Política

ESQUEMA DE PROPINA

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Azambuja diz que delação foi retaliação
da JBS por término de acordo do ICMS

Governador chorou ao negar acusações e disse que provará inocência

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Governador Reinaldo Azambuja (PSDB) afirmou, em coletiva de imprensa concedida na tarde de hoje, que não cometeu ato irregular e provará inocência com documentos a serem levados no Tribunal de Justiça e Assembleia Legislativa amanhã.

Ele foi citado em delação premiada de executivos da JBS, que foi homologada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) na semana passada. Os delatores acusaram que em Mato Grosso do Sul havia esquema de pagamento de propina para garantir benefícios fiscais à empresa. A corrupção aconteceria desde 2000.

Azambuja, que na semana passada negou qualquer irregularidade, disse hoje que as acusações podem ter ocorrido porque sua administração não concordou com termos de acordo de incentivo fiscal tratados em 2015.

Ao negar as acusações, o governador ainda se emocionou e chorou ao falar que tem 20 anos de vida pública e que não tem nada a esconder. Falando ao lado de sua vice, Rose Modesto, e da mulher Fátima, ele disparou que está sendo acusado por “bandidos que foram embora do Brasil”, referindo-se aos irmãos Joesley e Wesley Batista, donos da JBS.

Ele apresentou informações que nas administrações anteriores, por conta de acordos, a JBS pagava R$ 40 milhões (em 2014) referentes ao Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS). Esse valor passou para R$ 73 milhões em 2016, depois do acordo ter se encerrado, em 2015.

“É inaceitável esse golpe que jogou na lama a economia brasileira. Vamos provar que isso não existe (as acusações)”, disse o chefe do executivo estadual.

Governador Reinaldo Azambuja durante coletiva de imrpensa. Foto: Gerson Oliveira/Correio do Estado

Azambuja voltou ainda a classificar a delação como uma “mentira deslavada” e disse que já recebeu diretores da JBS na governadoria por diversas vezes, mas para discutir investimentos para Mato Grosso do Sul.

A afirmação foi feita porque Wesley Batista, em delação, afirmou que tratava diretamente com Reinaldo Azambuja como seriam feitos os pagamentos de propina.

O governador também apresentou documentos da prestação de contas referente a campanha eleitoral de 2014. Nela constava o recebimento de R$ 10 milhões em doação que veio do PSDB nacional em quatro remessas de R$ 2,5 milhões. Wesley disse que teria ocorrido doações irregulares no pleito.

DOCUMENTOS

O pagamento das propinas mencionadas pelos executivos da JBS seriam feitos a partir do faturamento de notas frias, envio de dinheiro a doleiros e entregue de quantias em espécie.

Nessas notas frias, estariam documentos emitidos pelo secretário de Estado de Fazenda, Márcio Monteiro, entre outros pecuaristas. Que emitiram notas sobre venda de bois para, na verdade, maquiar dinheiro de doação ilegal. Hoje, Monteiro refutou qualquer participação nesse esquema e apresentou guia que indicaria a venda e entrega de bois à JBS, em negócio de mais de R$ 333 mil.

"Não existe possibilidade de fraudar as GTAs (Guias de Trânsito Animal)", defendeu Reinaldo Azambuja. Essas guias são emitidas pela Agência Estadual de Defesa Animal e Vegetal (Iagro) para identificar o embarque de animais para frigoríficos.

SIDROLÂNDIA

Vereadores abrem comissão que pode cassar mandato de prefeita

Prefeita de Sidrolândia, Vanda Camilo é sogra do vereador Claudinho Serra, preso em operação do Gaeco

23/04/2024 13h00

Vanda Camilo é prefeita de Sidrolândia Foto: Marcelo Victor / Arquivo

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Vereadores da Câmara Municipal de Sidrolândia, aprovaram, na sessão desta terça-feira (23), a abertura de uma Comissão Processante para investigar a prefeita do município, Vanda Camillo (PP), por possíveis infrações político-administrativas.

Na denúncia apresentada na Casa de Leis, os parlamentares afirmam citam a operação desencadeada pelo  Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco), no dia 3 de abril, que apontou a existência de uma organização criminosa destinada a fraudar licitações para desviar dinheiro públicos em Sidrolândia, em esquema que funcionava desde 2017.

Na ocasião, foram cumpridos vários mandatos de prisão, entre eles contra o vereador de Campo Grande Claudinho Serra (PSDB), genro de Vanda Camilo.

A prefeita não estava entre os alvos do Gaeco, no entanto, pelo fato do esquema criminoso funcionar no Executivo Municipal, vereadores querem investigar se há conhecimento ou participação de Vanda na organização.

No requerimento para abertura da Comissão Processante, é citado que "é de conhecimento público as recentes denúncias de irregularidades que recaem sobre a administração municipal liderada pela prefeita Vanda. Tais denúncias levantam sérias questões sobre a conduta da chefe do Executivo Municipal e a questão dos recursos públicos e requer uma investigação detalhada".

