Artigos e Opinião

opinião

A+ A-

Prá Porrada? Que " vernáculo" é esse, senador Romero Jucá ?

Antonio Carlos Siufi Hindo é promotor de Justiça aposentado

Redação

26/11/2014 - 00h00
Continue lendo...

A manifestação do ilustre senador Romero Jucá, PMDB/Pará, chamando “prá porrada” o seu colega de parlamento que discutia o projeto de lei que possibilita ao Executivo Federal economizar menos do que a meta que havia sido estabelecida no início do ano para pagar os juros da dívida pública, conhecido como “superávit primário”, cobriu de vergonha  o Senado da República e todos os brasileiros que tiveram o desprazer de assistir tão horrenda discussão.

Não interessa o motivo que levou o ilustre senador a assim se posicionar. Por mais esdrúxulo que tenha sido o motivo o senador paraense tinha, ao meu sentir e pensar, pela sua larga experiência nos trabalhos legislativos, enormes recursos culturais e pedagógicos para levar o seu contendor a fixar o entendimento  que obrou ao arrepio das mais comezinhas relações de respeito   que precisa existir entre os membros que formam o nosso Congresso Nacional.  

Mas, escolheu a via errada.

A sessão foi totalmente anômala, equivocada, repugnante, não só pela deselegância dos pronunciamentos e ações  inequívocas, de desrespeito dos senhores parlamentares, mas especialmente porque os partidos da base do governo procuraram  por todos os meios condenáveis  atropelar   o regimento interno, na ânsia condenável de satisfazer o desejo maior do Palácio do Planalto.

A prova mais evidente da afirmação resultou na anulação da sessão,  por questões óbvias. 

E essa situação equivocada partiu dos nossos  representantes políticos  a quem a Constituição Federal os acoberta com o manto  e a responsabilidade de elaborarem as leis para vigirem em todo o território nacional,  mas,  sobretudo, de fiscalizá-las e  respeitá-las.

Deixando de lado  esse episódio de triste lembrança, um outro mereceu nossa atenção:  revendo os anais da Câmara Alta da República, constatamos que homens brilhantes ocuparam suas cadeiras  legitimados pelas urna e defenderamos seus estados federados   com espírito público, resistência cívica e fé democrática nos destinos do nosso país, sempre acompanhados de propostas honestas, dignas, altivas, geradoras de crédito, e que tinha como sustentáculo maior  a eloquência de seus pronunciamentos. 
Os discursos, as discussões que se encontram esculpidas nos anais daquela Casa Legislativa nos remete a  essa certeza incontrastável.

Os temas debatidos, as indicações, os embates de ideias sempre resultaram em verdadeiras aulas  de civismo, de heroísmo  e de  amor extremado ao Brasil.

Milton Campos, Nelson Carneiro, Rangel Pestana, Dinarte Mariz, Paulo Brossard, Afonso Arino de Melo Franco, Carvalho Pinto, Wilson Barbosa Martins, Mendes Canale,  Arthur Virgilio e Pedro Simón, são alguns dos nomes que merecem realce  e que ninguém,  em qualquer dos quadrantes do território nacional, viu ou ouviu,  fluir de seus lábios, uma colocação que afrontasse a dignidade pessoal de quem quer que seja.   

O Senado da República precisa ser o equilíbrio da Federação e os seus membros, pela larga experiência que possuem, precisam se constituir em verdadeiras bússolas, em nosso norte seguro, para nos orientar a vencer as vicissitudes e os desafios que o destino reserva para cada um de nós. 

O Congresso Nacional é a fotografia mais viva e expressiva do regime democrático. É, no seu âmbito,  que o povo vive e respira. No seu recesso sagrado e inviolável a nação leva até os seus representantes as suas súplicas e lamentações, os seus desejos e aspirações. 

Nada pode cobri-lo de vergonha. 

Temos que nos orgulhar desta importantíssima Instituição que é o Congresso Nacional,  mas,  os seus membros, à toda evidência, precisam melhorar de uma forma substancial  as suas ações, os seus posicionamentos, mas, sobretudo, a forma como debatem suas ideias e  também como  se dirigem aos seus colegas, em especial,  ao povo brasileiro, destinatário maior de seu trabalho parlamentar. 

