Fernanda Menegante Rodrigues é Acadêmica do curso de Direito da UFMS - Três Lagoas
Josilene Hernandes Ortolan Di Pietro é Professora curso de Direito da UFMS - Três Lagoas
Katrina e Sandy são furacões que atingiram os Estados Unidos. O primeiro aconteceu em 2005, no litoral sul daquele país, e Sandy, em 2012, na costa leste, tendo atingido também Cuba, Jamaica, Canadá, Bahamas, Haiti e República Dominicana. Ambos foram devastadores: inundaram cidades, destruíram casas, carros, causando um enorme prejuízo, além de milhares de mortes.
Catarina foi um furacão que ocorreu no Brasil, em março de 2004,na região sul, onde duas pessoas morreram e centenas ficaram desabrigadas.
Mariana é a cidade que foi atingida pelo grande desastre de novembro de 2015, no Brasil, no estado de Minas Gerais, em razão do rompimento da barragem de rejeitos da construtora Samarco, destruindo fauna e flora, levando uma imensa quantidade de lama para o mar, destruindo casas, deixando a cidade submersa, ocasionando óbitos e um enorme prejuízo financeiro.
Mas o que Mariana, Catarina, Katrina e Sandy têm em comum? O simples fato de todos esses desastres serem “batizados” por nomes femininos? Não apenas! A discussão de gênero e nomes não éo relevante diante da grandiosidade desses desastres.
Trata-se de desastres naturais, que resultaram em milhões de mortos no mundo todo, além de desabrigados, refugiados, pessoas que perderam suas casas e famílias, passaram (e algumas ainda passam) fome, sede e hoje vivem com medo de que novos desastres ocorram. O problema é que a população continua ignorando a revolta da natureza e age como se nada estivesse acontecendo.
Não é preciso que novas pesquisas sejam realizadas para saber que esses fenômenos naturais estão cada vez mais frequentes e mais próximos do que se pensa. Quem disse que no Brasil não tem furacão? Catarina é a prova! O que ainda não é possível saber é quanto tempo mais a sociedade, as empresas e o poder público esperarão para praticar o desenvolvimento sustentável... Há leis, decretos, regulamentos, programas, políticas públicas em prol dessa concretização, mas o que vemos é uma carência de efetividade de muitos desses instrumentos.
Mariana, Catarina, Katrina e Sandy vieram à tona para demonstrar o quanto ainda precisamos crescer e potencializar práticas sustentáveis. Seja do uso consciente da água ou de sacolas retornáveis até os mais complexos estudos para avaliar impactos ambientais, todos devemos participar e todos devemos agir sustentavelmente.
Pense em como você pode ajudar ou pelo menos não piorar a situação e ponha suas ideias em prática o mais rápido possível, antes que venham Marias, Joanas e Reginas.