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Ronaldo Braga: "Ei, tem um
bocadinho de ética aí?"

Advogado e professor universitário

Redação

24/11/2017 - 01h00
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Todos nascemos glabros e banguelas. Isso é regra, se houver exceção, desconheço. E somente com o passar dos tempos é que vamos adquirindo novos formatos, sem, contudo, chegarmos à perfeição. Alguns nascem dotados de predicados específicos, enquanto outros os adquirem paulatinamente. Uns se esforçam para demonstrar, outros demonstram sem nenhum esforço. Nesse jaez, há na vida algo muito caro a cada cidadão: a ética!

Esse importante atributo poderá ser construído durante o desenvolvimento intelecto social de cada um, senão é nato. Em ambos os casos, serve para destacar uma pessoa de outra, sem prejuízo de que o berço tem relevante papel na formação dessa particularidade. 

Já a ausência da ética poderá causar males irreparáveis em todo o segmento social, a exemplo, aquilo que se tem noticiado a respeito dos bastidores de instituições tanto públicas quanto privadas. Desse espectro sofre a nação e seu povo.

Fato é, quem a tem pode não ficar mais bonito nem abastado, mas seguramente será um ser humano melhor. A ética não é produto que se compra, ao contrário, é comportamento que se adquiri bastando para tanto se dispor a absorvê-la. 

Mas, afinal, qual a efetiva importância da ética no nosso cotidiano? Pois é, digo – com todo respeito ao caro leitor: o que é ética senão um conjunto de valores morais e princípios que norteiam a conduta humana na sociedade. Entretanto, não se olvide que querê-la apenas é insuficiente; é preciso praticá-la. Ela, sozinha, é simbólica e não garante êxito a nada. Porém, se bem empregada, contribuirá sobremaneira para a conquista do respeito e do sucesso com merecimento. 

Inexiste uma fórmula pronta para ser ético. No entanto, um bom início pode estar no fato de as pessoas optarem por abrir mão do individual em favor do coletivo, com respeito às diferenças e pretensões, a começar pelos gestos de cumprimento, agradecimento, gentileza e, claro, por favor, sem prejuízo de outros comportamentos também proficientes tanto próximos quanto possíveis de serem por nós realizados. 

Em conclusão, parafraseio o imortal Nobel da Paz Alberto Schweitzer: “um dia, a humanidade vai perceber que a destruição de vidas é incompatível com a ética”.