Política

ELEIÇÕES 2014

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"Denúncias sobre corrupção na Petrobras são vergonhosas", diz Antonio João

Para o candidato, os bilhões desviados deveriam ter sido aplicados em obras para a população

DA REDAÇÃO

14/09/2014 - 16h48
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Em reunião no bairro Serradinho, realizada na noite desse sábado (13) e que contou com a presença de 200 pessoas, o candidato ao Senado pela coligação “Novo Tempo”, Antonio João (PSD) disse estar “profundamente envergonhado” com as notícias de desvio de recursos da Petrobras praticadas por políticos ligados ao PT. 

“Para mim hoje foi um dia triste porque essas denúncias são escabrosas. Não me orgulha em nada ver o senador Delcídio do PT envolvido nesse escândalo. Queria que esses recursos fossem destinados às pessoas que precisam”, ressaltou Antonio João.

Para o candidato, os bilhões desviados deveriam ter sido aplicados na construção e reforma de hospitais, escolas e na reestruturação das polícias, principalmente na polícia federal para que a segurança nas fronteiras do país aconteça de fato. “A administração pública tem que trabalhar com metas. Se eu fosse senador jamais concordaria com uma Copa do Mundo que gastou 40 bilhões de reais e não investiu em nenhum hospital”, disse.

Antonio João acredita que o fato de os candidatos da coligação Novo Tempo terem percorrido todo o Mato Grosso do Sul ouvindo a população sobre suas prioridades fará toda a diferença na administração de Reinaldo Azambuja, candidato ao governo pela coligação. “A saúde é a grande reivindicação. Depois vem a segurança, que está terrível e nos obriga a vivermos como presos dentro de casa. Estamos a mercê dos traficantes que tentam aliciar nossos filhos”, destacou.

A linha crítica sobre as denúncias de corrupção envolvendo a alta cúpula do governo federal também marcou os discursos do vereador João Rocha, do candidato a deputado federal Marcio Monteiro e do senador Ruben Figueiró, todos do PSDB. “Nossa democracia está correndo risco. Vamos limpar essa corrupção. Chega de viver em um país de faz de contas”, proclamou João Rocha.

Para Marcio Monteiro, é preciso prestar atenção nos candidatos ficha limpa e tirar do poder os políticos envolvidos nos escândalos do governo federal. “Estamos preparados para sermos intransigentes com essa laia de maus elementos que tem envergonhado cada um de nós”, afirmou.

Já o senador Ruben Figueiró, que levou seu apoio aos candidatos da coligação espera que o bom senso do eleitor se reflita nas urnas. “A minha expectativa é a de que vocês restabeleçam o prestigio do país e recoloquem o estado no rumo que todos almejamos. Tudo depende da nossa ação de cidadania”, afirmou.

Antonio João também abordou as questões da educação pública e da geração de empregos para os jovens.  Ele destacou que é preciso batalhar por uma lei que obrigue as empresas que ganham incentivo fiscal a construir uma escola técnica para qualificar os jovens que residam na região onde a empresa for operar.  “Hoje os jovens terminam o ensino médio e não tem qualificação. Quem não entra na faculdade fica sem emprego”, disse.

Ao defender o nome de Antonio João para o Senado, os demais candidatos da coligação ressaltaram a idoneidade e a postura crítica e corajosa em expor sempre suas ideias de forma clara e corajosa. “Antonio João não tem cabresto, não é capacho de ninguém e fala o que pensa. É de uma pessoa com esse perfil que precisamos para batalhar pelo nosso Estado em Brasília”, destacou João Rocha.

A preocupação em sempre defender o Estado e sua posição crítica são, na opinião de Marcio Monteiro, os principais pontos de Antonio João. “Ele é gente nossa, nascido aqui. Sua historia se confunde com a de Mato Grosso do Sul. Mas o principal é que ele é um homem corajoso, de opinião e estamos precisando de uma pessoa com esse perfil para nos defender em Brasília”, acredita.

Entre os presentes na reunião, os elogios quanto a conduta crítica de Antonio João foram unânimes. “Muitos passaram a vê-lo com outros olhos. Os programas de TV ajudaram a mostrar a pessoa verdadeira que ele é”, afirma a dona de casa Rosalina Lopes.

Para o professor José Alberto Andrade, a preocupação em defender o Estado é a responsável pelo caráter polêmico de Antonio João. “Ele defende nossa história e muita gente não entende isso. Essa é sua marca e não pode ser mudada. É o que garante ele ser verdadeiro”, finaliza.

SIDROLÂNDIA

Vereadores abrem comissão que pode cassar mandato de prefeita

Prefeita de Sidrolândia, Vanda Camilo é sogra do vereador Claudinho Serra, preso em operação do Gaeco

23/04/2024 13h00

Vanda Camilo é prefeita de Sidrolândia Foto: Marcelo Victor / Arquivo

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Vereadores da Câmara Municipal de Sidrolândia, aprovaram, na sessão desta terça-feira (23), a abertura de uma Comissão Processante para investigar a prefeita do município, Vanda Camillo (PP), por possíveis infrações político-administrativas.

Na denúncia apresentada na Casa de Leis, os parlamentares afirmam citam a operação desencadeada pelo  Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco), no dia 3 de abril, que apontou a existência de uma organização criminosa destinada a fraudar licitações para desviar dinheiro públicos em Sidrolândia, em esquema que funcionava desde 2017.

Na ocasião, foram cumpridos vários mandatos de prisão, entre eles contra o vereador de Campo Grande Claudinho Serra (PSDB), genro de Vanda Camilo.

