Artigos e Opinião

Opinião

Sônia Puxian: Dinheiro? Quem não quer? Comida? Quem não gosta?

Sônia Puxian é Jornalista

Redação

21/08/2016 - 02h00
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Pois é! Quando o assunto é dinheiro e comida, todos gostam, todos querem, então vamos abordar com carinho e atenção esses dois itens tão queridos e presentes no dia a dia.

Dinheiro? Todos querem. Comida? Todos gostam. Quem ganha muito dinheiro? Poucos. Só aí já há assunto para mais de páginas. Muito dinheiro? Muitos querem, poucos têm, mas muito poucos encontraram a fórmula “mágica” de fazer o dinheiro crescer em suas contas pessoais. Algumas vezes, até em contas no exterior. Ops! Mas isso é minoria e muitos já sabem do que estou falando, as ditas “operações” tão comentadas.

Enquanto isso, o trabalhador, honesto e modesto, conta o dinheiro que recebe para pagar suas contas em dia e, vez ou outra, arrisca um palpite nos jogos da loteria para ver se a sorte lhe sorri, mas a sorte sorri mesmo para aqueles que encontraram o “caminho fácil” de ganhá-lo.

Agora, uma coisa é certa, como tudo na vida tem uma via de duas mãos, nem sempre o dinheiro quer ficar em mãos que não o plantaram corretamente, ou seja, dinheiro bem plantado, colheita farta; dinheiro plantado em solo desconhecido, colheita segura, mas com prazo de validade. Ugh!

Anote aí o que diz T. Harv Eker, no livro “Os Segredos da Mente Milionária”: “O principal motivo que impede a maioria das pessoas de conseguir o que quer é não saber o que quer. Os ricos não têm nenhuma dúvida de que almejam fazer fortuna. São inabaláveis no seu desejo e totalmente comprometidos com a criação da riqueza”.

O que será que você anda pensando a respeito da sua atual condição financeira e quais suas metas com relação ao futuro?  Diz T. Harv: “Sei que é difícil acreditar, mas você sempre consegue o que quer – aquilo que você deseja no seu subconsciente, e não o que você ‘diz’ querer”. Você já planejou o seu crescimento, acredita nele? Veja o que diz o autor: “Eu me comprometo a ser rico. Experimente dizer isso a si mesmo. O que você sente? Há quem experimente uma sensação de força e há quem tenha medo”. 

Tudo na vida é escolha e opção e não cabe a ninguém o direito de opinar, a não ser você mesmo. Muito bom... E por falar em bom, comer é um capítulo delicioso, desde que realizado com moderação.

Alimentar-se corretamente traz como consequência uma boa saúde, vigor e energia sem igual. A escolha dos alimentos deve ocupar uma página especial no seu roteiro diário: proteínas, carboidratos, frutas, verduras e grãos devem marcar presença com constância.

Fumar, tomar bebidas alcoólicas nem pensar, a menos que com moderação. Manter distância das carnes gordas, praticar exercícios e fazer caminhada também são bem-vindos. No cardápio da mente, ocupá-la com projetos grandiosos, manter pensamentos positivos e planejar metas de sucesso. Tudo isso já foi dito por muitas vezes e até já é rotina, mas cumprir é que são elas, daí a importância de relembrar.   

Tudo o que é feito com moderação traz bons resultados, seja no trabalho, na alimentação, nos exercícios físicos, nas horas de lazer. O que importa é cultivar pensamentos positivos e levar em conta que o principal chefe de cada uma dessas ações é a sua autoestima. Ela comanda o seu trabalho, a sua rotina e o seu comportamento em cada área de atuação.

Bom lembrar o que diz Nathaniel Branden, no livro “Auto-Estima”: “Desenvolver a autoestima é desenvolver a convicção de que somos capazes de viver e somos merecedores da felicidade e, portanto, capazes de enfrentar a vida com mais confiança, boa vontade e otimismo, que nos ajudam a atingir nossas metas e a sentirmo-nos realizados”.

Você já cuidou da sua autoestima hoje? Aprecio muito o dom da leitura e por meio dela descubro caminhos ricos e de grande valia para o aprimoramento das ações do dia a dia, por isso repasso ao leitor trechos de destaque. Para finalizar, diz Nathaniel: “Desenvolver a autoestima é expandir nossa capacidade de ser feliz”. Sejam felizes...

EDITORIAL

As bolhas que nos afastam da realidade

Enquanto uma parte do Estado amplia suas zonas de conforto, outra é pressionada a fazer mais com menos, arcando com o desgaste político e social das escolhas difíceis

17/12/2025 07h15

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A expressão “estar em uma bolha” deixou de ser apenas uma gíria de internet para se transformar em um retrato cada vez mais fiel da forma como a sociedade vem se organizando. Nas redes sociais, algoritmos direcionam conteúdos, opiniões e notícias de acordo com preferências previamente identificadas.

