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Marco ASA: "A reformulação da 14, o descaso na saúde e as prioridades do prefeito"

Marco Antonio dos Santos Araújo é jornalista e publicitário, autor do livro "E Agora, Meu Deus?". E-mail: [email protected].

Redação

02/03/2015 - 00h00
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Campo Grande parece ser hoje um “limbo” que, segundo uma definição livre, quer dizer “um lugar onde são deixadas coisas sem valor e que são esquecidas”. Desde a queda do Bernal, seu vice vem buscando factóides que provem que ele está trabalhando e com os quais possa criar uma marca “messiânica”, tentando galgar outros pleitos políticos. O lançamento da reurbanização da Avenida 14 de Julho foi um exemplo disso. Apesar de ser uma proposta antiga, alçada pelo ex-prefeito Nelsinho, como um pacote que incluiu o “cidade limpa” (chupado do prefeito paulistano Kassab), foi apresentada por Olarte como sendo a solução para os problemas de Campo Grande. Não é! Obras são importantes, mas sem planejamento são apenas transtornos, licitações confusas e resultados pífios. E, Campo Grande não tem planejamento de nada!

A saúde anda a passos lentos, sendo que presenciei neste dia 26 de fevereiro de 2015, no posto de saúde da Vila Carmélia, idosos, grávidas e mães com bebês tendo que voltar para as suas casas depois de ficarem em uma fila desde as 5 horas da manhã. Tudo por causa de uma impressora. SIM! UMA IMPRESSORA. Como os exames são agendados por um sistema informatizado, todos ficam reféns do tal e, sem a impressão das guias, não há como conseguir os resultados. Questionada, a atendente disse: “eu trabalho aqui há cinco anos e tenho a certeza de que, se fizer o encaminhamento por escrito, é possível que os resultados não cheguem”. Com isso, todos foram remarcados para a semana seguinte. Alguns vieram de longe, em jejum, carregando seus potinhos de urina ou fezes dentro do ônibus, para ter que voltar para suas casas porque a administração municipal de Campo Grande não tem um sistema de manutenção de plantão para arrumar uma maldita impressora.

E, não pense que os problemas estão apenas nos postos de saúde. Há uma inércia na realização de serviços pela administração municipal de Campo Grande que prejudica o funcionamento diário de espaços públicos como o Horto Municipal, por exemplo. O local é o exemplo do abandono. Mato alto, insegurança, banheiros interditados, vazamentos de água, equipamentos quebrados e tantos outros problemas em um local de lazer para a população (tão raros na cidade árida).

Mas, e a “nova” 14? Bem, trata-se de uma obra interessante, para uma cidade sem problemas. Além disso, traz todo o ranço de quem não pensa na população. Sim, pois o trânsito vai ficar pior, as linhas de ônibus serão relocadas, tudo em prol de um “shopping a céu aberto”. Imagine o caos no centro da cidade durante as obras?

Os prefeitos modernos, atuantes e com visão pensam no conforto da população em primeiro lugar. O transporte coletivo de qualidade é a prioridade mais urgente de qualquer cidade moderna. Cidade rica não é aquela em que os pobres podem comprar seu carro zero e “entupir” as ruas, mas aquela onde os ricos podem andar em um transporte público limpo, pontual, confortável (ar-condicionado em todos os ônibus,  por favor) e com preço razoável.

Eu admiraria mais o Sr. Olarte se ele entrasse para a posteridade como o prefeito que teve coragem de implantar um VLT (veículo leve sobre trilhos, ou trem de superfície) do que o que tocou o projeto da 14 de Julho, lançado pelo Nelsinho. Já ouvi que “o VLT não sai por causa da pressão das empresas de ônibus”. Ora, entregue a administração do VLT para a Assetur (associação de empresas de ônibus de CG), que contribuiria com a construção, através de uma Parceria Público-Privada.

