelli, que na época era governador do Estado.

Ela chegou a ser secretária estadual de Produção na gestão de André, mesmo filiada ao PSDB. A nomeação, na época, foi uma escolha pessoal de Puccinelli. Para eleição na Câmara, Tereza ainda recebeu ajuda do ex-governador.

Sobre o futuro, as conversas com o DEM estavam mais avançadas e as tratativas eram feitas com o colega da Câmara, Luiz Henrique Mandetta.

 

Comentário

Flávio Bolsonaro vota a favor da PEC das Drogas e ironiza: 'Homenagem à harmonia entre Poderes'

A PEC de autoria do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), estipula como crime tanto a posso como o porte de drogas

17/04/2024 21h00

Flávio e Eduardo Bolsonaro. Foto: Reprodução/Redes Sociais

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O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) disse que voto a favor da proposta de emenda à Constituição (PEC) que criminaliza a posse e o porte de qualquer quantidade de droga no País é "em homenagem à harmonia e independência entre os Poderes". Nesta terça-feira, 16, o Senado aprovou a PEC que vai na contramão da proposta do Supremo Tribunal Federal (STF) que julga processo que pode descriminalizar o porte de maconha para uso pessoal.

A PEC é uma resposta do Congresso ao julgamento ao STF que debate a legalidade do artigo nº 28 da Lei de Drogas, que determina a punição para o usuário de entorpecentes. Na regulamentação, não há uma definição sobre a quantidade de droga que deve diferenciar o uso do tráfico de drogas, o que provocou a discussão da Corte para a criação de um parâmetro que possa distinguir as ocorrências.

"Sei que está difícil gerar emprego nesse país, mas a gente não pode concordar em legitimar a profissão de ‘aviãozinho do tráfico’. Com esse parâmetro que parece que vai ser estabelecido pelo Supremo, vai ter uma esquadrinha do tráfico no Brasil inteiro, vários aviãozinho levando droga até o usuário final", ironizou o senador durante votação.

Flávio Bolsonaro apresentou as orientações do Partido Liberal (PL) que, segundo ele, é voto sim "a favor da vida". "O que eu não quero para minhas filhas, eu não obviamente não posso votar aqui para atingir os filhos dos outros. Em terceiro, o PL encaminha o voto sim em homenagem a um debate ponderado e justo. Não tem ninguém preso, nesse Brasil, por consumo de drogas".

A PEC de autoria do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), estipula como crime tanto a posso como o porte de drogas. O texto não faz diferenciação sobre quantidade. Desta forma, considera ato criminoso portar ou possuir qualquer quantidade de entorpecente.

O texto prevê a diferenciação entre quem apenas usa qualquer tipo de droga, incluindo a maconha, e quem trafica as substâncias, mas a diferenciação não descriminaliza o uso. A partir da distinção, são previstas penas diferentes: mais rigorosas para quem vende e mais brandas para o usuário, incluindo tratamento para os dependentes químicos e penas alternativas à prisão.

Campo Grande

Adriane Lopes não confirma apoio de Bolsonaro à sua pré-candidatura: "é um anseio nosso"

Atual prefeita, no PP, e ex-deputado Rafael Tavares, do PL, disputam apoio do ex-presidente nas eleições para prefeito da Capital

17/04/2024 20h14

Prefeita de Campo Grande, Adriane Lopes João Gabriel Vilalba

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A prefeita de Campo Grande, Adriane Lopes (PP), disse ao Correio do Estado que o apoio do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) à sua pré-candidatura à reeleição para o cargo que ocupa, ainda não está confirmada, mas que é um “anseio” dela e do partido que ela faz parte do quadro. 

Ao ser perguntada se ela acredita que contará com o apoio de Bolsonaro nestas eleições, que também é disputado por seu correligionário Rafael Tavares, ex-deputado estadual e também pré-candidato a prefeito, Adriane disse que o apoio do ex-presidente e do PL é uma construção. “Nós gostaríamos de caminhar juntos. Direita e centro-direita”, afirmou. 

Adriane também disse que a negociação pelo apoio da candidatura dela ocorre por meio das cúpulas partidárias. “O Ciro (Nogueira, presidente do PP), o Valdemar (da Costa Neto, presidente do PL) presidente do PL, tem conversado”, afirmou Adriane. 

Em Brasília, a Senadora Tereza Cristina (PP), tem atuado em favor da aliança entre PP e PL. Por outro lado, o ex-deputado estadual Rafael Tavares, cassado pela Justiça Eleitoral porque o partido pelo qual havia sido eleito, o PRTB, não cumpriu a cota feminina em 2022, também se coloca na disputa. Já até tirou foto com Bolsonaro em Brasília, e disse que no mês que vem, terá o posto confirmado pelo ex-presidente. 

Além de Adriane Lopes e Rafael Tavares, também disputa o apoio de Jair Bolsonaro o deputado estadual João Henrique Catan. Em meio a tudo isso, integrantes da direita e extrema direita tentam organizar apenas uma candidatura do bloco, pois temem que uma possível divisão dos votos, poderia deixar um dos candidatos, ou até todos eles, fora de um eventual segundo turno. 

Também se colocam como pré-candidatos à prefeitura o ex-prefeito e ex-governador, André Puccinelli (MDB), o deputado federal Beto Pereira (PSDB), a deputada federal Camila Jara (PT), a ex-deputada federal e superintendente da Sudeco, Rose Modesto (União Brasil), e nomes como o secretário de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Econômico, Jaime Verruck, recém filiado ao PSD, passaram a ser cogitados como pré-candidatos. 

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