02 – 12 – 1825, Vivaaaa; Nasce no Rio de Janeiro Pedro de Alcântara João Carlos Leopoldo Salvador Bibiano Francisco Xavier de Paula Leocádio Miguel Gabriel Rafael Gonzaga, coroado D. Pedro II, em 1841. Viva na forma de governo de nossa autenticidade, nossa cara, nossa origem, de grata lembrança. Seu exemplo Alteza, é lembrança que dói. Sua recusa à doação de “cinco mil contos de réis” que lhe fora feita para viver no exílio. Isso, ao tempo em que nossa moeda recompensava nosso suor. Vossa Alteza a recusou, porque houve autorização do parlamento de então. Partiu “expulso”, indo viver do seu suor, na França.
O nosso, já no dia seguinte, passou a verter sanguinolento, alimentando vorazes sanguessugas que se valem, exatamente, da “casa de leis” para fazerem “doações”, “concessões”, “subvenções”, “negociações” e “contratações”, especialmente de construções, em levando “vantagem” em tudo.
Do planalto onde Vossa Alteza determinou que ali fosse sediada a capital do Brasil, um altar de nome pátrio, corre um “mar de lama”, como nunca antes na história deste pais. Há tempo, Rui Barbosa, um dos articuladores daquele golpe (de verdade) e “arranjador” de uma constituição que iniciou nos nominando, “criativamente”, de Estados Unidos do Brasil, declarou: “No Império, o parlamento era uma casa de estadistas. Hoje é um balcão de negócios”.
Que diria ele hoje? Que diria De Gole autor da frase: “Este não é um pais sério”. Somos elemento para deboche, mundo afora. Coisas horríveis se lançaram sobre nós. O desprezo pela ética, pela honra. O verbalizado por altos “mandatários” vai ao conhecimento dos “mandados” recheado de “cortes”, que suprimem partes do pronunciado, classificadas como impublicáveis.
Governados não ouvem trechos da conversa entre governantes, por “ação de censura” dos veículos de comunicação, para não mostrá-los como são, “ralé”. O último exemplo que nos lega Vossa Alteza, deixando o ouro e levando sua honra é, ao mesmo tempo, nosso orgulho e inspirador de nosso pranto. Choramos nosso erro, deveríamos, e poderíamos, ter reagido ao golpe, mesmo sem sua autorização.
O sangue que tivéssemos derramado lá, não estaria sendo alimento de uma “tropa de vampiros” insaciável. Hoje teríamos um seu descendente dinástico. Tudo teríamos. Teríamos poupado Monteiro Lobato em escrever: “De norte a sul o povo lamuria a sua desgraça e chora envergonhado o que perdeu, Tinha um rei. Tem sátrapas....Tinha moralidade. Tem o impudor deslavado ... Tinha brio. Tem fome. Tinha Pedro II. Tem...não tem! Era. Não é”,
Não vamos continuar assim. Espelhar-nos-emos na Holanda que ficou duzentos anos sem sua monarquia; na Espanha, país que Franco coroou de volta, restabelecendo-lhe a autenticidade. Nós, seus eternos súditos, haveremos de resgatar a nossa autenticidade, assim como a conservamos em nosso idioma. “... Brava brasileira!, longe vá ...temor servil. Ou ficar a pátria livre. Ou morrer pelo Brasil” (Hino da Independência. Letra de Evaristo Veiga. Música de D. Pedro I).