Política

DISPUTA ELEITORAL

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Candidatos da coligação Novo Tempo decretam
"Hora da Mudança"

Candidatos da coligação Novo Tempo decretam
"Hora da Mudança"

da redação

14/09/2014 - 17h22
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Emoção e discursos pontuados por críticas que destacaram as denúncias de corrupção na Petrobras marcaram a noite de ontem (13) no comitê do candidato ao governo Reinaldo Azambuja (PSDB). Participaram do encontro o candidato ao Senado Antonio João (PSD), além dos candidatos a deputado estadual Rinaldo Modesto (PSDB), a deputado federal Marcio Monteiro (PSDB) e a candidata a vice, professora Rose (PSDB). O vereador João Rocha (PSDB) também levou apoio ao grupo.

Falando para um público de mil pessoas, Antonio João se mostrou indignado com as denúncias reveladas pelo ex-diretor da Petrobras, Paulo Roberto Costa, que falou às revistas Veja sobre o esquema de corrupção montado na estatal que beneficiava com dinheiro de propinas, mais de cem políticos ligados ao governo federal.   

Batizado de Petrolão, o esquema já se tornou o maior escândalo da história recente da política brasileira. Um dos primeiros a falar, Antonio João disparou: “Roubaram a Petrobras tanto que quando viram que o dinheiro estava acabando decidiram fazer Copa e Olimpíadas para desviar mais recursos”, protestou.  

Antonio João diz que a gravidade das denúncias é tanta, que até mesmo os políticos ficha limpa sentiram vergonha ao ler as principais revistas e jornais do país neste fim-de-semana. “Sou patriota, assim como o povo, não agüento mais ver tanta malandragem”, ressaltou.

Para ele, este é o momento de propagar as propostas da coligação Novo Tempo e mostrar à população o empenho dos candidatos ficha limpa do grupo em transformar a política sul-mato-grossense. “Temos que ajudar o Marcio, o Rinaldo e principalmente o Aécio, que precisa ser eleito para arrumar esse país. Temos que lutar pelos nossos filhos e netos”, declarou.

Os demais candidatos seguiram o tom de protesto de Antonio João e fizeram um apelo aos participantes do encontro no sentido de levar, nesta reta final de campanha, as idéias de transformação e de uma nova política a todos os pontos da capital e do interior do Estado.

“Chegou a hora de refletir sobre todo esse cenário. Dá tempo de mudar essa historia, basta analisar o currículo dos nossos candidatos e procurar saber em quem vamos votar. Ninguém tem  levantado nada para falar da integridade, por exemplo, do nosso candidato a presidente, Aécio Neves”, disse Marcio Monteiro.

Fechando os discursos da noite, a candidata a vice ao governo do Estado, ao lado de Reinaldo Azambuja, a professora Rose Modesto destacou a postura crítica que Antonio João sempre adotou em sua carreira como jornalista. “Antonio João não faz parte de grupo nenhum, não depende da política para sobreviver. Esta é a prova de que ele realmente vai trabalhar pela população no Senado. Ele teve a coragem de enfrentar essa máquina poderosa com suas palavras”, afirmou.

Antes de encerrar, a candidata pediu atenção a compra de votos que costuma se configurar nos últimos vinte dias de campanha. “É uma estratégia de quem não tem a ficha limpa, de quem não tem um histórico político honesto. Peço que mantenham o engajamento com nosso grupo para que o projeto do Reinaldo seja vitorioso. 

Quem quer começar a limpar o país dessa classe política corrupta, começa observando o currículo dos candidatos e o nosso é o melhor. Aqui ninguém nunca se envolveu em escândalos nem respondeu processos”, enfatizou.

Rose Modesto também pediu para que a população não se deixe influenciar por pesquisar. “Confio apenas em um instituto, no Ipovo (fazendo alusão ao Ibope). E no dia 5 de outubro vamos mostrar que as pessoas estão cansadas de serem manipuladas por homens que infelizmente não deveriam estar representando as pessoas de bem”, finalizou.