Por favor, Sr. Olarte, seja original e corajoso. Não faça “mais do mesmo”. Respeite a população e apresente projetos que realmente interessem a todos e que pensem em todos, de todas as classes sociais, e com a nova visão ecológica. Lembrando que isso não é discurso de ecochato. Devemos aprender com os erros dos outros e São Paulo caótica, sem água e com trânsito parado, está aí para das o exemplo do que não devemos fazer

 

Claudio Humberto

"Não dá mais para esconder o elefante atrás do arbusto"

Senador Carlos Portinho (PL-RJ) sobre denúncias de censura no Brasil feitas nos EUA

20/04/2024 07h00

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'É o pior dos governos Lula', alerta Osmar Terra

Ex-ministro e deputado federal há quase 30 anos, Osmar Terra (MDB-RS) avaliou o terceiro mandato do presidente Lula (PT) como "o pior dos governos Lula". Em entrevista ao podcast Diário do Poder, no ar a partir deste sábado (20) no YouTube, o gaúcho afirmou que o petista promove "descaminho" na economia e "está muito mal assessorado". Disse ainda que Lula poderia ter promovido a pacificação política, como chegou a afirmar na campanha, mas ao invés disso "acirra" a polarização.

Acirramento

"Toda vez que abre a boca, fala mal do [ex-presidente Jair] Bolsonaro", criticou o deputado que foi ministro nos governos Temer e Bolsonaro.

Intento

"Parece proposital, para manter a polarização", analisou Osmar Terra sobre as críticas perenes de Lula ao ex-presidente Jair Bolsonaro.

Sem resultados

"Não estou vendo resultados concretos para a saúde pública brasileira na gestão (Nísia Trindade, no Ministério da Saúde)", afirmou Terra.

Perigo

Em relação às tensões entre o Legislativo e Supremo Tribunal Federal, Terra disse que "se passa dos limites, pode se tornar incontrolável".

PEC antidrogas 'some', mas vai passar na Câmara

Deputados desconfiam que a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que criminaliza a posse de qualquer quantidade de drogas vai tramitar a passos de tartaruga na Câmara. Maurício Marcon (Pode-RS) estranha o sumiço da PEC desde a aprovação no Senado, "essa semana nem sequer comentamos". A avaliação geral, mesmo na base de Lula na Casa, é de que o texto vai ser aprovado. "Vai passar tranquilo, pode apostar", crava o vice-líder do governo, deputado José Nelto (PP-GO).

De lavada

No Senado, mesmo aliados de Lula, que é contra o projeto, votaram pela aprovação. O placar ficou em 52 a 9, com larga maioria para criminalizar.

Cenário adverso

Líder da Frente Evangélica, Eli Borges (PL-TO) crê na aprovação, mas com "cenário mais adverso", "aqui vamos ter trabalho", avalia.

Chá de sumiço

Kim Kataguiri (União-SP) diz que nem mesmo ouve-se falar sobre o tema na Câmara, "não sei nem se o [Arthur] Lira pauta. Vamos ver."

Justiça vai decidir

Virou representação na Justiça contra Vinicius Marques de Carvalho (CGU) o contrato entre a Novonor, ex-Odebrecht, e escritório de advogados do ministro. O Partido Novo vê conflito de interesse no caso.

Morte, impostos e...

Relator e principal defensor do Projeto da Censura (PL 2630) no Lula 3, o deputado Orlando Silva (SP), do Partido Comunista do Brasil, chamou de "inevitável" a regulação das redes sociais.

Recados

Até mesmo os indígenas resolveram dar um chega pra lá em Lula, que tem visto a popularidade do governo derreter. O petista não foi convidado para o principal ato indígena em Brasília, o Acampamento Terra Livre.

Bomba Pacheco

Problema para Estados e União: será do ministro Fernando Haddad (Fazenda) a missão de convencer senadores a vetarem o quinquênio, penduricalho bilionário para juízes inventado por Rodrigo Pacheco.

VAR Musk

Deltan Dallagnol, um dos principais procuradores da Lava Jato, fez longo apelo, em inglês, ao dono do X, Elon Musk. O ex-deputado denunciou o processo que cassou seu mandato e mais de 344 mil votos, em 2023.

