Artigos e Opinião

ARTIGO

Sônia Puxian: "Quer ser feliz? Faça sua escolha e diga sim"

Jornalista

Redação

17/01/2016 - 00h00
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O ano se inicia e com ele as promessas se renovam.

É tempo de investir naquela ideia que há tanto tempo você acalentou no coração, arriscar novo empreendimento, acertar situações que estavam pendentes, ou seja, começar o ano com o pé direito e arrumar o caminho para que os seus sonhos se realizem, tudo dentro da normalidade, claro.

Não adianta sonhar com o impossível e cobrar do novo ano a sua realização. O que for possível realizar, que seja bem feito e bem planejado, só assim trará satisfação.

E lembre-se: “Acima de tudo ame-se o mais que puder e não permita que nada atrapalhe essa relação feliz de você consigo mesmo”.

Não passe por cima dos seus princípios e impeça que algo ou alguém te desvalorize. Tudo tem início no nosso bem estar interior, quando você se ama e se cuida tudo ao redor responde a essa harmonia.    

Dia desses uma amiga me ligou e comentou: “Estou cansada de fazer tudo pelos outros. Acredita que nem assim dá certo? Todas as vezes que vou pedir opinião cada uma dá a sua e no final a maioria fica descontente. Não consigo agradar a todos”. E completou: “Olha que eu me esforço pra fazer tudo certo e nem assim consigo”.

E lembrou: “Antigamente eu não pedia opinião e dava tudo certo, pelo menos saia como eu planejava e dava menos trabalho... Ah, e ainda ganhava elogios”. Pois é!

Pelo que a própria vida nos ensina o melhor mesmo é fazer o que você planeja e seguir adiante, afinal cada um tem uma opinião.

Além de ser impossível agradar a todos o desgaste é maior. E no final o resultado é descontentamento de muitos e satisfação de poucos. Conseguiu agradar a todos? Não! Você já reparou que as pessoas que têm opinião própria não perguntam nada? Pois é! Elas são admiradas, e de sobra ainda dizem que têm personalidade forte. Viu só? Fortaleça-se! O saldo é positivo.     

De que adianta você tentar agradar aos outros e abrir mão de você mesmo? Muitas vezes as pessoas fazem isso e anulam a própria vontade. Elas se dedicam ao próximo a tal ponto que chegam a esquecer-se das próprias necessidades. Tudo na vida tem a medida certa, o que não pode é exagerar. 

Você já deve ter feito arrumação nos armários no início do ano e se desfez de roupas que já não usava mais ou estavam desatualizadas, pois é isso o que tem que ser feito.

É tempo de renovar, adquirir novos hábitos e se desfazer do que te não te faz bem. E outro item importante: “Deixe de lado a preocupação em querer agradar a todos”. Isso gera desgaste e não dá certo. 

E agora anote aí a dica de Louise Hay no livro “Aprendendo a Gostar de Si Mesmo”: “A meditação é um processo muito antigo que parte do seguinte princípio: todos nós temos uma sabedoria imensa em nosso interior. Acredito que dentro de nós estão as respostas para todas as questões que desejaríamos fazer.

Infelizmente, a maior parte do tempo estamos tão ocupados correndo para atender as solicitações externas, que esquecemos de parar e concentrar o suficiente para nos escutar”.

E tem mais: “A meditação cria um espaço em que podemos  nos acalmar para ouvir nosso eu mais profundo. Você nunca terá ideia de como é até se acalmar e se ouvir. Você tem total capacidade para se cuidar, você tem a resposta. Basta focalizar sua voz interior”. 

Veja mais essa dica importante da autora: “Faço uma pergunta específica sobre algo que esteja me preocupando ou simplesmente digo: ‘O que preciso saber?’. Depois, espero. E o que eu preciso saber me é revelado, talvez não imediatamente, mas em um ou dois dias, ou em mais tempo ainda. E a resposta pode vir de várias formas, como uma intuição, um pensamento, uma palavra ouvida ou lida”.    