A prefeita não estava entre os alvos do Gaeco, no entanto, pelo fato do esquema criminoso funcionar no Executivo Municipal, vereadores querem investigar se há conhecimento ou participação de Vanda na organização.

No requerimento para abertura da Comissão Processante, é citado que "é de conhecimento público as recentes denúncias de irregularidades que recaem sobre a administração municipal liderada pela prefeita Vanda. Tais denúncias levantam sérias questões sobre a conduta da chefe do Executivo Municipal e a questão dos recursos públicos e requer uma investigação detalhada".

Parlamentares também apontam que, mesmo após as prisões e constatação de envolvimento de empresas no esquema, a prefeita não rompeu contratos com as investigadas.

"Surge a preocupação sobre tais atividades ilícitas pudessem ocorrer sem o conhecimento da chefe do Executivo", diz a denúncia.

"Há indícios de desvio de recursos públicos e má gestão financeira por parte da prefeita, o que configura possível infração aos princípios da administração pública, suspeita de irregularidade em contratos firmados, o que demanda analise minuciosa", diz a denúncia lida em plenário.

Desta forma, por 12 votos a 1, os vereadores aprovaram a abertura da Comissão Processante para investigar a conduta da prefeita e, ao final, restando demonstrada a prática das infrações, a perda do mandato.

Denúncia do MP

O vereador Claudinho Serra e mais 21 pessoas foram denunciadas pelo Ministério Público (MPMS) pelos crimes de peculato, corrupção passiva, organização criminosa, fraude em licitações e concurso material de crimes. 

Conforme o Ministério Públicos, os denunciados faziam parte de uma organização criminosa destinada a fraudar licitações para desviar dinheiro públicos em Sidrolândia.

A organização era formada por agentes públicos e privados, destinada à obtenção de vantagens ilícitas decorrentes, principalmente, dos crimes de fraude ao caráter competitivo de inúmeros processos licitatórios e desvio de dinheiro público diante da não prestação ou não entrega do produto contratado.

"Um meio para isso foi a criação ou a utilização de pessoas jurídicas já existentes para a participação conjunta nos mesmos processos licitatórios, com o prévio incremento do objeto social sem, contudo, apresentarem qualquer tipo de experiência, estrutura e capacidade técnica para a execução dos serviços ou fornecimento dos bens contratados com o ente municipal", diz a denúncia.

Todos são apontados como integrantes do esquema criminoso, cada qual a seu modo e com estrutura ordenada, caracterizada pela divisão de tarefas.

Claudinho Serra era o chefe do esquema de corrupção na Prefeitura de Sidrolândia, de onde foi secretário municipal de Finanças, Tributação e Gestão Estratégica de Sidrolândia (Sefate) e é genro da prefeita Vanda Camilo (PP).

POLÍTICA

Campo Grande fica fora da lista durante visita de Bolsonaro a Mato Grosso do Sul

Ao lado de Gianni e Rodolfo Nogueira, ex-presidente confirmou que pousará seu avião em Ponta Porã, de onde seguirá rumo à Dourados entre os dias 14 e 15 de maio

23/04/2024 09h12

Vinda de Bolsonaro a Mato Grosso do Sul é esperada entre seus apoiadores desde o dia 24 de fevereiro Reprodução

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Esperado para a Exposição Agropecuária de Dourados, Jair Bolsonaro não passará por Campo Grande durante sua visita a Mato Grosso do Sul, entre os dias 14 e 15. 

O ex-presidente confirmou sua vinda, ao lado de Gianni e Rodolfo Nogueira, dizendo que seu avião pousará em Ponta Porã, de onde se dirige para Dourados. 

Confira abaixo a agenda confirmada pela assessoria do ex-presidente para o próximo mês: 

  • 03 e 04- Manaus/AM.
  • 07 e 08- Pará. 
  • 10 e 11- Minas Gerais
  • 14 e 15- Dourados/MS.
  • 17 e 18- Santa Maria/RS.

Cotada como pré-candidata a prefeita de Dourados pelo PL-Mulher, Gianni busca despontar na corrida pelo segundo maior colégio eleitoral de Mato Grosso do Sul. 

"É um convite de toda a bancada desse estado para nós fortalecermos os nossos laços, discutirmos política, conversar com o povo que é muito importante e vamos levando avante essa proposta de fazer um Brasil diferente e tendo um partido político com esse objetivo, temos quatro linhas, quatro palavras que nos marcam: Deus, pátria, família e liberdade, e a gente vai em frente, então até breve se Deus quiser aí em Ponta Porã pousando e aí em Dourados em um grande evento com esse casal aqui", destaca Jair Bolsonaro em sua fala. 

Visita prometida

A vinda de Bolsonaro a Mato Grosso do Sul é esperada entre seus apoiadores desde o dia 24 de fevereiro, quando a ex-primeira dama, Michelle Bolsonaro, esteve em Campo Grande para o encontro do PL Mulher na Capital. 

Na ocasião, enquanto Michelle ocupava o palco, o ex-mandatário apareceu por meio de uma "videoconferência", rememorando mais uma vez seus tempos como militar em Mato Grosso do Sul. 

"Esse estado que me acolheu por três anos lá em nossa querida Nioaque. Ela [Michelle] está presente aí não só levando o nome do Partido Liberal, bem como a importância das mulheres participarem da política, não por cotas, mas com vontade de ajudar o seu município, seu estado e seu País", argumentou. 

Esse evento em Campo Grande antecedeu o ato realizado no dia 25 de fevereiro na Avenida Paulista (SP), quando o ex-presidente. 
**(Colaborou Leo Ribeiro)

 

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