Engana bobo

Reunião de emergência de Lula com ministros para acertar os rumos do governo, nesta sexta (19), foi vista com ceticismo por parlamentares. "Agora vai? Até parece!", duvidou a senadora Tereza Cristina (PP-MS).

Viagem, luxo

A Câmara vai convocar a ministra Anielle Franco (Igualdade Racial) para explicar a gastança com viagens mundo afora. Teve até passagem de R$54 mil, denuncia o deputado Kim Kataguiri (União-SP).

Checagem

Publicação de Sâmia Bomfim (Psol-SP) na rede social X recebeu alerta de que poderia "induzir o leitor" ao erro ao tentar associar a Starlink, que leva internet a locais remotos da Amazônia, ao garimpo ilegal.

Pensando bem...

...meio acerto é meio erro.

PODER SEM PUDOR

Reunião espírita

Leonel Brizola confiou ao economista Marlan Rocha a missão de percorrer o interior do País para organizar o PDT, que acabara de fundar. Ao chegar em Barreiras, na Bahia profunda, Marlan procurou um militante getulista histórico, Aluízio Mármore, e pediu para organizar uma reunião com velhos trabalhistas das redondezas. Mármore apenas sorriu: "Amanhã cedo pego você no hotel e vamos ao cemitério. Estão todos lá."

 

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ARTIGO

Vacinação: um pilar da saúde

18/04/2024 07h30

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Entre os muitos desafios enfrentados pelo sistema de saúde no Brasil, as estratégias de imunização se destacam como um pilar fundamental para a prevenção de diversas doenças. Reconhecer a relevância deste assunto e informar sobre a vacinação são ações essenciais para garantir o bem-estar coletivo e evitar novas epidemias e mais mortes.

Esta mobilização é urgente. Segundo dados do IBGE, mais de 60% dos municípios brasileiros não conseguiram atingir a meta de cobertura vacinal estabelecida pelo Ministério da Saúde em 2023. Este déficit é especialmente alarmante quando falamos das vacinas administradas durante o primeiro ano de vida, para a proteção dos bebês.

Um dos principais obstáculos para alcançarmos a taxas ideais de vacinação é a disseminação de informações incorretas e falsas, as fake news, amplificadas pelas redes sociais. Teorias infundadas e mitos sobre os efeitos colaterais das vacinas e de outros medicamentos têm afastado muitos brasileiros da imunização, comprometendo seriamente as estratégias de saúde pública.

Mais do que nunca, as informações claras e objetivas devem ser o propósito de todas e todos que trabalham pela Educação em Saúde em nosso país.

Diante desse cenário, iniciativas da sociedade civil desempenham um papel vital no apoio à incorporação de novas vacinas no Sistema Único de Saúde (SUS). A recente inclusão do imunizante contra a dengue é um exemplo do impacto positivo que a mobilização social pode ter na ampliação do acesso à prevenção e tratamento de doenças.

A Colabore com o Futuro, primeiro negócio social criado para atuar com advocacy em saúde da América Latina, trabalhou ativamente para a inserção da vacina contra a dengue no sistema público de saúde. O mesmo empenho está sendo colocado para a inclusão da vacina contra a Influenza Quadrivalente no Programa Nacional de Imunização (PNI), visando a proteção de pessoas com 80 anos ou mais. Além disso, defendemos a implantação da vacina contra o Vírus Sincicial Respiratório (VSR), uma medida fundamental para prevenir infecções respiratórias em recém-nascidos e crianças.

Devemos fortalecer os esforços de conscientização e educação sobre a importância da vacinação e lutar contra a desinformação. Por meio das consultas públicas, um processo simples de participação popular nas decisões estratégicas em Saúde, é possível opinar e contribuir para definição do que vai ser oferecido pelo SUS e pelos planos particulares.

A saúde é um direito básico de todos os cidadãos, e a imunização é uma ferramenta poderosa para proteger indivíduos e comunidades contra doenças evitáveis. Juntos, podemos construir um futuro mais saudável para o Brasil.

 

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