Artigos e Opinião

OPINIÃO

Sônia Puxian: "Está chegando a hora..."

Sônia é jornalista e coordenadora de Comunicação da BPW/CG - Associação
de Mulheres de Negócios e Profissionais de Campo Grande

Redação

22/09/2014 - 00h00
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Hora certa de fazer sua escolha pessoal e fazer valer seu poder de decisão. De que vale sair às ruas levantando bandeiras, cobrando melhorias, desabafando a situação caótica, desafinando a voz no grito surdo, desafiando a paz e tranquilidade da sociedade se na hora H, ou seja, na hora de votar você se omite de fazer valer seu poder de decisão e escolha?

O momento certo de levantar a bandeira é agora, nas urnas! Analise cada candidato, suas propostas e veja qual delas se ajusta às suas necessidades e o que ele tem a oferecer.  O Brasil é um país rico em alimentos, com super produção de grãos, grandes criadores de gado, água abundante, somos detentores de parte do Aqüífero Guarani que nos torna atraentes aos olhos de estrangeiros, muitos deles de olho em nosso manancial e até mesmo já donos de grandes áreas em nossas terras férteis. E nós quem somos, simples expectadores?

Já é mais do que hora dos brasileiros levantarem a voz e tomar posse do que é seu. Suas terras, seu potencial no agronegócio, mananciais de água, minérios e, sobretudo a nossa Amazônia. Quem cuida e vigia essas áreas? Temos um potencial enorme de florestas virgens portadoras de plantas curativas sem limite de extensão e que estão à mercê dos espertos de plantão que negociam nossa matéria prima para transformá-las em comprimidos nos Laboratórios estrangeiros multimilionários.   

Quem é o dono dessas terras, quem são os brasileiros, quem responde por essa riqueza, quem protege nossa fauna e flora? O Brasil é o “Celeiro do Mundo”, mas quem administra esse gigante. Muitas perguntas, poucas respostas, mas a hora de dar a resposta e fazer a pergunta é agora: “Quem vai comandar o Brasil daqui pra frente?”. Quem está preparado para levar adiante essa riqueza sem tamanho, quem vai responder por esse potencial tão cobiçado, quem vai ouvir as reivindicações de milhões de brasileiros, povo trabalhador, cansado de enfrentar filas, que reivindica condições mais dignas de trabalho, melhorias no transporte, segurança mais aprimorada. Quem vai olhar com dignidade para a questão indígena que aflige milhares de índios... 

E a educação? Quando vai chegar a hora certa para o ajuste... Muita coisa já mudou, mas é preciso mais. O povo quer “mudança”, palavra tão usada, mas apenas no vocabulário, bom seria se ela passasse a fazer parte do calendário de exigências dos que respondem por ela. Tantas promessas, tanta esperança por parte dos que ouvem as propostas, mas tudo isso pra chegar aonde? Ninguém sabe! A saúde clama por socorro, quem vai atender? As pessoas acreditam e buscam caminhos novos e solução certa para os problemas que envolvem a sociedade e ao que parece se tornaram crônicos. A fase aguda desses sintomas que se instalaram em cada um clama por solução e a hora é agora, porque depois das eleições são mais quatro anos de espera. A hora de ingerir o antibiótico certo e eficaz é agora, porque senão o mal pode se tornar crônico. 

 O que se sabe é que o dia 05 de outubro se aproxima. Projetos, promessas, discursos inflamados estão por aí. O tempo passa e as promessas viram purpurina em dias de Carnaval: se perdem no tempo e na ventania. E depois da eleição o que era promessa vira agonia. Agonia de quem acreditou e esperou pela mudança.  

Mude agora, pense, busque a solução para o que te aflige, escolha com ponderação e consciência tranquila. Existem candidatos bons que acreditam em suas ações e podem melhorar muita coisa.    
Campo Grande, Cidade Morena, dona de milhares de corações que clamam por dias melhores é chegada a hora de responder ao apelo de seus filhos, muitos oriundos de outras regiões, tão bem acolhidos por essa terra abençoada. Campo Grande abriu as portas e recebeu imigrantes de várias regiões: árabes, armênios, libaneses, sírios, japoneses, italianos, gregos, portugueses, paraguaios, entre outros, que elegeram Campo Grande para ser seu lar e criar família. 

Esse é o espírito dessa cidade acolhedora, desse Estado promissor que a cada dia vê o progresso caminhar em sua direção. Avante campo-grandense, vamos caminhar rumo ao sucesso das eleições. Pense, escolha, acredite e aguarde!  Está chegando a hora, mas que hora é essa? É você quem decide e escolhe o destino da Nação e do seu Estado. Quer saber? A resposta está na ponta do seu dedo, nas urnas, no dia 05 de outubro. “Pense, analise, faça a sua escolha”. O tempo dirá quem acertou!

“Ó Pátria amada, idolatrada, salve, salve...”.

EDITORIAL

As bolhas que nos afastam da realidade

Enquanto uma parte do Estado amplia suas zonas de conforto, outra é pressionada a fazer mais com menos, arcando com o desgaste político e social das escolhas difíceis

17/12/2025 07h15

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A expressão “estar em uma bolha” deixou de ser apenas uma gíria de internet para se transformar em um retrato cada vez mais fiel da forma como a sociedade vem se organizando. Nas redes sociais, algoritmos direcionam conteúdos, opiniões e notícias de acordo com preferências previamente identificadas.