Parlamentares também apontam que, mesmo após as prisões e constatação de envolvimento de empresas no esquema, a prefeita não rompeu contratos com as investigadas.

"Surge a preocupação sobre tais atividades ilícitas pudessem ocorrer sem o conhecimento da chefe do Executivo", diz a denúncia.

"Há indícios de desvio de recursos públicos e má gestão financeira por parte da prefeita, o que configura possível infração aos princípios da administração pública, suspeita de irregularidade em contratos firmados, o que demanda analise minuciosa", diz a denúncia lida em plenário.

Desta forma, por 12 votos a 1, os vereadores aprovaram a abertura da Comissão Processante para investigar a conduta da prefeita e, ao final, restando demonstrada a prática das infrações, a perda do mandato.

Denúncia do MP

O vereador Claudinho Serra e mais 21 pessoas foram denunciadas pelo Ministério Público (MPMS) pelos crimes de peculato, corrupção passiva, organização criminosa, fraude em licitações e concurso material de crimes. 

Conforme o Ministério Públicos, os denunciados faziam parte de uma organização criminosa destinada a fraudar licitações para desviar dinheiro públicos em Sidrolândia.

A organização era formada por agentes públicos e privados, destinada à obtenção de vantagens ilícitas decorrentes, principalmente, dos crimes de fraude ao caráter competitivo de inúmeros processos licitatórios e desvio de dinheiro público diante da não prestação ou não entrega do produto contratado.

"Um meio para isso foi a criação ou a utilização de pessoas jurídicas já existentes para a participação conjunta nos mesmos processos licitatórios, com o prévio incremento do objeto social sem, contudo, apresentarem qualquer tipo de experiência, estrutura e capacidade técnica para a execução dos serviços ou fornecimento dos bens contratados com o ente municipal", diz a denúncia.

Todos são apontados como integrantes do esquema criminoso, cada qual a seu modo e com estrutura ordenada, caracterizada pela divisão de tarefas.

Claudinho Serra era o chefe do esquema de corrupção na Prefeitura de Sidrolândia, de onde foi secretário municipal de Finanças, Tributação e Gestão Estratégica de Sidrolândia (Sefate) e é genro da prefeita Vanda Camilo (PP).

POLÍTICA

Campo Grande fica fora da lista durante visita de Bolsonaro a Mato Grosso do Sul

Ao lado de Gianni e Rodolfo Nogueira, ex-presidente confirmou que pousará seu avião em Ponta Porã, de onde seguirá rumo à Dourados entre os dias 14 e 15 de maio

23/04/2024 09h12

Vinda de Bolsonaro a Mato Grosso do Sul é esperada entre seus apoiadores desde o dia 24 de fevereiro Reprodução

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Esperado para a Exposição Agropecuária de Dourados, Jair Bolsonaro não passará por Campo Grande durante sua visita a Mato Grosso do Sul, entre os dias 14 e 15. 

O ex-presidente confirmou sua vinda, ao lado de Gianni e Rodolfo Nogueira, dizendo que seu avião pousará em Ponta Porã, de onde se dirige para Dourados. 

Confira abaixo a agenda confirmada pela assessoria do ex-presidente para o próximo mês: 

  • 03 e 04- Manaus/AM.
  • 07 e 08- Pará. 
  • 10 e 11- Minas Gerais
  • 14 e 15- Dourados/MS.
  • 17 e 18- Santa Maria/RS.

Cotada como pré-candidata a prefeita de Dourados pelo PL-Mulher, Gianni busca despontar na corrida pelo segundo maior colégio eleitoral de Mato Grosso do Sul. 

"É um convite de toda a bancada desse estado para nós fortalecermos os nossos laços, discutirmos política, conversar com o povo que é muito importante e vamos levando avante essa proposta de fazer um Brasil diferente e tendo um partido político com esse objetivo, temos quatro linhas, quatro palavras que nos marcam: Deus, pátria, família e liberdade, e a gente vai em frente, então até breve se Deus quiser aí em Ponta Porã pousando e aí em Dourados em um grande evento com esse casal aqui", destaca Jair Bolsonaro em sua fala. 

Visita prometida

A vinda de Bolsonaro a Mato Grosso do Sul é esperada entre seus apoiadores desde o dia 24 de fevereiro, quando a ex-primeira dama, Michelle Bolsonaro, esteve em Campo Grande para o encontro do PL Mulher na Capital. 

Na ocasião, enquanto Michelle ocupava o palco, o ex-mandatário apareceu por meio de uma "videoconferência", rememorando mais uma vez seus tempos como militar em Mato Grosso do Sul. 

"Esse estado que me acolheu por três anos lá em nossa querida Nioaque. Ela [Michelle] está presente aí não só levando o nome do Partido Liberal, bem como a importância das mulheres participarem da política, não por cotas, mas com vontade de ajudar o seu município, seu estado e seu País", argumentou. 

Esse evento em Campo Grande antecedeu o ato realizado no dia 25 de fevereiro na Avenida Paulista (SP), quando o ex-presidente. 
**(Colaborou Leo Ribeiro)

 

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