 

CHIQUINHO-BRAZÃO

Processo de cassação de Chiquinho Brazão será instaurado na Câmara em abril

O presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL), e líderes partidários acordaram que não vai haver sessões na próxima semana

27/03/2024 15h00

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O pedido de cassação do deputado Chiquinho Brazão (União Brasil-RJ) apresentado pela bancada do PSOL já está no Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara, segundo o presidente do colegiado, Leur Lomanto Júnior (União Brasil-BA).

O deputado diz que o processo chegou no colegiado nesta quarta-feira (27) e que a ideia é que ele possa começar a ser analisado na segunda semana de abril, quando haverá novas sessões na Câmara.

O presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL), e líderes partidários acordaram que não vai haver sessões na próxima semana, por causa do prazo final da janela partidária (quando os vereadores que querem concorrer às eleições de 2024 podem trocar de partido).

"Como a semana que vem está prejudicada pelo prazo das filiações partidárias, os membros do conselho não estarão em Brasília. Então a reunião será feita na semana seguinte. Para instaurar o processo e o sorteio do relator", diz Lomanto Júnior.

Ele afirma que a matéria seguirá o trâmite normal, como todas as outras representações que são analisadas pelo colegiado. "Mas, obviamente, por envolver prisão de parlamentar tem que ter uma atenção maior", diz.

Brazão foi preso na manhã de domingo (24) sob suspeita de ser um dos mandantes do assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL). À noite, a executiva nacional da União Brasil determinou a expulsão do parlamentar do partido com o cancelamento de filiação partidária, numa decisão unânime entre os presentes.
A bancada do PSOL na Câmara protocolou a representação por quebra de decoro parlamentar na segunda (25).

"O autor intelectual da morte de Marielle Franco e Anderson Gomes não pode estar como representante da Câmara dos Deputados. Sua cassação é urgente e sua presença, uma vergonha para a Casa", diz o documento.

Os parlamentares afirmam também que Brazão "desonrou o cargo para o qual foi eleito, abusando das prerrogativas asseguradas para cometer as ilegalidades e irregularidades" expostas na representação.

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ELEIÇÕES 2024

PSD convida o vice-governador para se filiar e disputar prefeitura de Dourados

O senador Nelsinho Trad, presidente estadual do partido, confirmou as negociações com Barbosinha para a filiação

27/03/2024 08h00

O vice-governador Barbosinha, durante evento político no interior do Estado com o senador Nelsinho Trad Reprodução

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O vice-governador José Carlos Barbosa, mais conhecido como “Barbosinha”, deve trocar o PP pelo PSD para concorrer à prefeitura de Dourados nas eleições do próximo dia 6 de outubro.

A informação foi confirmada pelo senador Nelsinho Trad, presidente estadual do PSD, ao Correio do Estado, explicando que as negociações do partido com o vice-governador já estão bem adiantadas e podem ser concretizadas nos próximos dias.

“Sim, existe essa tratativa, que foi iniciada pelo deputado estadual Pedro Pedrossian Neto, mas, ainda não se concretizou, só se concretiza depois que o Barbosinha assinar a ficha de filiação ao PSD”, pontuou, explicando que o governador Eduardo Riedel (PSDB) está ciente do convite feito ao vice-governador.

O senador completou para o Correio do Estado que Barbosinha é um quadro importante para o PSD e para qualquer outro partido do Estado, pois se trata do vice-governador.

“Por onde ele passou sempre se destacou e fez um bom mandato, então, nada mais natural que o PSD fosse buscar a sua filiação”, ressaltou, completando que já comunicou sobre o convite o presidente nacional do partido, Gilberto Kassab. 

“Não tem como em uma situação dessa o presidente Kassab não estar participando das tratativas e de forma ativa no processo. Temos até o dia 6 de abril para fazer essa troca partidária e, até lá, vamos ter de aguardar a resposta do Barbosinha”, adiantou.

