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Comissão aprova fim de coligação e cláusula de barreira em proporcionais

Comissão aprova fim de coligação e cláusula de barreira em proporcionais

FOLHAPRESS

23/08/2017 - 22h00
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Uma das comissões que discutem a reforma política na Câmara aprovou nesta quarta-feira (23) o fim das coligações para eleições proporcionais, a cláusula de barreira e a criação de federações e subfederações de partidos.

O texto-base da deputada Shéridan (PSDB-RR) foi aprovado simbolicamente, com divergência apenas do PSOL.

A proposta já pode ser levada ao plenário da Câmara, onde tem de ser votada em dois turnos. Em seguida, o texto retorna ao Senado, de onde veio, já que sofreu alterações.

Os deputados da comissão aprovaram o fim das coligações já para as eleições proporcionais de 2018. O texto de Shéridan previa isso apenas para 2020, mas foi alterado por um destaque, aprovado por 18 a 11.

Shéridan admitiu ter flexibilizado as regras em seu relatório para atender os partidos nanicos. "Foi uma construção para compreender o maior número de partidos", afirmou a relatora.

Ela facilitou a existência dos chamados "nanicos", já que, com as alterações, a deputada ajudou esses partidos a acessar o dinheiro do fundo partidário e o tempo de propaganda gratuita no rádio e na TV.

Partidos com "afinidade ideológica e programática" poderão se unir em federações, com direito a acessar recursos do fundo partidário e tempo de rádio e televisão.

SUBFEDERAÇÃO

Foi aprovada a possibilidade de se fazer subfederações nos Estados com fins exclusivamente eleitorais, desde que se respeite o agrupamento feito em nível nacional.

Ou seja: se nacionalmente a federação for composta pelos partidos A, B, C e D, nos Estados, para as eleições, a federação pode ser formada, por exemplo, por A, C e D. No entanto, não pode ter no grupo estadual o partido E, que não está na federação nacional.

Como a subfederação vale apenas para as eleições, nas Assembleias Legislativas, A, B, C e D terão de atuar juntos.

Deputados do PMDB que eram contra a criação da subfederação foram enquadrados pelo partido. Eles haviam, inclusive, apresentado um destaque para retirar do relatório o trecho que trata do assunto.

"Entendo que é uma forma às avessas de se fazer uma coligação. Ocorre que a liderança do PMDB e as lideranças de vários partidos fizeram um acordo e nós tivemos que retirar o destaque. Como não vejo lógica, sou contra. Mas, nesta Casa, a gente constrói acordos, consensos. Se o consenso é este, tenho que aguentar minha ansiedade e tentar discutir a matéria em plenário", disse a deputada Laura Carneiro (PMDB-RJ).

Shéridan manteve a criação das federações e subfedrações em seu texto e negou que a novidade seja apenas uma maneira de manter as coligações sob outro nome.

"[A federação] estabelece condições. Hoje, se um cidadão registra um partido, a partir de amanhã ele já passa a receber o fundo partidário, a ter acesso ao tempo de rádio e TV. Estamos agora estabelecendo critérios para isso".

A federação é uma saída para salvar os partidos que não alcançarem os percentuais estabelecidos pela cláusula de desempenho.

Shéridan diminuiu o número mínimo de deputados que têm de ser eleitos para que se atinja a cláusula de desempenho.

FUNDO

Em 2018, terão acesso ao fundo partidário e à propaganda gratuita no rádio e na TV os partidos que obtiverem, nas eleições para a Câmara dos Deputados, 1,5% dos votos válidos em ao menos nove Estados, com um mínimo de 1% em cada Estado ou que tiverem elegido ao menos nove deputados em nove Estados.

Em 2022, o percentual sobe para 2% dos votos válidos em nove Estados com um mínimo de 1% em cada Estado ou 11 deputados eleitos em nove Estados. Antes, eram 12 deputados.

Em 2026, o percentual será de 2,5%, com 1,5% dos votos válidos em cada Estado ou 13 deputados eleitos em nove Estados. Antes, o partido precisava ter 15 deputados eleitos.

A partir de 2030, a cláusula de barreira fica da seguinte maneira: os partidos precisam atingir 3% dos votos válidos nas eleições para a Câmara dos Deputados em ano menos nove Estados, com um mínimo de 2% dos votos válidos em cada um desses Estados.

A outra possibilidade é eleger 15 deputados em nove Estados, número que, antes, era 18. No texto vindo do Senado, as regras eram mais duras para os nanicos.