O resultado é um ambiente confortável em que quase tudo confirma aquilo que o indivíduo já pensa. Divergir passa a ser exceção e confrontar ideias, um incômodo evitado.

Fora do ambiente digital, a lógica das bolhas também se impõe. O isolamento crescente em condomínios fechados, verticais ou horizontais, reduz o contato cotidiano com o diferente. Ao limitar o convívio, o indivíduo perde a oportunidade de compreender realidades distintas da sua própria.

Torna-se, ao mesmo tempo, mais desconfiado e mais desinformado, conhecendo o mundo mais pelo “ouvir dizer” do que pela experiência direta. A realidade passa a ser filtrada, editada e, muitas vezes, distorcida.

As bolhas criam falsas impressões. Quando se consolidam em grupos, reforçadas pelo sentimento de pertencimento, geram uma perigosa falta de sintonia com o restante da sociedade. Problemas coletivos passam a ser relativizados, minimizados ou simplesmente ignorados.

A empatia dá lugar à autoproteção e o interesse público acaba substituído pela preservação de privilégios.

Nesta edição, mostramos um exemplo concreto dessa desconexão: o aumento do duodécimo para quase todas as instituições de Mato Grosso do Sul, mesmo após um ano marcado por crise financeira, enquanto cresce a sobrecarga sobre o Poder Executivo.

É sobre ele que recai, de forma quase exclusiva, o peso de enfrentar as dores reais da sociedade: da falta de recursos para serviços essenciais às demandas crescentes por saúde, educação, transporte e assistência social.

Essa discrepância orçamentária não é apenas um dado técnico. Ela reforça as bolhas institucionais. Enquanto uma parte do Estado amplia suas zonas de conforto, outra é pressionada a fazer mais com menos, arcando com o desgaste político e social das escolhas difíceis.

Trata-se de um desequilíbrio que aprofunda a sensação de injustiça e distancia ainda mais as instituições da realidade vivida pela população.

Seria desejável que integrantes das instituições que recebem repasses de duodécimo saíssem de suas bolhas. Que vivessem mais intensamente a realidade fora de gabinetes, relatórios e planilhas.

Que entendessem que, em tempos de dificuldades financeiras, reforçar privilégios e ampliar confortos institucionais não é apenas insensível, é socialmente injusto.

Romper bolhas não é simples, mas é necessário. Para indivíduos, para grupos e, sobretudo, para instituições públicas. A democracia e a justiça social exigem mais contato com a realidade concreta e menos acomodação em mundos protegidos. Caso contrário, seguiremos administrando percepções, e não problemas reais.

ARTIGOS

A Interpol e as lições do roubo ao Louvre: quando a cultura exige proteção global

O que alguns insistem em tratar como luxo é, na verdade, expressão de identidade coletiva, memória histórica e soberania cultural

16/12/2025 07h45

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A Interpol é amplamente reconhecida por seus sistemas de avisos e pela atuação no combate ao crime organizado transnacional.

O recente episódio envolvendo o Louvre, porém, recoloca em evidência um ponto ainda subestimado no debate público: crimes não violentos, como o roubo de bens culturais, também demandam tutela internacional qualificada.

O tráfico de obras de arte e de patrimônio histórico segue sendo um delito de baixo risco e alto lucro, alimentado pela opacidade do mercado e pela fragmentação das respostas estatais.

O que alguns insistem em tratar como luxo é, na verdade, expressão de identidade coletiva, memória histórica e soberania cultural. A Interpol parte dessa premissa, ao reconhecer a cultura como interesse jurídico protegido, merecedor da mesma atenção dedicada à vida, à segurança e à integridade física.

Nesse contexto, o Banco de Dados de Obras de Arte Roubadas da organização cumpre papel central: dar rastreabilidade a um mercado em que o patrimônio cultural pode, com facilidade, converter-se em saque.

A existência do banco de dados não é apenas simbólica. Ela permite a identificação de peças subtraídas, inibe a circulação ilícita e oferece suporte técnico às investigações nacionais.

Ainda assim, a eficácia do sistema depende de algo que nem sempre acompanha a velocidade do crime: cooperação internacional efetiva e compartilhamento ágil de informações entre agências de aplicação da lei.

Há espaço evidente para aprimoramentos. A ampliação do banco de dados com atualizações em tempo real, a integração mais ampla de museus, casas de leilão e colecionadores privados, além de protocolos obrigatórios de verificação de procedência, fortaleceriam significativamente o combate ao tráfico ilícito.

Do mesmo modo, penalidades mais rigorosas e treinamento especializado para forças policiais e autoridades alfandegárias são medidas indispensáveis para reduzir a atratividade econômica desse tipo de crime.

O episódio do Louvre serve como alerta. Proteger bens culturais não é capricho elitista nem pauta secundária: é defesa da memória, da identidade e do patrimônio comum da humanidade.

Quando uma obra é roubada, perde-se mais do que um objeto, perde-se um fragmento da história coletiva. A resposta, portanto, precisa ser global, coordenada e à altura desse valor.

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