Fora desse parâmetro estabelecido pelas nações civilizadas   o que constatamos,  é o  bom senso, as relações cordiais e respeitosas que precisam existir para o bom desenvolvimento dos trabalhos legislativos,  darem lugar ao atrevimento, às afrontas, que denigrem a nossa imagem no concerto das nações e   ainda torna mais frágil a nossa democracia.  

Claudio Humberto

"Não dá mais para esconder o elefante atrás do arbusto"

Senador Carlos Portinho (PL-RJ) sobre denúncias de censura no Brasil feitas nos EUA

20/04/2024 07h00

Continue Lendo...

‘É o pior dos governos Lula’, alerta Osmar Terra

Ex-ministro e deputado federal há quase 30 anos, Osmar Terra (MDB-RS) avaliou o terceiro mandato do presidente Lula (PT) como “o pior dos governos Lula”. Em entrevista ao podcast Diário do Poder, no ar a partir deste sábado (20) no YouTube, o gaúcho afirmou que o petista promove “descaminho” na economia e “está muito mal assessorado”. Disse ainda que Lula poderia ter promovido a pacificação política, como chegou a afirmar na campanha, mas ao invés disso “acirra” a polarização.

Acirramento

“Toda vez que abre a boca, fala mal do [ex-presidente Jair] Bolsonaro”, criticou o deputado que foi ministro nos governos Temer e Bolsonaro.

Intento

“Parece proposital, para manter a polarização”, analisou Osmar Terra sobre as críticas perenes de Lula ao ex-presidente Jair Bolsonaro.

Sem resultados

“Não estou vendo resultados concretos para a saúde pública brasileira na gestão (Nísia Trindade, no Ministério da Saúde)”, afirmou Terra.

Perigo

Em relação às tensões entre o Legislativo e Supremo Tribunal Federal, Terra disse que “se passa dos limites, pode se tornar incontrolável”.

PEC antidrogas ‘some’, mas vai passar na Câmara

Deputados desconfiam que a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que criminaliza a posse de qualquer quantidade de drogas vai tramitar a passos de tartaruga na Câmara. Maurício Marcon (Pode-RS) estranha o sumiço da PEC desde a aprovação no Senado, “essa semana nem sequer comentamos”. A avaliação geral, mesmo na base de Lula na Casa, é de que o texto vai ser aprovado. “Vai passar tranquilo, pode apostar”, crava o vice-líder do governo, deputado José Nelto (PP-GO).

De lavada

No Senado, mesmo aliados de Lula, que é contra o projeto, votaram pela aprovação. O placar ficou em 52 a 9, com larga maioria para criminalizar.

Cenário adverso

Líder da Frente Evangélica, Eli Borges (PL-TO) crê na aprovação, mas com “cenário mais adverso”, “aqui vamos ter trabalho”, avalia.

Chá de sumiço

Kim Kataguiri (União-SP) diz que nem mesmo ouve-se falar sobre o tema na Câmara, “não sei nem se o [Arthur] Lira pauta. Vamos ver.”

Justiça vai decidir

Virou representação na Justiça contra Vinicius Marques de Carvalho (CGU) o contrato entre a Novonor, ex-Odebrecht, e escritório de advogados do ministro. O Partido Novo vê conflito de interesse no caso.

Morte, impostos e...

Relator e principal defensor do Projeto da Censura (PL 2630) no Lula 3, o deputado Orlando Silva (SP), do Partido Comunista do Brasil, chamou de “inevitável” a regulação das redes sociais.

Recados

Até mesmo os indígenas resolveram dar um chega pra lá em Lula, que tem visto a popularidade do governo derreter. O petista não foi convidado para o principal ato indígena em Brasília, o Acampamento Terra Livre.

Bomba Pacheco

Problema para Estados e União: será do ministro Fernando Haddad (Fazenda) a missão de convencer senadores a vetarem o quinquênio, penduricalho bilionário para juízes inventado por Rodrigo Pacheco.

VAR Musk

Deltan Dallagnol, um dos principais procuradores da Lava Jato, fez longo apelo, em inglês, ao dono do X, Elon Musk. O ex-deputado denunciou o processo que cassou seu mandato e mais de 344 mil votos, em 2023.

Engana bobo

Reunião de emergência de Lula com ministros para acertar os rumos do governo, nesta sexta (19), foi vista com ceticismo por parlamentares. “Agora vai? Até parece!”, duvidou a senadora Tereza Cristina (PP-MS).