Os partidos políticos precisariam, em 2022, de 3% dos votos válidos distribuídos por 14 Estados, com um mínimo de 2% dos votos válidos em cada um desses Estados. Em 2018, seriam 2% dos votos válidos em 14 Estados, com mínimo de 2% dos votos válidos em cada Unidade da Federação.

Em 2006, o STF (Supremo Tribunal Federal) derrubou a cláusula de barreira aprovada em 1995 e que seria aplicada pela primeira vez naquele ano.

A regra, derrubada por unanimidade dos presentes, estabelecia que os partidos que não tivessem 5% dos votos para deputados federal ficariam com dois minutos por semestre, em rede nacional de rádio e de TV, teriam de ratear com todos os demais partidos 1% dos cerca de R$ 120 milhões do fundo partidário da época. Além disso, os partidos pequenos não teriam direito a funcionamento parlamentar. Ou seja, seus deputados e senadores poderiam falar e votar no plenário, mas não teriam líderes e nem estrutura de liderança.

À época, o relator da matéria no STF, ministro Marco Aurélio Mello, considerou que a legislação provocaria o "massacre das minorias".

POLÍTICA

Campo Grande fica fora da lista durante visita de Bolsonaro a Mato Grosso do Sul

Ao lado de Gianni e Rodolfo Nogueira, ex-presidente confirmou que pousará seu avião em Ponta Porã, de onde seguirá rumo à Dourados entre os dias 14 e 15 de maio

23/04/2024 09h12

Vinda de Bolsonaro a Mato Grosso do Sul é esperada entre seus apoiadores desde o dia 24 de fevereiro Reprodução

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Esperado para a Exposição Agropecuária de Dourados, Jair Bolsonaro não passará por Campo Grande durante sua visita a Mato Grosso do Sul, entre os dias 14 e 15. 

O ex-presidente confirmou sua vinda, ao lado de Gianni e Rodolfo Nogueira, dizendo que seu avião pousará em Ponta Porã, de onde se dirige para Dourados. 

Confira abaixo a agenda confirmada pela assessoria do ex-presidente para o próximo mês: 

  • 03 e 04- Manaus/AM.
  • 07 e 08- Pará. 
  • 10 e 11- Minas Gerais
  • 14 e 15- Dourados/MS.
  • 17 e 18- Santa Maria/RS.

Cotada como pré-candidata a prefeita de Dourados pelo PL-Mulher, Gianni busca despontar na corrida pelo segundo maior colégio eleitoral de Mato Grosso do Sul. 

"É um convite de toda a bancada desse estado para nós fortalecermos os nossos laços, discutirmos política, conversar com o povo que é muito importante e vamos levando avante essa proposta de fazer um Brasil diferente e tendo um partido político com esse objetivo, temos quatro linhas, quatro palavras que nos marcam: Deus, pátria, família e liberdade, e a gente vai em frente, então até breve se Deus quiser aí em Ponta Porã pousando e aí em Dourados em um grande evento com esse casal aqui", destaca Jair Bolsonaro em sua fala. 

Visita prometida

A vinda de Bolsonaro a Mato Grosso do Sul é esperada entre seus apoiadores desde o dia 24 de fevereiro, quando a ex-primeira dama, Michelle Bolsonaro, esteve em Campo Grande para o encontro do PL Mulher na Capital. 

Na ocasião, enquanto Michelle ocupava o palco, o ex-mandatário apareceu por meio de uma "videoconferência", rememorando mais uma vez seus tempos como militar em Mato Grosso do Sul. 

"Esse estado que me acolheu por três anos lá em nossa querida Nioaque. Ela [Michelle] está presente aí não só levando o nome do Partido Liberal, bem como a importância das mulheres participarem da política, não por cotas, mas com vontade de ajudar o seu município, seu estado e seu País", argumentou. 

Esse evento em Campo Grande antecedeu o ato realizado no dia 25 de fevereiro na Avenida Paulista (SP), quando o ex-presidente. 
**(Colaborou Leo Ribeiro)

 

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CAMPO GRANDE

Rose garante que sua pré-candidatura é irreversível e vai deixar Sudeco dia 30

A ex-deputada federal também do acordo que fez com o ex-governador André Puccinelli para as eleições deste ano

23/04/2024 08h00

Rose Modesto (União Brasil) foi a quarta entrevistada pela parceria CBN com Correio do Estado Foto: Eduardo Miranda/Correio do Estado

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A ex-deputada federal Rose Modesto (União Brasil), que foi a quarta da série de entrevistas que a Rádio CBN Campo Grande e o Jornal Correio do Estado estão fazendo com seis pré-candidatos à prefeitura da Capital, reforçou, ontem, que sua pré-candidatura é irreversível, tanto que no próximo dia 30 de abril deixará o comando da Superintendência de Desenvolvimento do Centro-Oeste (Sudeco).

