A educação desenvolve um papel fundamental na formação e constituição das pessoas, bem como sobre o comportamento e o desenvolvimento das funções psicológicas - além de orientar o agir de modo consciente e de autogovernar-se.
A prática escolar é um lugar privilegiado em que as atividades são vivenciadas pelos seus sujeitos, tanto docentes quanto discentes, com a participação efetiva da família, e possibilitam uma infinidade de vivências e experiências, além do conhecimento e aprendizagem de forma natural.
O mundo que cerca as crianças no ambiente escolar é um conjunto de atrativos, formas, imagens e cores. Mesmo antes de adquirir a linguagem falada, elas já fazem as associações, aprendem, mostram e buscam através dos olhos ou com as mãos aquilo que querem tocar. O conhecimento não se baseia simplesmente nos enunciados verbais e hipóteses, havendo a necessidade de associá-lo às experiências de vida, valorizando a socialização e o convívio, os quais possibilitam à criança a oportunidade de confrontar hipóteses, organizar pensamentos e concluir suas ideias e conceitos. Uma vez que a educação é exercida nos diversos espaços de convívio social, seja para a adequação do indivíduo à sociedade, do indivíduo ao grupo ou dos grupos à sociedade.
Faz-se presente a concepção de que a boa qualidade da aprendizagem não é mais possível somente utilizando o conhecimento sistematizado. Há a necessidade que este se desenvolva por meio de ações que ultrapassem as fronteiras de livros, indo para aquém e além da sala de aula, viajando nos prazeres e conhecimentos da história, através dos tempos, contribuindo de forma atrativa para a evolução do processo ensino-aprendizagem, pois “Quanto maior o número de sentidos utilizados no processo de aprendizagem, maior será a probabilidade dessa aprendizagem” (Araújo, 1990).
Ao falar em educação e práticas pedagógicas no decorrer da história, se faz necessário enfatizar a inclusão das tecnologias à educação, com avanços significativos e necessários frente às necessidades tecnológicas e o momento histórico vivenciado nos espaços educativos.
O computador e a internet, desde que usados de forma coerente, permeiam uma série de atividades dentro e fora da escola, com a possibilidade do educando acessar informações, realizar pesquisas, tanto individual quanto em grupos, proporcionando o desenvolvimento de habilidades de comunicação com auxílio de uma variedade de ferramentas disponíveis.
As tecnologias educacionais proporcionam a produção do conhecimento entre colegas e educadores, não só de sua instituição educacional, mas de outras e diferentes mídias, possibilitando uma riqueza grandiosa de informações. Compete ao professor, possibilitar que cada aluno participe das atividades mediadas por recursos computacionais, por meio do contato e diálogo, identificando as habilidades, as necessidades e interesses deste; também deve estar atento aos recursos oferecidos pelos programas de computador e às alternativas de interação dos pelos dispositivos convencionais, uma vez que, na atualidade, cada vez mais em tenra idade as crianças se familiarizam com as tecnologias, tornando-se estas ferramentas necessárias ao ser humano.
Mesmo frente a esta realidade, ainda encontramos muitos empecilhos em relação ao uso das tecnologias, pois ainda precisamos muito mais que simples máquinas funcionando. Precisamos de profissionais qualificados, de equipamentos modernos e com bom funcionamento, em que os alunos possam desenvolver suas atividades de forma eficiente e competente.
É importante salientar, ainda, que o uso das tecnologias faz parte do cotidiano de crianças, jovens e adultos, mas que se faz necessário uma reflexão acerca dos usos e abusos desta como um único meio, pois é importante o vivenciar das relações afetivas, o toque, o contato físico e o construir lúdico, imprescindíveis e necessários para o desenvolvimento humano e que, com o avanço das tecnologias, estão sendo esquecidos e/ou deixados de lado.
Compete, portanto, a pais, educadores e profissionais acompanhar de forma atuante e real o uso das tecnologias, para que não se percam gestos, atitudes e afetos tão necessários e significativos ao desenvolvimento pleno e saudável do ser humano.