E pra finalizar, como diz a música: “Feliz Ano Novo, que tudo se realize no ano que vai nascer, muito dinheiro no bolso, saúde pra dar e vender...”. É o que desejo a todos leitores, com muita paz, alegrias, saúde, amor, prosperidade e que seus sonhos se realizem... 

Quer ser feliz? Faça sua escolha e diga “sim”. Nada pode atrapalhar essa decisão a menos que você permita. Não permita!

EDITORIAL

Judiciário não é palco nem mercado

Restringir a atuação como coach e impor limites a determinadas docências, especialmente aquelas transformadas em verdadeiros cursos caça-níqueis, é fundamental

13/12/2025 07h15

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A decisão do presidente do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), ministro Edson Fachin, de proibir que magistrados atuem como coaches, seja nas redes sociais ou fora delas, não é apenas correta como necessária.

Trata-se de um freio institucional que chega em boa hora a um Judiciário que, nos últimos anos, tem convivido com excessos de exposição, vaidade e práticas que colocam em xeque a sobriedade exigida da magistratura.

Não é de hoje que esse limite vem sendo testado.

Há cerca de dois anos, causou perplexidade o caso de um ex-juiz federal que passou a vender cursos na internet ensinando “táticas” para ganhar recursos judiciais. O paradoxo salta aos olhos: quem julgava recursos passou a faturar dinheiro “por fora” ensinando advogados a vencê-los.

Ainda que se alegue liberdade profissional após deixar a toga, a prática é, no mínimo, eticamente questionável e contribui para corroer a confiança da sociedade na imparcialidade do sistema de Justiça.

A medida de Fachin reconhece um problema real: tem faltado comedimento à parte da magistratura brasileira.

Em tempos de redes sociais, palestras remuneradas e cursos de viés mercadológico, alguns juízes parecem ter esquecido uma máxima antiga, simples e ainda extremamente atual: o lugar em que o magistrado mais deve falar é nos autos.

A autoridade da toga não se constrói com likes, seguidores ou discursos performáticos, mas com decisões técnicas, fundamentadas e discretas.

Restringir a atuação como coach e impor limites à determinadas docências, especialmente aquelas transformadas em verdadeiros cursos caça-níqueis, é fundamental. Não se trata de censura nem de cerceamento da liberdade intelectual, mas de preservação da função jurisdicional.

O juiz não é um influenciador digital, tampouco um vendedor de fórmulas de sucesso processual. É agente do Estado, investido de poder para decidir conflitos com independência e imparcialidade.

Isso, porém, não significa defender um Judiciário hermético ou alheio à sociedade. Ao contrário: as cortes precisam, sim, se comunicar melhor nestes novos tempos, explicar decisões complexas, dialogar institucionalmente com a população e prestar contas de seu funcionamento. Comunicação institucional é necessária; autopromoção individual, não.

No fim das contas, o que está em jogo é o respeito à própria instituição. O Judiciário é, talvez, o Poder que mais precisa ser respeitado para que a democracia funcione. E esse respeito não é um privilégio – é uma obrigação que começa dentro de casa.

Seriedade, sobriedade e autocontenção não são virtudes acessórias para magistrados; são requisitos essenciais para quem exerce uma das funções mais sensíveis do Estado.

ARTIGOS

Novas regras do Banco Central sobre ativos virtuais: um marco de maturidade regulatória

Brasil consolida seu papel de protagonista na integração entre inovação financeira e solidez regulatória, aproximando-se dos padrões internacionais de governança e Prevenção à Lavagem de Dinheiro e ao Financiamento do Terrorismo

12/12/2025 07h45

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Em 10 de novembro, o Banco Central do Brasil deu um passo histórico ao publicar as Resoluções BCB nº 519, nº 520 e nº 521, que inauguram um novo ciclo de regulação do mercado de ativos virtuais no País.