“Penso que seria bom a turma do ‘deixa disso’ nem tentar atuar dessa vez para fazer eu desistir da minha pré-candidatura, pois não vai dar certo. E não é por uma vaidade, não é por uma obsessão para ser prefeita de Campo Grande.

Eu sinceramente estou aqui, de verdade, com a missão que penso ser a que o eleitor espera.E eu sinto isso nas ruas, andando e, lógico, não é todo mundo, mas uma boa parte espera essa candidatura minha à prefeitura”, reforçou.

Ela argumentou que dessa vez, realmente, é uma decisão tomada. “Eu estou pronta e muito motivada. Tudo tem um tempo e me sinto muito mais preparada, inclusive, do que quando disputei a eleição para prefeita em 2016. Conheço Campo Grande, estudei muito a cidade ao longo desses últimos oito anos e as minhas experiências como gestora pública me deixaram motivada a encarar esse desafio”.

Rose completou que é uma “honra poder ser prefeita de uma cidade tão linda, mas é um desafio muito grande pegar essa cidade linda, mas tão judiada e precisando de cuidados em todas as áreas”.

“Por isso, a importância de alguém com experiência e com preparo. Vou escolher a melhor equipe pra poder fazer de Campo Grande uma cidade com mais oportunidades para todo mundo, quero resgatar o nosso orgulho”, afirmou.

POLARIZAÇÃO

Questionada sobre a polarização nacional entre direita, representada pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), e esquerda, do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), a pré-candidata garantiu que sempre foi e sempre será de centro. 

“Olha só, na eleição de 2022, nós tínhamos dois candidatos da direita no segundo turno e o Eduardo Riedel (PSDB) venceu. Ele ganhou porque compreendeu que, para vencer era importante fazer política com a direita e esquerda, mas sem abrir mão das bandeiras que defendia, independentemente se eram da esquerda ou da direita”, ressaltou.

A ex-deputada federal garantiu que sua vida pública sempre foi pautada nesse sentido.

“Fui eleita deputada federal, não tive o apoio do Bolsonaro, mas votei nas pautas da direita. Votei, por exemplo, pelo voto auditável, que é uma pauta de direita, como votei a favor do Vale Gás, que é da esquerda. Votei em ambos porque os dois interessavam a maioria da população, então, é dessa forma tem de fazer”, disse.

Segundo Rose Modesto, na questão de alianças políticas, não importa se é da esquerda, se é da direita, o que importa é que, ao longo dos 14 anos de vida pública, sempre foi a mesma.

“Uma mulher cristã e que defende as pautas de direita que são importantes para a cidade avançar e as da esquerda que são importantes no campo social, ajudando a transformar a vida de quem mais precisa”, afirmou.

“Hoje eu estou no governo federal, apesar de inclusive não ter apoiado o Lula, mesmo assim, ele me deu uma oportunidade de comandar a Sudeco. Fui indicada pelos governadores de Goiás, Ronaldo Caiado, do Mato Grosso, Mauro Mendes, e de Mato Grosso do Sul, Eduardo Riedel, mesmo tendo disputado a eleição contra ele. Entretanto, os três entenderam que o meu nome era importante para estar no governo federal. E é dessa forma que vou buscar as alianças, tanto no primeiro, quanto no segundo turno, para poder fazer de Campo Grande uma cidade melhor”, disse.
 

TRATO COM ANDRÉ

Ainda na entrevista, a pré-candidata foi questionada sobre o fato de o ex-governador André Puccinelli (MDB), que também é pré-candidato a prefeito da Capital, ter afirmado que ela não teria cumprido o combinado de que um apoiaria o outro que estivesse melhor nas pesquisas.

“Na verdade, eu tenho sempre um bom diálogo com toda a classe política e com o André não é diferente. E, em uma das reuniões que a gente teve, ele falou, ainda decidindo se seria ou não pré-candidato, que, quem estivesse melhor nas pesquisas, teria o apoio do outro. E aí é preciso entender o que é estar melhor, pois nem sempre quando você está com três, quatro, cinco ou seis pontos percentuais na frente, representa estar melhor”, detalhou.

Rose completou que pesquisas internas encomendadas pelo União Brasil mostraram que a rejeição dela era pequena, ou seja, que teria poder de crescimento nas intenções de votos.

“A capacidade de pessoas que podem votar em mim é maior do que o percentual de pessoas que poderiam votar no André. Então, na minha avaliação pessoal e técnica, acredito que estou melhor e, por isso, vou buscar o apoio dele”, garantiu.

 

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