Nem o PMDB ou o PSDB devem ser o caminho natural da deputada federal Tereza Cristina (PSB-MS) com mudança de partido. O rumo dela pode ser o DEM ou PSD. Ela tem ligação muito forte politicamente com o ex-governador André Puccinelli, maior líder do PMDB. Nem por isso ingressou no partido com sua saída do ninho tucano. Ela foi acomodada no PSB dentro de acordo político para concorrer à vaga de deputada federal com apoio explícito de André. No partido com identidade socialista, Tereza Cristina ganhou projeção nacional, foi eleita líder de bancada e assumiu o comando da agremiação em Mato Grosso do Sul.
Mas acabou sendo destituída da presidência do partido no Estado depois de votar a favor da reforma trabalhista, contrariando a orientação da cúpula nacional. Ela encaminhou o voto da bancada pela rejeição da reforma, mas votou a favor. E sofreu retaliação por esta atitude com a sua deposição da presidência do partido. Tereza Cristina foi o centro da discussão da política em Brasília depois de receber a visita do presidente Michel Temer na semana passada e, logo em seguida, se encontrar com o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ). Ela está sendo assediada juntamente com os rebeldes do PSB para ingressarem no PMDB ou DEM.
Nem todos os rebeldes deverão seguir o mesmo caminho devido às peculiaridades regionais. Tereza Cristina já não entrou no PMDB para disputar as eleições de 2014 justamente por não encontrar espaço. O retorno ao PSDB seria improvável, também, para não ficar trocando cotoveladas com outros tucanos na disputa pela mesma área de atuação política.
*Leia a reportagem, de Adilson Trindade, na edição de hoje do Jornal Correio do Estado.