Com essas normas, o Brasil consolida seu papel de protagonista na integração entre inovação financeira e solidez regulatória, aproximando-se dos padrões internacionais de governança e Prevenção à Lavagem de Dinheiro e ao Financiamento do Terrorismo (PLD/FT).

Mais do que um conjunto técnico de regras, essas resoluções representam um amadurecimento institucional do sistema financeiro brasileiro diante da realidade cripto. Até então, o setor operava em uma zona cinzenta regulatória, com supervisão limitada e grande diferenças de informações entre prestadores e usuários.

Agora, o País passa a estabelecer bases claras para a operação de Sociedades Prestadoras de Serviços de Ativos Virtuais (Psav), além de definir, pela primeira vez, o tratamento cambial para operações internacionais com criptoativos.

A Resolução BCB nº 519/2025 impõe um padrão de governança que coloca as Psav sob um nível de exigência comparável ao das instituições financeiras. Exige-se segregação patrimonial, controles internos robustos e políticas de PLD/FT equivalentes às do sistema bancário.

Essa medida mitiga riscos de uso indevido dos recursos dos clientes e reduz o espaço para fraudes e práticas abusivas. Pontos sensíveis em um setor historicamente marcado por volatilidade e escândalos.

Já a Resolução BCB nº 520/2025 institui o processo de autorização prévia para funcionamento das Psav, com vedações expressas à oferta de crédito e à captação de recursos de clientes qualificados.

O objetivo é proteger investidores e garantir que as operações com criptoativos não contaminem o sistema financeiro tradicional com riscos de liquidez e solvência. A exigência de sede no Brasil e critérios rigorosos de idoneidade e gestão de riscos também reforçam o compromisso com a responsabilidade corporativa e a transparência operacional.

Por sua vez, a Resolução BCB nº 521/2025 corrige uma lacuna importante ao enquadrar as operações internacionais com criptoativos, como operações de câmbio, sempre que houver conversão de moeda ou transferência internacional de valores.

Essa regra coloca as transações de cripto sob a mesma lente de compliance cambial que rege outras formas de movimentação financeira internacional, prevenindo brechas para evasão de divisas e lavagem de dinheiro.

Para bancos e instituições financeiras, o novo marco regulatório representa tanto uma oportunidade quanto uma responsabilidade. A integração dos serviços com ativos virtuais ao portfólio bancário passa a ser viável, desde que sejam obedecidos os novos parâmetros de segurança, segregação de recursos e reporte regulatório.

Ao mesmo tempo, essas instituições terão de repensar suas estruturas de governança e compliance para acomodar o ecossistema cripto dentro de uma lógica de controle prudencial.

Alguns pontos, entretanto, merecem atenção especial: a vedação de crédito com recursos próprios em operações cripto, a segregação total de fundos de clientes, o reforço dos controles de PLD/FT, e o tratamento cambial obrigatório em transações internacionais.

Tais exigências sinalizam que o Banco Central, de maneira mais que devida e assertiva, pretende equilibrar o incentivo à inovação com a blindagem contra riscos sistêmicos e ilícitos financeiros.

Contudo, o período de adaptação será curto. As regras entram em vigor a partir de 2 de fevereiro de 2026 e as obrigações adicionais de reporte internacional passam a valer a partir de 4 de maio de 2026.

Empresas que já atuam no mercado precisam, portanto, iniciar imediatamente seus processos de adequação, revisando estruturas societárias, sistêmicas, políticas de custódia e mecanismos de compliance.

Por fim, as novas resoluções não devem ser vistas como um freio à inovação, mas como um sinal evidente de maturidade regulatória do País.

Ao oferecer um ambiente seguro, transparente e supervisionado, o Banco Central cria as condições para que o Brasil se consolide como um polo confiável de desenvolvimento em blockchain e ativos digitais. É o início de uma nova era em que a confiança institucional passa a ser o ativo mais valioso do universo cripto.

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