Um cientista notoriamente apresenta uma vida dura e de enorme labor. Dia a dia o pesquisador busca respostas para perguntas inovadoras e na maioria das vezes as respostas encontradas apenas geram maiores questionamentos. Desta forma o trabalho científico pode ser algo árduo e desafiante. Além disso, na maioria das vezes o pesquisador nunca acumula grandes riquezas, investindo recursos em seu conhecimento e também na busca de suas respostas.
Entretanto existe um maravilhoso benefício que se estende a pesquisadores elite em todo o mundo. Este consiste na possibilidade única de conhecer lugares do mundo todo sem tecnicamente gastar um único tostão. As viagens fazem parte da rotina de todo bom cientista. Mesmo com o advento de novas tecnologias como o Skype e o Whats Up, que permitem uma comunicação clara, eficiente e barata, nada substitui a presença in loco de um grande cientista. Basicamente pesquisadores viajam para tudo.
No começo da carreira, os jovens pesquisadores viajam para congressos, encontros e seminários. Desta forma todos os anos as grandes sociedades científicas brasileiras organizam encontros que possibilitam aos cientistas a troca de informação e melhoria de aprendizado para os estudantes. Estes eventos ocorrem em todas as regiões do país, possibilitando não só um acúmulo e engrandecimento de informação, bem como uma troca cultural inestimável. Com o amadurecimento do jovem cientista, este começa a participar de eventos em outros países, que são os famosos encontros internacionais ou internacional meetings. Assim como no Brasil, as sociedades científicas de todo mundo se organizam afim de obter e trocar informações sobre vários assuntos. Almejados por todos os estudantes, estes encontros mais uma vez possibilitam o aprendizado em níveis elevados, tornando possível o encontro de alunos e grandes nomes científicos de todas as áreas.
Para a participação nesses eventos é possível obter financiamento junto ao CNPq e as diferentes fundações por todo o país, como a FUNDECT em nosso estado. Além dos encontros, outra possibilidade consiste em estágios colaborativos em um prazo mais longo. O Brasil oferece ainda bolsas de doutorado sanduiche que permitem ao estudante ficar até 24 meses em um laboratório fora do país, se especializando. Além disso, também e possível a obtenção de bolsas durante a graduação e também após a finalização do doutorado, desenvolvendo uma formação extra como o pós-doutorado.
Finalmente, para o cientista sênior ainda pode ser possível desenvolver um sabático de até doze meses, tornando possível o aprendizado em alto nível, mesmo em estágios mais avançados da carreira. Neste estágio, alguns cientistas são convidados frequentemente para dar palestras e cursos nos mais remotos pontos do planeta, permitindo uma troca cultural inestimável e uma contribuição única.
Na minha mera experiência, na última década tive a fantástica experiência de rodar o mundo conhecendo mais de trinta países, vestindo a camisa cientifica brasileira. Dentre estes, alguns eu particularmente nunca imaginaria ir como turista como Singapura ou Paquistão, embora tenham sido experiências extremamente proveitosas e satisfatórias. Como dizia Einstein, ciência consiste em 1% de inspiração e 99% de ralação. Mas para que possamos ter esta pequena fração inspirativa, nossa mente deve estar aberta e preparada. Para isso as viagens contribuem para conectar a ciência ao mundo de maneira única e inacreditável. A ciência está vigilante ao nosso lado, atuando sabiamente para solucionar os problemas de nossa sociedade.