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Coaf confirma recebimento de lista com 342 nomes relacionados ao HSBC na Suíça

Coaf confirma recebimento de lista com 342 nomes relacionados ao HSBC na Suíça

AGENCIA BRASIL

26/03/2015 - 20h00
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O Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) confirma que recebeu, em outubro do ano passado, uma lista do Consórcio Internacional de Jornalistas Investigativos (CIJI) com o nome de 342 pessoas que tiveram ou mantinham relacionamento financeiro com o Banco HSBC na Suíça.

Segundo o Coaf – unidade de inteligência financeira do Brasil – o cruzamento da lista com a base de dados do órgão identificou, em princípio, 60 nomes. “A maioria dos registros (70%) referem-se a comunicações automáticas provenientes do mercado segurador, comunicadas com base no enquadramento de contratação de seguros de danos por pessoas físicas com importância segurada cujo somatório, num mesmo ramo, seja igual ou superior a R$ 1 milhão”, informou hoje (26) a assessoria de imprensa do Ministério da Fazenda à Agência Brasil.

O Coaf explicou ainda que 15 das pessoas identificadas  constaram de relatórios de inteligência financeira, encaminhados anteriormente às autoridades competentes “para apurar, principalmente, indícios dos crimes de corrupção, tráfico de drogas e crimes fiscais”.

Já a Receita Federal, reafirma o conteúdo publicado em seu site, em 25 de fevereiro. A nota diz que prosseguem os procedimentos de pesquisa e investigação para a identificação de eventuais indícios da prática de ilícitos tributários por parte dos correntistas do banco, tanto os constantes da lista inicialmente obtida, em fevereiro, quanto os nomes divulgados hoje pela imprensa.

“A Receita Federal busca, entretanto, a obtenção de mais elementos que comprovem integralmente a autenticidade das informações”, destacou o órgão no comunicado oficial de fevereiro.

Em depoimento hoje (26) à CPI do HSBC, no Senado, o jornalista do portal Uol, Fernando Rodrigues, acusou o Coaf e a Receita Federal de omissão em relação a nomes compartilhados pelo CIJI. O grupo denunciou que mais de 8 mil correntistas brasileiros do banco, na Suíça, podem ter cometido crime de evasão fiscal, de 2005 a 2007, ao abastecerem as contas com recursos não declarados.

Política

Conservador pró-Trump preside comissão dos EUA que divulgou relatório sobre Moraes

Jim Jordan foi citado no relatório do 6 de janeiro e ajudou a fundar ala radical do Partido Republicano

19/04/2024 21h00

Ministro Alexandre de Moraes Reprodução

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O presidente da comissão responsável pela publicação do relatório com decisões sigilosas do ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), é aliado de Donald Trump e se define como "um dos membros mais conservadores" do Congresso dos Estados Unidos.

Jim Jordan é um deputado do Partido Republicano e preside a Comissão de Judiciário do Congresso. O grupo divulgou na última quarta-feira (17) um documento que afirma haver censura no Brasil.

A comissão foi criada em 1813 e é responsável por supervisionar o Departamento de Justiça norte-americano e avaliar propostas legislativas. Jordan a chefia desde o ano passado.

Natural de Ohio, tem 60 anos e estudou Economia na Universidade de Wisconsin. Lá foi campeão do torneio universitário de luta livre. É formado em Direito pela Universidade da Capital, em Columbus, Ohio, e mestre em Educação pela Universidade Estadual de Ohio.
Ele está no Congresso dos EUA desde 2007 e ajudou a fundar o Freedom Caucus, do qual foi o primeiro presidente. O grupo aglutina parlamentares da ala mais conservadora do Partido Republicano e tem posições mais à direita em temas como política fiscal e imigração.

Jordan é aliado de Donald Trump. O ex-presidente dos EUA lhe presenteou com a Medalha Presidencial da Liberdade em 2021 e o apoiou na campanha para a presidência da Câmara dos Representantes no ano passado.

Segundo o relatório da comissão responsável por investigar os atos do 6 de janeiro, quando apoiadores de Trump invadiram o Capitólio, sede do Legislativo americano, o parlamentar foi um "ator importante" para os planos do ex-presidente de reverter o resultado eleitoral que deu a vitória a Biden.
O relatório da comissão diz que o Brasil, via Judiciário, tenta forçar o X (ex-Twitter) e outras empresas de redes sociais a censurar mais de 300 perfis, incluindo o do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), do senador Marcos do Val (Podemos-ES) e do jornalista Paulo Figueiredo Filho.

A assessoria de imprensa do STF afirmou que o documento não traz as decisões fundamentadas que determinaram a retirada de conteúdos ou perfis, mas os ofícios enviados às plataformas para cumprimento delas. "Todas as decisões tomadas pelo STF são fundamentadas, como prevê a Constituição, e as partes têm acesso à fundamentação.

O relatório não fica restrito ao Brasil. O texto afirma que o presidente Joe Biden força empresas de redes sociais como o Facebook a censurar informações verdadeiras, memes e sátiras, de modo a levar a plataforma a mudar sua política de moderação de conteúdo.
 

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Moraes diz que Justiça está acostumada a combater 'mercantilistas estrangeiros' e 'políticos extremi

Fala ocorre em meio à união entre Bolsonaro e o bilionário Elon Musk nas críticas ao ministro

19/04/2024 19h00

Ministro Alexandre de Moraes Arquivo/

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O ministro Alexandre de Moraes, presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), afirmou nesta sexta-feira (19) que a Justiça Eleitoral está "acostumada a combater mercantilistas estrangeiros" e "políticos extremistas".

A fala é uma indireta a união entre o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e o bilionário Elon Musk, dono do X (ex-Twitter), nas críticas às decisões de Moraes sobre a retirada de conteúdos das redes sociais durante a campanha eleitoral de 2022.

"A Justiça Eleitoral brasileira está acostumada a combater mercantilistas estrangeiros que tratam o Brasil como colônia. A Justiça Eleitoral brasileira e o Poder Judiciário brasileiro estão acostumados a combater políticos extremistas e antidemocráticos que preferem se subjugar a interesses internacionais do que defender o desenvolvimento no Brasil" afirmou o ministro na cerimônia de assinatura dos planos de trabalho para a construção do Museu da Democracia da Justiça Eleitoral, no centro do Rio de Janeiro.

Na presença do governador Cláudio Castro (PL), aliado de Bolsonaro, Moraes afirmou que a Justiça Eleitoral "continuará defendendo a vontade do eleitor contra a manipulação do poder econômico das redes sociais, algumas delas que só pretendem o lucro e a exploração sem qualquer responsabilidade".

"Essa antiquíssima mentalidade mercantilista que une o abuso do poder econômico com o autoritarismo extremista de novos políticos volta a atacar a soberania do Brasil. Volta a atacar a Justiça Eleitoral com a união de irresponsáveis mercantilistas ligados às redes sociais com políticos brasileiros extremistas", disse o magistrado.

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