A dez dias da eleição, pela primeira vez o senador Delcídio do Amaral (PT), candidato ao Governo de Mato Grosso do Sul, não teve como escapar de esclarecer publicamente o envolvimento na série de escândalos de corrupção na Petrobras denunciados pela mídia nacional. O petista, que até então se manifestava somente por meio de notas elaboradas por assessores de imprensa, foi acuado, ao vivo, pelos adversários no pleito durante debate realizado na noite de segunda-feira (22), pelo Midiamax e transmitido ao vivo pela TV Imaculada e sites locais.
Ele não conseguiu se esquivar de responder.
Principal rival de Delcídio, como mostram as pesquisas de intenção de voto, o deputado federal Reinaldo Azamuja (PSDB) foi incisivo e, por mais de uma vez, insistiu que o senador explicasse se fraudou, ou não, a CPI que investiga a compra da refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos, e que trouxe prejuízo bilionário para a Petrobras, ou o fato de o ex-diretor da estatal o ter citado como um dos políticos que recebeu dinheiro do esquema que teria desviado R$ 10 bilhões da empresa.
Delcidio tentou responder de forma genérica e, mais uma vez, não negou participação no esquema ou que é investigado pela Polícia Federal, mas, sem saída, rebateu as denúncias uma a uma.
Defesa de Bernal
Depois de romper as estreitas relações que mantinha com o ex-prefeito cassado de Campo Grande, o candidato ao Governo do Estado, Delcídio do Amaral (PT), demonstrou que sempre esteve ao lado de Alcides Bernal (PP), que nestas eleições disputa o Senado. Ele declarou apoio ao progressista, em detrimento do candidato que segue com ele na chapa do PT, Ricardo Ayache. Neste momento do pleito, Bernal está mais bem colocado nas pesquisas de intenção de voto do que o postulante petista.
A reportagem, de Zana Zaidan, está na edição de hoje (24) do jornal Correio do Estado.