Em debate realizado nesta terça-feira (30), diante do questionamento feito pelo candidato Sidney Melo (PSOL), sobre inquérito no Supremo Tribunal Federal (STF), o senador Delcídio do Amaral (PT) afirmou: "Queria sugerir que todos (...) consultem o site do Congresso em Foco, que fala dos senadores que estão sendo investigados. Eu não estou nesta lista, apesar da pressão de algumas pessoas de Mato Grosso do Sul me incluir nesta lista".
No entanto, a mesma página da internet publicou nesta quarta (1º) uma matéria destacando que o senador é alvo de inquérito no STF por “crimes praticados contra a administração em geral” e justificando o porquê desta informação ter ficado de fora de levantamento publicado anteriormente.
“O inquérito contra Delcídio ficou de fora do levantamento publicado ontem (30) pelo Congresso em Foco porque o nome do senador não aparece no portal do Supremo, fonte do acompanhamento que este site faz regularmente das acusações criminais contra políticos. Na página do STF, há apenas as iniciais do parlamentar (D.A.G). O nome completo só foi publicado na edição do Diário da Justiça de 27 de setembro de 2013, conforme a reportagem pôde constatar após a publicação da lista de senadores com pendências na corte judicial máxima do país. Confirmada a existência do inquérito contra Delcídio, o seu nome foi incluído na lista divulgada terça-feira com a explicação de sua assessoria (...)”, explica o texto.
Conforme a publicação, o inquérito está em tramitação desde o final de setembro de 2013, sob a relatoria do ministro Luís Roberto Barroso, sob segredo de Justiça e parado desde agosto, com a Procuradoria-Geral da República. O Congresso Foco também citou o site da Veja na reportagem. “De acordo com o site da revista Veja, a investigação diz respeito às suspeitas de que Delcídio tenha colocado à venda posto de suplente em sua chapa ao Senado nas eleições de 2010 e cobrado comissão de empresas por emendas que conseguia aprovar”. Ainda na matéria do Congresso em Foco, consta que as suspeitas surgiram na Operação Uragano, da PF, que desmontou em 2010 máfia instalada na prefeitura de Dourados (MS).