O resultado é um ambiente confortável em que quase tudo confirma aquilo que o indivíduo já pensa. Divergir passa a ser exceção e confrontar ideias, um incômodo evitado.

Fora do ambiente digital, a lógica das bolhas também se impõe. O isolamento crescente em condomínios fechados, verticais ou horizontais, reduz o contato cotidiano com o diferente. Ao limitar o convívio, o indivíduo perde a oportunidade de compreender realidades distintas da sua própria.

Torna-se, ao mesmo tempo, mais desconfiado e mais desinformado, conhecendo o mundo mais pelo “ouvir dizer” do que pela experiência direta. A realidade passa a ser filtrada, editada e, muitas vezes, distorcida.

As bolhas criam falsas impressões. Quando se consolidam em grupos, reforçadas pelo sentimento de pertencimento, geram uma perigosa falta de sintonia com o restante da sociedade. Problemas coletivos passam a ser relativizados, minimizados ou simplesmente ignorados.

A empatia dá lugar à autoproteção e o interesse público acaba substituído pela preservação de privilégios.

Nesta edição, mostramos um exemplo concreto dessa desconexão: o aumento do duodécimo para quase todas as instituições de Mato Grosso do Sul, mesmo após um ano marcado por crise financeira, enquanto cresce a sobrecarga sobre o Poder Executivo.

É sobre ele que recai, de forma quase exclusiva, o peso de enfrentar as dores reais da sociedade: da falta de recursos para serviços essenciais às demandas crescentes por saúde, educação, transporte e assistência social.

Essa discrepância orçamentária não é apenas um dado técnico. Ela reforça as bolhas institucionais. Enquanto uma parte do Estado amplia suas zonas de conforto, outra é pressionada a fazer mais com menos, arcando com o desgaste político e social das escolhas difíceis.

Trata-se de um desequilíbrio que aprofunda a sensação de injustiça e distancia ainda mais as instituições da realidade vivida pela população.

Seria desejável que integrantes das instituições que recebem repasses de duodécimo saíssem de suas bolhas. Que vivessem mais intensamente a realidade fora de gabinetes, relatórios e planilhas.

Que entendessem que, em tempos de dificuldades financeiras, reforçar privilégios e ampliar confortos institucionais não é apenas insensível, é socialmente injusto.

Romper bolhas não é simples, mas é necessário. Para indivíduos, para grupos e, sobretudo, para instituições públicas. A democracia e a justiça social exigem mais contato com a realidade concreta e menos acomodação em mundos protegidos. Caso contrário, seguiremos administrando percepções, e não problemas reais.

ARTIGOS

A Interpol e as lições do roubo ao Louvre: quando a cultura exige proteção global

O que alguns insistem em tratar como luxo é, na verdade, expressão de identidade coletiva, memória histórica e soberania cultural

16/12/2025 07h45

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A Interpol é amplamente reconhecida por seus sistemas de avisos e pela atuação no combate ao crime organizado transnacional.

O recente episódio envolvendo o Louvre, porém, recoloca em evidência um ponto ainda subestimado no debate público: crimes não violentos, como o roubo de bens culturais, também demandam tutela internacional qualificada.

O tráfico de obras de arte e de patrimônio histórico segue sendo um delito de baixo risco e alto lucro, alimentado pela opacidade do mercado e pela fragmentação das respostas estatais.

O que alguns insistem em tratar como luxo é, na verdade, expressão de identidade coletiva, memória histórica e soberania cultural. A Interpol parte dessa premissa, ao reconhecer a cultura como interesse jurídico protegido, merecedor da mesma atenção dedicada à vida, à segurança e à integridade física.

Nesse contexto, o Banco de Dados de Obras de Arte Roubadas da organização cumpre papel central: dar rastreabilidade a um mercado em que o patrimônio cultural pode, com facilidade, converter-se em saque.

A existência do banco de dados não é apenas simbólica. Ela permite a identificação de peças subtraídas, inibe a circulação ilícita e oferece suporte técnico às investigações nacionais.

Ainda assim, a eficácia do sistema depende de algo que nem sempre acompanha a velocidade do crime: cooperação internacional efetiva e compartilhamento ágil de informações entre agências de aplicação da lei.

Há espaço evidente para aprimoramentos. A ampliação do banco de dados com atualizações em tempo real, a integração mais ampla de museus, casas de leilão e colecionadores privados, além de protocolos obrigatórios de verificação de procedência, fortaleceriam significativamente o combate ao tráfico ilícito.

Do mesmo modo, penalidades mais rigorosas e treinamento especializado para forças policiais e autoridades alfandegárias são medidas indispensáveis para reduzir a atratividade econômica desse tipo de crime.

O episódio do Louvre serve como alerta. Proteger bens culturais não é capricho elitista nem pauta secundária: é defesa da memória, da identidade e do patrimônio comum da humanidade.

Quando uma obra é roubada, perde-se mais do que um objeto, perde-se um fragmento da história coletiva. A resposta, portanto, precisa ser global, coordenada e à altura desse valor.

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