Depois da cassação do então prefeito de Campo Grande, Alcides Bernal (PP), o diálogo entre os poderes Executivo e o Legislativos municipais melhorou, mas o respaldo da prefeitura aos vereadores ainda continua tenso. Para se ter ideia, o número de indicações feitas em 2013, quando o radialista permanecia no comando do Paço, chegou a 12.399, todas requisitando melhorias à Capital, sendo que desse total apenas 1.693 foram respondidas. Em 2014, com Gilmar Olarte (PP) à frente da cidade desde março deste ano, o cenário continua praticamente o mesmo neste sentido.
Das 14.151 indicações feitas pelos legisladores, 1.147 receberam resposta. Vale ressaltar que em ambos os casos a manifestação dos prefeitos não significa necessariamente resolução dos problemas e sim que o Executivo, ao menos, justificou as questões. O presidente da Casa de Leis, Mario Cesar (PMDB), no entanto, avalia que a atual situação de Campo Grande está relacionada aos reflexos da repentina troca de governo.
“Vejo o processo de cassação de maneira muito triste, porque ninguém queria passar por isso. Quem perdeu foi Campo Grande. Nós tivemos um ano e três meses de retrocesso e agora nove, dez meses tentando recuperar o que foi deixado para trás. Como Campo Grande é quase uma metrópole não dá para recuperar de um mês para trás”, avaliou. Assim como os prefeitos, as equipes de primeiro e segundo escalão, bem como o quadro de comissionados, foram reorganizados, fato determinante para o atraso nos serviços públicos da Capital.
A reportagem de Jéssica Benitez está na edição de hoje (21) do jornal Correio do Estado.