"Existe essa tratativa, que foi iniciada pelo deputado estadual Pedro Pedrossian Neto, mas, ainda não se concretizou, só se concretiza depois que o Barbosinha assinar a ficha de filiação ao PSD”, Nelsinho Trad explicando o convite ao vice-governador para se filiar ao partido

Nelsinho acrescentou que a confirmação do convite ao vice-governador aconteceu em uma agenda política no município de Deodápolis (MS) no início deste mês. 

O presidente estadual do PSD pontuou que a vinda de Barbosinha não é apenas para disputar a prefeitura de Dourados, mas também para ajudar na reestruturação da legenda, que perdeu e está perdendo nomes importantes nos últimos dias.

PRÉ-CANDIDATURA

No início do mês deste mês, em entrevista ao programa “A Hora da Verdade”, da Rádio Grande FM, o vice-governador já tinha confirmado que seria pré-candidato a prefeito de Dourados nas eleições municipais deste ano e inclusive informou sua pretensão ao governador Eduardo Riedel.

Ele explicou que não tinha confirmado antes a sua pré-candidatura porque como vice-governador não poderia deixar questões políticas locais sobreporem o desenvolvimento de Dourados e os vínculos do município com o governo do Estado.

“Eu entendia que, me posicionando politicamente de forma antecipada, poderia colocar o assunto político acima do desenvolvimento de Dourados. Por essa razão e para, sob nenhum aspecto de eventual discordância política local, prejudicar o relacionamento do município de Dourados com o governo do Estado, não falava da minha intenção de sair candidato”, disse.

No entanto, ressaltou o vice-governador, chegou o momento de falar que o seu nome está à disposição para participar do processo eleitoral municipal.

“Porém, agora, a população de Dourados terá de se manifestar sobre isso porque eu não posso ser candidato de mim mesmo. Eu não posso postular essa condição só por minha vontade, é preciso que a população seja consultada”, argumentou.

Barbosinha lembrou que na eleição passada, quando disputou o cargo de prefeito, era considerado o velho e o atual prefeito Alan Guedes (PP) “era o novo, o douradense de nascimento e criou-se essa grande expectativa em torno dele”. 

“Penso que, quem se dispõe a ocupar um cargo Executivo, precisa ter histórico de vida, ter um legado de prefeito aos 23 anos de idade, de advogado, de professor universitário, de cidadão sul-mato-grossense de coração, mas goiano de nascimento e que escolheu Dourados para poder viver”, pontuou, referindo-se ao próprio currículo.

Ele completou também a experiência como presidente da Sanesul, quanto teria pegado a estatal quebrada e a transformou em uma das maiores companhias de saneamento do Brasil, bem como da modernização da Secretaria Estadual de Justiça e Segurança Pública (Sejusp) sob a sua gestão e dos dois mandatos como deputado estadual. 

“Coloquei tudo isso à disposição de Dourado na eleição passada, mas o eleitor optou por outro caminho e, com o respeito que tenho ao eleitor, quando proclamaram o resultado, eu parabenizei o prefeito eleito, desejei que Deus o abençoasse e cuidasse do seu mandato, além de agradecer aos votos que recebi e penso que é assim que todo político tem de se comportar. Agora, mais uma vez estou colocando o meu nome à disposição para que o eleitor de Dourados diga se deseja me manter como vice-governador lá em Campo Grande ao lado do governador Riedel, ou se quer essa experiência na administração da cidade”, reforçou.

Barbosinha também fez questão de dizer que não é candidato por vingança ao resultado da última eleição.

“Minha candidatura é porque acredito que a população deseja mudança e quero apresentar projetos qualificados para poder promover essas mudanças que Dourados precisa. Há muito tempo o município precisa de um choque de gestão”, garantiu.

O vice-governador revelou que conversou com o governador Eduardo Riedel e ele teria respeitado a decisão de colocar o seu nome para disputar a prefeitura de Dourados. 

“Agora, eu sei que isso depende da resposta que a população vai dar nas pesquisas e nos indicadores eleitorais porque a população pode entender que o Barbosinha tem de continuar em Campo Grande como vice-governador. Ou que o Barbosinha tem de disputar as eleições para que possa, na eventualidade, colocar toda essa experiência a serviço do município”, assegurou.

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