Em reunião no bairro Serradinho, realizada na noite desse sábado (13) e que contou com a presença de 200 pessoas, o candidato ao Senado pela coligação “Novo Tempo”, Antonio João (PSD) disse estar “profundamente envergonhado” com as notícias de desvio de recursos da Petrobras praticadas por políticos ligados ao PT.
“Para mim hoje foi um dia triste porque essas denúncias são escabrosas. Não me orgulha em nada ver o senador Delcídio do PT envolvido nesse escândalo. Queria que esses recursos fossem destinados às pessoas que precisam”, ressaltou Antonio João.
Para o candidato, os bilhões desviados deveriam ter sido aplicados na construção e reforma de hospitais, escolas e na reestruturação das polícias, principalmente na polícia federal para que a segurança nas fronteiras do país aconteça de fato. “A administração pública tem que trabalhar com metas. Se eu fosse senador jamais concordaria com uma Copa do Mundo que gastou 40 bilhões de reais e não investiu em nenhum hospital”, disse.
Antonio João acredita que o fato de os candidatos da coligação Novo Tempo terem percorrido todo o Mato Grosso do Sul ouvindo a população sobre suas prioridades fará toda a diferença na administração de Reinaldo Azambuja, candidato ao governo pela coligação. “A saúde é a grande reivindicação. Depois vem a segurança, que está terrível e nos obriga a vivermos como presos dentro de casa. Estamos a mercê dos traficantes que tentam aliciar nossos filhos”, destacou.
A linha crítica sobre as denúncias de corrupção envolvendo a alta cúpula do governo federal também marcou os discursos do vereador João Rocha, do candidato a deputado federal Marcio Monteiro e do senador Ruben Figueiró, todos do PSDB. “Nossa democracia está correndo risco. Vamos limpar essa corrupção. Chega de viver em um país de faz de contas”, proclamou João Rocha.
Para Marcio Monteiro, é preciso prestar atenção nos candidatos ficha limpa e tirar do poder os políticos envolvidos nos escândalos do governo federal. “Estamos preparados para sermos intransigentes com essa laia de maus elementos que tem envergonhado cada um de nós”, afirmou.
Já o senador Ruben Figueiró, que levou seu apoio aos candidatos da coligação espera que o bom senso do eleitor se reflita nas urnas. “A minha expectativa é a de que vocês restabeleçam o prestigio do país e recoloquem o estado no rumo que todos almejamos. Tudo depende da nossa ação de cidadania”, afirmou.
Antonio João também abordou as questões da educação pública e da geração de empregos para os jovens. Ele destacou que é preciso batalhar por uma lei que obrigue as empresas que ganham incentivo fiscal a construir uma escola técnica para qualificar os jovens que residam na região onde a empresa for operar. “Hoje os jovens terminam o ensino médio e não tem qualificação. Quem não entra na faculdade fica sem emprego”, disse.
Ao defender o nome de Antonio João para o Senado, os demais candidatos da coligação ressaltaram a idoneidade e a postura crítica e corajosa em expor sempre suas ideias de forma clara e corajosa. “Antonio João não tem cabresto, não é capacho de ninguém e fala o que pensa. É de uma pessoa com esse perfil que precisamos para batalhar pelo nosso Estado em Brasília”, destacou João Rocha.
A preocupação em sempre defender o Estado e sua posição crítica são, na opinião de Marcio Monteiro, os principais pontos de Antonio João. “Ele é gente nossa, nascido aqui. Sua historia se confunde com a de Mato Grosso do Sul. Mas o principal é que ele é um homem corajoso, de opinião e estamos precisando de uma pessoa com esse perfil para nos defender em Brasília”, acredita.
Entre os presentes na reunião, os elogios quanto a conduta crítica de Antonio João foram unânimes. “Muitos passaram a vê-lo com outros olhos. Os programas de TV ajudaram a mostrar a pessoa verdadeira que ele é”, afirma a dona de casa Rosalina Lopes.
Para o professor José Alberto Andrade, a preocupação em defender o Estado é a responsável pelo caráter polêmico de Antonio João. “Ele defende nossa história e muita gente não entende isso. Essa é sua marca e não pode ser mudada. É o que garante ele ser verdadeiro”, finaliza.