Viagem, luxo

A Câmara vai convocar a ministra Anielle Franco (Igualdade Racial) para explicar a gastança com viagens mundo afora. Teve até passagem de R$54 mil, denuncia o deputado Kim Kataguiri (União-SP).

Checagem

Publicação de Sâmia Bomfim (Psol-SP) na rede social X recebeu alerta de que poderia “induzir o leitor” ao erro ao tentar associar a Starlink, que leva internet a locais remotos da Amazônia, ao garimpo ilegal.

Pensando bem...

...meio acerto é meio erro.

PODER SEM PUDOR

Reunião espírita

Leonel Brizola confiou ao economista Marlan Rocha a missão de percorrer o interior do País para organizar o PDT, que acabara de fundar. Ao chegar em Barreiras, na Bahia profunda, Marlan procurou um militante getulista histórico, Aluízio Mármore, e pediu para organizar uma reunião com velhos trabalhistas das redondezas. Mármore apenas sorriu: “Amanhã cedo pego você no hotel e vamos ao cemitério. Estão todos lá.”

 

ASSINE O CORREIO DO ESTADO

ARTIGO

Vacinação: um pilar da saúde

18/04/2024 07h30

Continue Lendo...

Entre os muitos desafios enfrentados pelo sistema de saúde no Brasil, as estratégias de imunização se destacam como um pilar fundamental para a prevenção de diversas doenças. Reconhecer a relevância deste assunto e informar sobre a vacinação são ações essenciais para garantir o bem-estar coletivo e evitar novas epidemias e mais mortes.

Esta mobilização é urgente. Segundo dados do IBGE, mais de 60% dos municípios brasileiros não conseguiram atingir a meta de cobertura vacinal estabelecida pelo Ministério da Saúde em 2023. Este déficit é especialmente alarmante quando falamos das vacinas administradas durante o primeiro ano de vida, para a proteção dos bebês.

Um dos principais obstáculos para alcançarmos a taxas ideais de vacinação é a disseminação de informações incorretas e falsas, as fake news, amplificadas pelas redes sociais. Teorias infundadas e mitos sobre os efeitos colaterais das vacinas e de outros medicamentos têm afastado muitos brasileiros da imunização, comprometendo seriamente as estratégias de saúde pública.

Mais do que nunca, as informações claras e objetivas devem ser o propósito de todas e todos que trabalham pela Educação em Saúde em nosso país.

Diante desse cenário, iniciativas da sociedade civil desempenham um papel vital no apoio à incorporação de novas vacinas no Sistema Único de Saúde (SUS). A recente inclusão do imunizante contra a dengue é um exemplo do impacto positivo que a mobilização social pode ter na ampliação do acesso à prevenção e tratamento de doenças.

A Colabore com o Futuro, primeiro negócio social criado para atuar com advocacy em saúde da América Latina, trabalhou ativamente para a inserção da vacina contra a dengue no sistema público de saúde. O mesmo empenho está sendo colocado para a inclusão da vacina contra a Influenza Quadrivalente no Programa Nacional de Imunização (PNI), visando a proteção de pessoas com 80 anos ou mais. Além disso, defendemos a implantação da vacina contra o Vírus Sincicial Respiratório (VSR), uma medida fundamental para prevenir infecções respiratórias em recém-nascidos e crianças.

Devemos fortalecer os esforços de conscientização e educação sobre a importância da vacinação e lutar contra a desinformação. Por meio das consultas públicas, um processo simples de participação popular nas decisões estratégicas em Saúde, é possível opinar e contribuir para definição do que vai ser oferecido pelo SUS e pelos planos particulares.

A saúde é um direito básico de todos os cidadãos, e a imunização é uma ferramenta poderosa para proteger indivíduos e comunidades contra doenças evitáveis. Juntos, podemos construir um futuro mais saudável para o Brasil.

 

ASSINE O CORREIO DO ESTADO 

NEWSLETTER

Fique sempre bem informado com as notícias mais importantes do MS, do Brasil e do mundo.

Fique Ligado

Para evitar que a nossa resposta seja recebida como SPAM, adicione endereço de

e-mail [email protected] na lista de remetentes confiáveis do seu e-mail (whitelist).